domingo, 26 de janeiro de 2014

Entre dois amores




 Diretor: Sidney Pollack
Atores: Meryl  Streep, Robert Redford, Klaus Maria Brandauer, Michael Gough, Leslie Phillips, Malick Bowers, Stephen Kinyanjui, Suzanna Hamilton, Iman
Gênero: Ronace
Duração: 161 minutos


Ano: 1985

Sinopse: No início do século XX, Karen Blixen (Streep), rica dinamarquesa, vai morar em uma fazenda de café no Quênia com Bror Blixen-Finecki (Klaus), um barão com quem se casa por conveniência. Karen se revela uma administradora da propriedade e sua vida amorosa ganha mais emoção com a chegada de Denys Finch Hatton (Redford), um aventureiro aristocrata inglês.



Amo este filme, profundamente. É lindo, perfeito!!! Como sempre Meryl Streep tem uma performance impecável. Para mim ela é uma das melhores atrizes da atualidade, porque não dizer, a melhor (ela e nossa Fernanda Montenegro, é claro!!!). África minha, seria a tradução correta, é baseado na vida da escritora dinamarquesa Isak Dinesen (pseudônimo de Karen Blixen), foi realizada uma adaptação do romance autobiográfico de A fazenda africana, publicado em 1937 em Londres e em 1938, Nova Iorque.A história é sobre uma mulher  independente e forte, que dirige uma fazenda, uma plantação de café no Quênia, por volta de 1914 e para sua total surpresa se descobre apaixonada pela Africa e pela sua gente, em contrapartida era também respeitada e amada por eles. Era para ser uma fazenda de gado leiteiro, mas seu marido (Klaus) compra uma de café, na qual ela passa a administrar de forma competente e praticamente sozinha. Durante este período, conhece Denys, um homem misterioso e envolvente, por quem acaba se apaixonando. Seu envolvimento com o povo era tanto que que decide abrir uma escola para ensinar as crianças tribais da região: a leitura, escrita, aritmética e também alguns costumes europeus. Depois de muito trabalho árduo, ocorre um acidente e muda toda a sua vida, se vê obrigada e vender a fazenda e voltar para a Dinamarca. Na vida real, Karen se torna uma escritora e contadora de histórias , escrevendo sobre suas experiências na África, apesar de nunca mais ter voltado. O cenário do filme é belíssimo, com fotografia deslumbrante, onde é mostrada toda a magia africana: onde o selvagem e o romântico se fundem., fazendo do filme uma aventura sentimental, sendo David Watkin o responsável por esta maravilha. Figurino impecável,  assinado por Milena Canonero e a música foi composta e conduzida pelo veterano compositor inglês John Barry, que ganhou o Oscar de 1986. Esta música fica em 15º  lugar na lista das 25 melhores trilhas sonoras de filme americano, do American Film Institute. Para completar, um elenco maravilhoso, que desenvolvem seus personagens com maestria. Curiosidades: a idéia de um filme sobre Karen Blixen/Isak Dinesen passou por vários diretores de Hollywood. Em um dos projetos Greta Garbo era a possível protagonista. O lançamento de Entre dois amores, em 1985, acabou coincidindo com o centenário de nascimento da escritora. É o sétimo filme que o diretor e Redford trabalham juntos, os outros foram: esta mulher é proibida (1966), Mais forte que a vingança (1972), Nosso amor de ontem (1973),Três dias de Condor (1975), O cavaleiro elétrico (1979) e Havana (1990). Foi filmado usando descendentes de vários pessoas da tribo Kikuyu, na áfrica e as cenas passadas na Dinamarca, na verdade foram realizadas em Surry, Inglaterra. A atriz Audrey Hepburn era a primeira escolha de Pollack, para protagonizar o filme. Premiações: Ganhou o Oscar de 1986 de Melhor Filme, Diretor, Fotografia, Direção de Arte, Trilaha Sonora, Roteiro Adaptado e Som. Foi indicado a Melhor Atriz (Streep), Ator Coadjuvante (Klaus), Figurino e Edição. No Globo de Ouro: ganhou Melhor Filme Drama, Ator Coadjuvante (Klaus), Trilha Sonora e foi recebeu indicações a Melhor Diretor, Atriz Drama (Streep) e Roteiro. Ao BAFTA (Reino Unido) em 19867, ganhou de Melhor Roteiro Adaptado, Fotografia e Som, e recebeu indicações a Melhor Atriz, Ator Coadjuvante, Figurino e Trilha Sonora. Ao César (1987), indicação para Melhor Filme Estrangeiro, o mesmo acontecendo com a Academia Japonesa de Cinema. Recomendadíssimo!!!

