Atores: Robin Williams, Jeff Bridges, Amanda Plummer, Mercedes Riehl.
Gênero: Drama
Duração: 135 minutos
Ano: 1991
Sinopse: Jack Lucas (Jeff Bridges) é um locutor de rádio egocêntrico, que fala o quer em seu programa sem pensar nas possíveis consequências. Um dia um ouvinte conversa com ele ao vivo, dizendo que conheceu uma mulher por quem se apaixonou em um bar yuppie. Jack de imediato descarta que ela tenha se interessado por ele, dizendo que todos os yuppies deveriam morrer. O ouvinte não pensa duas vezes: pega o rifle, vai até o bar e mata seis pessoas, antes de se suicidar. A tragédia provoca forte impacto em Jack, que desaba no alcoolismo e larga a carreira. Três anos depois, Jack conhece Parry (Robin Williams), um mendigo que o salva de ser espancado. Logo Jack descobre que Parry enlouqueceu após sua esposa ser assassinada, no bar yuppie onde seu ouvinte provocou uma tragédia. Disposto a ajudá-lo para livrar-se do peso na consciência, Jack conta com o apoio de sua namorada Lydia (Amanda Plummer), que o sustenta.
Mais um filme maravilhoso, com o competente ator Robin Williams, que tem mais uma atuação brilhante. Sou fã dele, já deu para notar, não? É o típico ator talentoso e não bonito, galã, mas tudo que faz é garantia de no mínimo, ser um bom filme. Neste está mais uma vez sensacional, como o personagem Parry, um mendigo esquizofrênico, que após viver uma tragédia pessoal, fica perturbado, vivendo num mundo imaginário de cavaleiros vermelhos e criaturas pequeninas, mas que se percebe desde o inicio que é uma pessoa brilhante (era um professor de História Medieval), com uma sabedoria e inteligência incríveis, só que desistiu de viver no padrões convencionais. Tendo casualmente sua vida entrelaçada com a de Jack (Bridges), que também não estava vivendo um bom momento, e assim surge uma amizade profunda entre os dois, por afinidade, pois estavam ambos vivendo de certa forma, marginalizados na sociedade. É um ótimo filme, dirigido bem ao estilo de Terry Gilliam: excêntrico, inteligente e original, que narra uma história de amizade e redenção, com narrativa que transita entre o real e imaginário, de forma cativante e com toques de bom humor. Destaque para a figurinista Beatrix Aruana Pasztor, que compõe os figurinos e cenários com extremo bom gosto e fidelidade à época e momento retratado tando na fantasia (Era Medieval), como na realidade, quando retrata a pobreza e miséria de Nova York. O elenco está perfeito, atuam com desenvoltura e realismo, todos convencem como seus personagens, principalmente Bridges e Mercedes. Curiosidades: James Cameron esteve cotado para assumir a direção, mas teve que desistir devido ao seu envolvimento com o Exterminador do Futuro II - O julgamento final (1991). É o primeiro filme dirigido por Terry Gilliam, a não ter qualquer integrante do grupo Monty Python. O ator Bruce Willis fez teste para o filme. Parry, é uma versão menos para Parsifal. o "idiota puro" e lendário cavaleiro em busca do Santo Graal. Esta informação não está no filme, tendo sido divulgada pelo roteirista LaGravenese. As filmagens ocorreram entre 21 de maio a 16 de agosto de 1990. Na Locadora de Lydia (Mercedes), pode ver vistos cartazes de As aventuras do Barão Munchausen (1998) e Brazil - O filme (1995), sendo que ambos foram dirigidos por Terry. O filme foi indicado a várias premiações: Oscar 1992, