domingo, 22 de junho de 2014

Como estrelas na Terra, toda criança é especial


Diretor: Aamir Khan
Atores: Darsheel Safery, Aamir Khan, Tisca Chopra, Vipin Sharma, Lalita Lasmi, Sachet Engineer
Gênero: Drama
Duração: 165 minutos
Ano: 2007


Sinopse: Ishaan tem 8 anos, é cheio de imaginação e gosta muito de desenhar e brincar. Solitário, tem como amigos os cães e os peixes do aquário, suas brincadeiras passam por poças de águas e pipas. Ele não presta nenhuma atenção nas aulas e antes de ser reprovado por preguiça e rebeldia, seus pais o transferem para uma escola que funciona como internato.. Num primeiro momento, o garoto se sente abandonado e sofre com a separação e o novo regime autoritário da instituição. Mas um professor substituto de artes percebe a existência de um problema, e na busca da solução, devolve a alegria e a auto-confiança de Ishaan.



Emocionante e sensível, este filme indiano dá um exemplo de como não devemos dar uma importância maior as aparências, ao que é visível e não o que está no interior, no complexo mundo interno de cada pessoa, com suas potencialidade. Neste caso específico, o filme mostra uma criança sendo discriminada por não conseguir acompanhar a aprendizagem tradicional, por não corresponder às expectativas dos familiares, principalmente quando comparado ao próprio irmão. Trata claramente a incompatibilidade da aprendizagem exigida pelas escolas e em casa.quando uma criança tem um transtorno, seja neurológico, cognitivo ou emocional, de como há uma inadequação do sistema de ensino e familiar, no que se refere ao trato com as diferenças. Cada um de nós é único e como tal, funcionamos de uma maneira muito própria, absorvemos sim um processo de aprendizagem, embora cada caminho encontrado possa ser diferente. O filme é lindo. uma lição de amor e de vida, e do que tem ocorrido cada vez mais em nossa sociedade. Não há uma solução fácil para nenhum problema,  mas se não for tentado nada, cada vez mais encontraremos crianças excluídas. Aamir Khan além de dirigir, atua como o professor Nikumbh, tem como roteirista Amole Gupte. Como fez enorme sucesso, seus direitos foram comprados pela Walt Disney Home Intertainment, para ser distribuída comercialmente no Reino Unido, Estados Unidos e Austrália. É um filme que não tem dublagem em português, só é visto legendado, mas vale a pena., possibilita uma reflexão profunda sobre nossos valores morais. recomendo para todos, principalmente para pais e educadores, pois possibilita uma nova leitura na forma de lidar com nossas crianças. É uma imensa aprendizagem para nós mesmos. Assista e comente.

Trapaça


Diretor: David O. Russel
Atores: Christian Bale, Bradley Cooper, Amy Adams, Jeremy Renner, Jennifer Lawrence, Robert De Niro, Jack Huston, Michael Peña, Paul Herman
Gênero: Comédia
Duração: 138 minutos        


Sinopse: Irving Rosenfield (Christian Bale) é um grande trapaceiro, que trabalha junto da sócia e amante Sydney Prosser (Amy Adams), Os dois são forçados a colaborar com um agente do FBI (Bradley Cooper), infiltrando o perigoso e sedutor mundo da máfia. Ao mesmo tempo o trio se envolve com a política do país, através do candidato Carmine Pallito (Jeremy Renner). Os palnos parecem dar certo, até que a esposa de Irving, Rosalyn (Jennifer Lawrence) aparecer e mudar as regras do jogo.

Filme bom, com um mega elenco (com excelentes interpretações, é inegável) e ainda com um diretor muito bem cotado, que lembra muito o estilo Scorcesiano de ser, mas não conseguiu me encantar. Parece que ficou faltando algo essencial no filme. Esta foi a minha impressão... O diretor, que também é o roteirista, segue com linha de potencializar a realidade, o que mostrou no seu sucesso anterior O lado bom da vida, tem cenas cômicas, tem tragédias, neuroses e fantasias, mas não deixa de acentuar a questão da desconfiança nas relações  de seus personagens, onde todos desconfiam de todos, onde cada um criou uma imagem de si , que não condiz com o real, são todos pessoas comuns, mas que buscam serem algo além de suas capacidades e realizações, constroem um ideal de vida, o eterno sonho americano e não medem esforços para isso, pagando um preço elevado. O personagem de Irving (Bale), foi inspirado em Mel Weinberg, um trapaceiro condenado real que foi contratado pelo FBI no final dos anos 70 e início dos 80 para auxiliar em uma operação. O que realmente chama a atenção no filme é a reconstituição de época, os figurinos exuberantes, principalmente do elenco feminino e as músicas impactantes, os eternos e clássicos rocks das famosas décadas. Curiosidades: As parcerias: Bale e Amy Adams haviam trabalhado com o diretor em O vencedor e Cooper e Jennifer, Paul Herman e De Niro, no premiado O lado bom da vida. Reencontro de Bale e De Niro também, que já trabalharam juntos em outras produções: Sem limites (2011) e O lado bom da vida (2012). O ator Bradley Copper é também um dos produtores executivos do filme. O diretor escreveu os personagens, expressamente para cada ator interpretá-lo. A cena da briga que se passa no quarto entre Irving e Rosalyn foi completamente improvisada, com completo aval do diretor, que sempre foca nos personagens e não no roteiro. Metamorfose: Christian Bale mudou completamente seu visual, ganhou 18 kg, com penteado disfarçando a calvíce e curvando sua postura, o que acabou por resultar em duas hérnias de disco em sua coluna. Ficou tão bem caracterizado que o ator De Niro não o reconheceu inicialmente nos sets de filmagem. É a quarta vez passa por uma grande transformação corporal para atuar, em : O operário (2004), O sobrevivente (2006) e O Vencedor (2010). As filmagens do filme tiveram de ser adiadas depois da bomba terrorista na Maratona de Boston, onde o filme estava sendo gravado. O diretor Ben Affleck foi originalmente considerado para dirigir Trapaça, mas não houve acerto devido a estra envolvido em outra produção. A criança que o personagem de Jeremy Renner beija nas mãos ao cumprimentar as pessoas como prefeito, é na verdade sua filha Ava, que nasceu durante a produção do filme; mãe e filha tem uma participação especial. Indicações: Oscar 2014, foi indicado para 10 categorias, para Melhor Filme, Diretor, Ator (Bale), Atriz (Amy), Ator Coadjuvante (Bradley), Atriz Coadjuvante (Jennifer), Riteiro Original, Figurino e Edição, mas não levou nenhum. Ao Gloobo de Ouro, venceu nas categorias;   Melhor Filme Comédia/Musical, Atriz (Amy) e Atriz Coadjuvante (Jennifer), sendo indicado a Melhor Diretor, Ator Comédia/Musical (Bale), Ator Coadjuvante (Bradley) e Roteiro. Ao BAFTA, houve indicações para; Melhor Filme, Diretor, Ator, Atriz, Ator Coadjuvante, Figurino, Produção de arte, vencendo para Melhor Atrizs Coadjuvante, Roteiro Original e Penteado e Maquiagem. Achei o filme longo e apesar de ser considerado uma comédia, cansativo. recomendo pelo desempenho dos atores e figurino de Michael Wilkinson.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Como se fosse a primeira vez


Diretor: Peter Segal
Atores: Adam Sandler. Drew Barrymore, Rob Schneider, Sean Astin, Dan Aykroyd, Amy Hill, Aleen Covert, Black Clark, Lusia Strus
Gênero: Romance
Duração: 99 minutos
Ano: 2004



Sinopse: Henry Roth (Adam Sandler) é um veterinário paquerador que vive no Hawai e é famoso pelo grande número de turistas que conquista. Seu novo alvo é Lucy Wihtmore (Drew Barrymore), que mora no local e por quem Henry se apaixona perdidamente, Porém há um problema: Lucy sofre de memória de curto prazo, o que faz com que ela rapidamente esquece dos fatos mais recentes. Com isso, Henry é obrigado a conquistá-la dia após dia, para ficar a seu lado.