sábado, 25 de janeiro de 2014

O reencontro

 Diretor: Rob Reiner
Atores: Morgan Freeman, Virgínia Madsen, Madeleine Carroll, Jessica Hechit, Fred Willard, Kenan Thompson, Emma Fichmann
Gênero: Drama          
                           

Duração: 109 minutos
Ano: 2012                                  

Sinopse: O famoso escritor de romances, Monte Wildhom ( Freemen), sofre com o alcoolismo e resolve passar o verão em uma cidade do interior, onde conhece a vizinha atraente Sra, O'Neil (Virgínia), uma mãe separada e suas três filhas. Esta família vai ajudar o autor a encontrar inspiração e recuperar seu amor pela escrita.


Mais um filme interpretado por Morgan Freeman, ele é incrível, tudo que faz é muto bom, de excelente qualidade, sou fã dele, incondicionalmente. O filme tem produção, direção e roteiro de Rob Reiner, que nos brinda mais uma vez (também é diretor de Antes de partir -2007, filme que ainda vou escrever) com uma história delicada, simples mas muito tocante, Onde cada personagem vai mostrando a sua forma de lidar com sentimentos de amor e amizade e de como sem que esperemos ou mesmo queiramos, estes sentimentos surgem e nos fazem renascer. É lindo e sensível. Recomendadíssimo!!! Conta a trajetória de um escritor de romance, cadeirante, que vai passar uma temporada numa cidadezinha Belle Isle, por pura falta de opção e não deseja ser importunado. E lá ele conhece pessoas simples, com valores diferentes do seu, que vão ajudá-lo a repensar sua vida e encontrar uma nova forma de viver, a recuperar a sua autoestima e voltar a sonhar. Monte, sem se dar conta contribui para que ocorra mudanças à sua volta e também é movido por elas (ajuda e também é ajudado). Principalmente em relação a uma das filhas de sua vizinha, que tem uma mente vivaz e uma vontade enorme de ser escritora e por ser insistente, acaba por passar por um verdadeiro ritual de iniciação do mundo da imaginação e de literatura. Curiosidade: A atriz Annette Bening foi escalada para representar a Sra. O'Neil, mas acabou abandonando o projeto. Em seu lugar entrou a atriz Virgínia Madsen, que por sinal se saiu muito bem. Veja o filme, vale a pena. É uma lição de vida de vida para todos nós. Comente depois o que achou. 

A guerra do fogo



Diretor: Jean-Jacques Annaud
Atores: Everet McGill, Naneer El-Kadi, Ron Pealman, Rae Dawn Clong
Gênero: Aventura
Duração: 100 minutos
Ano: 1981                              

Sinopse: O filme se passa nos tempos pré-históricos, e torno da descoberta do fogo. A tribo Ulam vive em torno de uma fonte natural de fogo. Quando este fogo se extingue, três membros saem em busca de uma nova chama. Depois de vários dias andando e enfrentando animais pré-históricos, eles encontram a tribo Ivalkas, que descobriu como fazer fogo. Para que o segredo seja revelado, eles sequestram uma mulher Ika (Rae). A crueldade e o rude conhecimento das tribos vão sendo revelados.