Filme delicioso de ver, acredito que toda mulher sonhe com uma situação assim, não a de perder a memória em um acidente, mas a de ser conquistada e amada todos os dias... É o sonho... Adoro este filme, o ator Adam Sandler me surpreendeu, acostumada e vê-lo basicamente em comédias, acredito que tenha se saído muito bem neste personagem, que inicialmente era como que um Dom Juan, que tinha medo de compromisso, apaixonar-se e passar a levar este sentimento muito a sério, chegando até a cogitar abrir mão de todo o seu projeto de vida. É lindo... e a personagem de Drew (Lucy) que apesar de doce e encantadora, acaba também se transformando em uma mulher forte e determinada que vai atrás de seus objetivos, apesar das limitações. Amo a parte em que Lucy mesmo não se lembrando do seu amor conscientemente, o faz em sonhos e traduz esse forte sentimento em arte. O filme no faz rir, com cenas muito engraçadas e também nos faz se emocionar, pois o roteiro é muito bem escrito surpreendentemente por um estreante George Wing. Muuuuito bom!!! Ainda tem a músicas ótimas (algumas delas cover) e uma delas que sou super fã, a do The Police "Every bresth you take". E ainda uma fotografia linda tendo como diretor responsável Jack Green. Curiosidades: O diretor Jay Roach esteva cotado para dirigir este filme. No roteiro original do filme, os personagens viviam em Seatle, posteriormente foi alterado para o Hawai. É a segunda parceria dos atores Sandler e Barrymore, a anterior foi em Afinado no amor (1998). Este é o 12º filme em que Sandler e Schneider atuam juntos, sendo praticamente todos comédias, não muito aclamadas pelas crítica, mas adoradas pelo público mais jovem, co O animal, Golpe baixo, Click. É também a segunda vez que o diretor dirige Sandler, a primeira vez foi em Tratamento de choque (2003). Foi indicado ao MTV Movie Awards em 2004, para Melhor Filme, Ator e Atriz. Ganhou o de Melhor Equipe em cena. O comprometimento da memória fictícia que sofre a personagem de Drew, é semelhante ao quadro real de Perda de memória de curto prazo e Amnésia anterógrada. Recomendo, muito leve e tocante, faz bem ao espírito. Veja se ainda não viu e comente.

Gravidade


Direção: Alfonso Cuarón
Atores: Sandra Bullock, George Clooney, Ed Harris, Eric Michels
Gênero: Ficção científica
Duração: 150 minutos
Ano: 2014



Sinopse: Matt Kowalski (George Clooney) é um astronauta experiente e e comendante da equipe, que está em missão de conserto ao telescópio Hubble juntamente com a doutora (médica e engenheira) Ryan Stone (Sandra Bullock que está em sua primeira viagem ao espaço. Ambos são surpreendidos por uma chuva de destroços decorrente da destruição de um satélite por míssel russo, que faz com que sejam jogados no espaço sideral, sem  qualquer apoio da base terrestre da Nasa, eles precisam encontrar um meio de sobreviver em meio a uma ambiente completamente inóspito à vida humana.