Produção sensacional!!! Uma viagem na Pré-história. Amei o filme, foi uma idéia genial e algo inédito até então, sendo muito elogiado por criar um ambiente e personagens convincentes, transporta-nos para aquela época de forma magistral.  Não há um diálogo sequer, retrata uma época na pré-história, um período anterior ao uso da língua de maneira universal, tendo a linguagem corporal um forte apelo. Foi criada uma linguagem gutural e especialmente para o filme, pelos competentes Anthony Burgess (Escritor e estudioso inglês, com literatura conhecida: Laranja mecânica, transformado em filme, posteriormente) e Desmond Morris (Antropólogo). O filme retrata dois grupos de hominídeos, o primeiro é pouco evoluído e acha que o fogo é algo sobrenatural, por não saberem ainda produzí-lo, ao passo que o segundo é mais evoluído tendo uma comunicação e tem uma comunicação e hábitos mais complexos, como a habilidade de fazer fogo. Então Noah, Gaw e Arnoukar (membros da primeira tribo, são destacados para uma jornada para trazer uma nova chama para a sua tribo. Nesse caminho vão se deparando com outros grupos que já possuem novos hábitos como a pintura no corpo, segurança, comunicação mais elaborada, construção de cabanas, usam o sorriso, domínio na produção do fogo e até uma nova forma de reprodução. Mostra também conflitos físicos e psicológicos, com um excelente panorama histórico, onde ilustra a evolução em determinados aspectos sócio-culturais, onde o individualismo acaba cedendo lugar ao colletivo, colaborando para a sobrevivência e até para a perpetuação da espécie. Foi baseado no livro de J. H. Rosny e foi originalmente planejado para ser filmado na Islândia. A trilha foi composta pelo músico francês Philippe Sarde. Tendo como responsável pela fotografia Claude Agostini. Curiosidades: foi o filme que lançou o ator Ron Pealman; levou um ano para ser concluído; é uma produção franco-canadense, com locações na Escócia, Irlanda, Quênia e Canadá. Foi indicado a várias premiações: Ganhou o Oscar, em 1982 de Melhor Maquiagem; em 1983 no BAFTA fIlm Awards para Melhor Maquiagem e Melhor Filme Estrangeiro; no Festival Italiano César, ganhou  de Melhor Filme e Diretor. Filme recomendado, é maravilhoso. Assista!!! 

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Amor Pleno



Diretor: Terence Malick
Atores: Ben Afleck, Olga Kurylenko, Rachel Mc Adams, Javier Barden
Gênero: Drama
Duração: 113 minutos
Ano: 2013                  


Sinopse: Um homem 9ben Afleck) descontente com sua vida, viaja a Paris e inicia uma profunda relação amorosa com uma européia (Olga Kurylenko). Ele volta aos Estados Unidos e se casa com esta mulher, para ajudá-la a ter a permissão e estada americana. Mas após o casamento, a relação dos dois se degrada. Neste momento ele encontra uma antiga namorada, com quem inicia um novo romance. E também as vivências de uma padre em conflito espiritual.




Filme interessante, muito bem produzido, belo, apresenta a história de forma subjetiva, utilizando um ritmo e uma linguagem não convencionais, onde as imagens vão sendo mostradas, mas o que é apresentado são os pensamentos, impressões e sentimentos dos personagens. Quase não existe diálogo, tudo vai sendo apresentado de modo interativo: personagem, paisagem, clima, com tudo focado nos sentimentos que cada personagem está sentindo. O diretor pretende explorar a relação entre amor e fé (amor sacro e amor profano), reflexão sobre o quão é mutável pode ser o amor e consequentemente as pessoas e suas relações. A produção é belíssima, devido  a linguagem visual de Malick.  A fotografia é deslumbrante, impecável (principalmente as de Paris), tendo como responsável Emmanuel Lebezki e Designer de Produção Jack Fish. E a trilha que também vai dando vida e forma às cenas é de Hanan Townsshend. Mas às vezes o conjunto todo se torna menos atraente devido ao resultado, pois as reviravoltas dos acontecimentos são bruscas, com mudanças de comportamento que deixa a sequência um pouco confusa. Mas ainda assim, é possível se ver os conflitos existenciais, as angústias vividas tanto na relação dos casais, como na relação de um padre que questiona sua fé, diante de tanta dor e sofrimento vivenciadas pelas pessoas. Este filme marca o retorno de Malick,depois de dois anos, em 2011, com árvore da Vida, agora com Amor Pleno. Embora já tenha permanecido um longo período ausente das câmeras, fez poucos filmes durante sua carreira: Cinzas no Paraíso (1978), Além da Linha Vermelha (1998), são os mais conhecidos.Curiosidades: Originalmente Christian Bale iria interpretar Neil, mas acabou abandonando o personagem que foi assumido por Ben Afleck, que cancelou as suas férias, após terminar Argo, para aceitar o convite e iniciar as filmagens. Para criar um clima poético que o filme se propõe, o diretor utilizou uma técnica de imersão muito diferentes das produções tradicionais, apresentando aos atores diferentes filmes, obras de arte, músicas, peças musicais. Para interpretar Neil, Ben Afleck leu obras de autores como: Leon Tolstói, Dostoievisck e F. Scott Fitzgerald. Ele também se inspirou no ator Gary Cooper e em seus filmes. O diretor pediu ao ator Javier Barden para seguir o fotojornalista Eugene Richards e discutir com prisioneiros, como faz o padre que iria interpretar no filme. Barden também conversou com sacerdotes para absorver as suas histórias de vida. Amor Pleno (To the wonder - título original) faz refrência ao Monte Saint-Michel, também conhecido como "La Merveille", local onde foramn realizadas algumas filmagens. As atrizes Rachel Weisz, Jessica Chastain, Amanda Peet e Michael Sheen e Brary Pepper chegaram a participar de algumas filmagens, mas foram cortados durante a montagem. O filme apesar de não ganhar a premiação, encantou o público do Festival de Veneza. Veja o filme e comente.