Filme de ficção que apesar de não ter um tema inédito, tem uma tecnologia nova, onde a equipe de efeitos visuais desenvolveram um sistema de cabos operados manualmente ou por controle remoto, para criar a ilusão de flutuação o que acabou exigindo muito trabalho e dedicação dos atores. Sandra Bullock em uma entrevista diz que o trabalho foi muito físico, teve que que aprender a funcionar como um robô natural, tudo muito matemático, onde cada movimento tinha que ser perfeito para dar o efeito desejado, mas que valeu muitíssimo a pena, um trabalho único, com uma equipe, direção e elenco maravilhosos. O filme é visualmente lindo, com uma fotografia perfeita de Emmanuel Lubezki, temos a sensação de que estamos "flutuando" junto com os protagonistas, mas também mexe com o nosso psicológico, sofremos junto com a personagem de Sandra, pois podemos sentír um "silêncio" assustador, quando ela e a equipe perdem o contato com a Terra, após um impacto da nave Explorer com detritos de um satélite, este impacto gera um a reação em cadeia que acaba destruindo outros satélites e a comunicação com a Terra.; então não existe qualquer chance de resgate, assim o medo vira pânico e a única chace de sobrevivência passa a ser a de se jogar na aterrorizante vastidão do espaço. É angustiante...Os efeitos sonoros também são maravilhosos e a música composta (Steven Price), tornam o filme meio mágico, único mesmo. Curiosidades: O roteiro foi escrito por Alfonso, em parceria com seu filho Jonás Cuaron. Com produção de David Heyman, que já havia trabalhado com o diretor em Harry Potter, e foi o primeiro filme que produz desde então (término da série de filmes Harry Potter). Originalmente, Angelina Jolie foi escalada para o papel, mas decidiu não continuar. Depois foi a vez de Natalie Portman, mas recusou ao confirmar sua gravidez e ainda outras atrizes foram cogitadas como Scarllet Johansson, Marion Cotillard, Rachel Weiz, mas o papel ficou mesmo com Sandra, que ao meu ver foi muito bem pois consegue transmitir todo o medo do desconhecido, da solidão. claustrofobia e a dor pela perda dos companheiros. Ela teve um treinador para aprender a se movimentar lentamente, sua grande dificuldade foi de mover o corpo em um ritmo mais lento do que a fala. Robert Downey Jr, seria o intérprete do personagem que ficou com Clooney. Ele deixou o papel por incompatibilidade com o estilo da atuação necessária à produção. O Marcos Pontes, o "nosso astronauta" informa numa entrevista que o acidente ocorrido no filme, poderia ocorrer na vida real, mas que os procedimentos adotados seriam diferentes. Que gostou do filme como diversão, mas não é para ser visto com olhar muito técnico em termos operacionais, como por exemplo a questão do fogo, do som e algumas sensações, não aconteceriam na vida real, como foi mostrado no filme. O filme começou a ser filmado em 03 de maio de 2011 em vários locais dos Estados Unidos como Atlanta e Los Angeles, bem como em Londres no Reino Unido e em Sidney, na Austrália. Foi filmado em formato digital e depois transformado em 3D. Foi o filme de abertura do Festival de Veneza em 2013. Diretores como James Cameron e Quentin Tarantino gostaram muito do filme, dizendo o primeiro que é o melhor filme de ficção que já viu e o segundo que está entre os 10 melhores filmes de 2013. Foi indicado a 10 categorias ao Oscar 2014, de Melhor Filme, Atriz, Direção de Arte e acabou ganhando as de: Melhor Diretor, Trilha Sonora, Edição e Mixagem de som, Fotografia, Edição e Efeitos Visuais. Ao BAFTA: foi indicado a Melhor Filme, Atriz de papel principal, Direção de Arte, Edição/Montagem, ganhou nas categorias: Diretor, Roteiro Original. Fotografia, Música Original, Som e Efeitos Visuais. Ao Globo de Ouro, teve indicação a Melhor Filme Dramático, Atriz em filem dramático e Trilha Sonora Original, ganhou para Melhor Diretor.
 Recomendo, é um bom filme, não foi o meu preferido deste ano, mas vale a pena. Muito diferente dos filmes anteriores que enfocam este tema.