Inimigo meu


Diretor: Wolfgang Petersen
Atores: Dennis Quaid, Louis Gossett Jr., Carolyn McCornick, Bumper Robinsonn, Brion Jales
Gênero: Ficção científica
Duração: 108 minutos
Ano: 1985                              



Sinopse: Narra a história de um soldado da Terra de nome Davidge, e do alienígena drack de nome Jeriba que, inimigos em uma guerra espacial, depois de perdidos em um planeta inóspito. Terminam por se tornar profundamente amigos, dando lugar a consequências imprevisíveis.

Filme lindo, que mostra o conflito vivenciado por dois guerreiros envolvidos em uma selvagem guerra futurista entre a Terra e o planeta Dracon. O preconceito existente é devido a valores distorcido criados pelos dirigentes planetários, onde cada planeta faz acreditar que o outro é o inimigo. Quando são abatidos, inicialmente estão determinados a se destruírem, mas acabam por se tornar amigos, quando são obrigados a conviver por 3 anos e a enfrentar as forças da natureza e os perigos deste planeta desolado; percebem que a única maneira de se manterem vivos é superarem o ódio mortal. É uma grande lição sobre o respeirto às diferenças e amor ao próximo. O filme é muito bom, mesmo levando-se em conta que na época não havia os recursos para promover os efeitos especiais de hoje, o que exigia ainda mais dos atorers, que por sinal tiveram uma atuação excelente. Curiosidades: a direção foi oferecida a Terry Gillem, que recusou a oferta, preferindo desenvolver seu próprio projeto que foi o filme Brazil. A maior parte das filmagens aconteceram na Baviera, na Alemanha. Prêmios: ganhou no Festival de Cinema Fantástico de Avoriaz (França, desde 1973), Prêmio C.S.T (EUA) em 1986 e Prêmuio Antennae (USA) em 1986; e foi indicado no Saturn Awards (USA), para Melhor Filme Ficção, Ator (Louis Gosset Jr.) e Maquiagem.

domingo, 19 de janeiro de 2014

Os suspeitos


Diretor: Denis Villeneuve
Atores: Hugh Jackman, Jake Gyllenhal, Terrence Howard, Viola Davis, Maria Belo, Melissa Leo, Dylan Minnette, Erin Gerasinovich, Kyla Drew Simmons.
Gênero: Suspense
Duração: 153 minutos
Ano: 2013                         


Sinopse: Boston, Estados Unidos, Keller Dover (Hugh Jackman) leva uma vida feliz ao lado da esposa Grace (Maria Belo) e os filhos Ralph (Dylan Minnette) e Ana (Erin Gerasimovich). Um dia, a família visita a casa de Franklin (Terrence Howard) e Nancy Birch (Viola Davis), seus grandes amigos. Sem que eles percebam. a pequena Ana e Joy (Kyla Drew Simmons) filha dos Birch, desaparecem. Desesperadas, as famílias apelam para a polícia e logo o caso cai nas mãos do detetive Loki (Jake Gyllenhal). Não demora muito para que ele prenda Alex (Paul Dano), que fica preso apenas 48 horas, deviso à ausência de provas. Alex na verdade te QI de uma criança de 10 anos e, por isso, a polícia não acredita que ele esteja envolvido com o desaparecimento. Entretanto, keller está convicto de que ele tem culpa no cartório e resolve sequestrá-lo para arrancar a verdade dele, custe o que custar.


Filme emocionante, muito bom!!! Acredito que o nome original, seria mais adequado "Prisioners" (Prisioneiros) pois mostra uma situação conflitante, pois todos os envolvidos na trama se encontram prisioneiros de suas próprias angústias e desespero, da aflição de não encontrar seus filhos e chama a atenção para uma situação relativamente comum que acontece nos dias de hoje, do drama íntimo vivido por pais que passam pela situação de terem seus filhos sequestrados. O filme tem uma narrativa envolvente e um roteiro bem desenvolvido, pois relata uma sequência de fatos e cenas surpreendentes que nos mantem presos do início ao fim e não podemos prever como será a conclusão do drama. O filme vai mostrando como as pessoas se transformam diante de uma situação extrema, de seus limites. Aborda um tema reflexivo sobre a justiça dos homens e a justiça Divina, como cada personagem recorre à religiosidade para justificar suas escolhas e atitudes. Fica o questionamento: qual o limite aceitável ao qual uma pessoa pode ir, para recuperar o que perdeu? Podemos ou não fazer justiça com as nossas próprias mãos? Os atores Jackman e Gyllenhal atuam muito bem, mostrando que têm talento, além de beleza. Surpreendem!!! Enquanto que o personagem de Jackman é mais do tipo emocional e violento (seu lema é: "reze pelo melhor, mas se prepare para o pior", o de Gyllenhal é mais racional e tranquilo, onde mostram um duelo de ideologias e atitudes. Curiosidades: o roteiro de Os suspeitos já existia há muito tempo, mas com a demora em ser produzido, muitos atores e diretores foram obrigados a desistir, para poderem trabalhar em outros projetos. Leonardo Di Cáprio, Christian Bale, Mark Wahlberg e Jessica Chastain, já tinham assinado contrato para atuarem na produção, mas deixaram o filme. Hugh Jackman também desistiu, mas acabou voltando no filme mais tarde. Na direção, Bryan Singer e Antoine Fucma estiveram associados ao projeto, antes de abandonarem. Neste filme ocorre o reencontro do diretor com Gyllenhal, trabalharam juntos em um outro projeto, uma adaptação do romance de José Saramago, An Anemy, filme ainda sem previsão de ser lançado no Brasil. O diretor ficou conhecido, pricipalmente por seu trabalho em O incêndio. Para viver o personagem Keller Dover, Jackman pesquisou indivíduos que tenham que se preparar para um desastre hipotético. Também se informou sobre alcoolismo e os efeitos da privação do sono. Para manter a atmosfera assustadora da trama, o Chefe de Decoração Patrice Vermette, optou por cores suaves e pouco chamativas e o Diretor de Fotografia Roger Deakin caprichou no cenário cinzento e nublado, que ajuda ampliar o tom aflitivo e angustiante do enredo. O filme começou a ser filmado em janeiro de 2013, no estado da Geórgia, nos Estados Unidos. O compositor Jóhann Jóhannsson buscou reproduzir o percurso emocional das personagens, com músicas repletas de instrumentos pouco conhecidos. Assista e comente, vale a pena.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Pulp Fiction


Diretor: Quentin Tarantino
Atores: John Travolta, Smuel L. Jackson, Uma Thurman, Harvey Keitel, Ving  Rhanes, Rosanna Arquete, Tim Roth, Amanda Plummer, Maria Medeiros, Christopher Walken, Eric Stoltz.
Gênero: Drama
Duração: 149 minutos            
  

Ano: 1994
                                                 
Sinopse: Vicent Vegas (John Travolta) e Jules Winnfield (Samuel L. Jackson) são dois assassinos profissionais. trabalham fazendo cobranças para Marcellus Wallace (Ving Rhanes), um poderosoa gângster. Vegas é forçado a sair com a garota do chefe, temendo passar dos limites; enquanto isso, o pugilista Butch Crolidge (Bruce Willis) se mete em apuros por ganhar uma luta que deveria perder.




Filme fantástico, com direção do polêmico mas realista Quentin Tarantino, que nos brinda com esta obra prima cinematográfica. Tem elenco escolhido a dedo: John Travolta, Uma Thurman, Samuel L. Jackson, Bruce Willis, Tim Roth e outros. O filme foi baseado num argumento escrito por ele e Roger Avery, tem cenas fortes e criadas para chocar bem ao estilo Tarantiano. Segundo Carlos Alberto de Mattos (Jornal do Brasil - 1995) o filme..."dificilmente deixará de ser o melhor filme do ano"; e Hugo Sukman: "Tarantino é grande por ser o porta-voz mais talentoso do neocinismo cinematográfico e, ao mesmo tempo, por chegar ao grande público (e consequentemente às indicações do Oscar) com um conteúdo crítico implacável". O filme tem narrativa não linear, apresentada fora da sequência, estruturada em torno de três histórias que embora diferentes, são entrelaçadas. Juntou grandes astros para contar a história da vida de gângsters, os diálogos são apresentados tendo como pano de fundo músicas ótimas e tem de tudo: batidas de carro, brigas corpo-a-corpo, tiros de diferentes calibres e até golpes de sabre, sobram ainda súbitas e desconfortáveis vontades de gargalhar (cenas que beiram ao absurdo e diálogos ingênuos produzem a combinação do riso). Foi inspirado na literatura policial dos livros-de-bolso vendidos em banas de jornais. Tem como Diretor de Fotografia, Andrzej Sekula; Diretor  de Arte, David Wasco; Editora Sally Menke e Figurinista Betsy Heimann. Enfim o filme é até hoje um dos mais ambiciosos e provocantes dos últimos tempos. Curiosidades: Tarantino escreveu o papel de Jules especialmente para Samuel l. Jackson, entretanto ele quase foi dado para Paul Calderon, após uma audição do ator porto-riquenho. O primeiro teste de Jackson não foi bom, dizem que ele tinha apenas lido  suas partes. Ao saber que poderia perder a vaga, viajou até Los Angeles, fez o teste mais uma vez e garantiu o papel. Calderon, ganhou um papel menor, como barman.  O penteado de Jules deveria ostentar uma vasta cabeleira estilo black power, mas um membro da equipe mostrou uma peruca com cabelo encaracolado, Taratino gostou, Jackson experimentou e aprovou, então foi usada no filme. Tarantino hesitou na hora de escolher em qual papel iria atuar: Jimmie ou Lance, acabou por escolher Jimmie, porque queria estar atrás das câmeras na cena da overdose de Mia (Thurman). Este é o segundo filme dirigido por Tarantino, o primeiro foi Cães de Aluguel em 1992. Jules (Jackson) um dos matadores de aluguel recita sempre uma passagem bíblica antes de matar alguém, mas algumas foram rescritas por Tarantino e Jackson. Apesar do sucesso, John Travolta recebeu um cachê considerado moderado para atuar neste filme. Este é o primeiro de dois filmes em que Bruce Willis e Ving Rhames atuam juntos, o posterior foi Substitutos - 2009. Pulp Fiction foi um sucesso de bilheteria e crítica, foi o quinto filme mais rentável do ano. Prêmios: Oscar 1995, indicado a Melhor Filme, Diretor, Ator (Travolta), Ator Coadjuvante (Jackson), Atriz Coadjuvante (Thurman) e Montagem. Ganhou de Melhor Roteiro Adaptado. No BAFTA, ganhou de Melhor Ator Coadjuvante (Jackson) e Melhor Roteiro, sendo também indicado a Melhor Ator (Travolta), Atriz (Thurman), Fotografia, Edição, Filme e Som e ainda o David Lean Award pela Direção. No Festival de Cannes (França) ganhou a Palma de Ouro. No Festival César (Itália) foi indicado a Melhor Filme Estrangeiro. No MTV Movie Awards, ganhou de Melhor Filme e Melhor Sequência de Dança (Travolta e Thurman) e tendo indicações a Melhor Atriz (Thurman), Ator (Travolta), Dupla (Travolta e Jackson) e Música: "Girl, you'll Be a woman"- Urge Overkill, que realmente é maravilhosa, inesquecível. Festival de Estocolmo, ganhou de Melhor Roteiro e Melhor Ator (Travolta). Este filme é imperdível, recomendadíssimo. Comente!!!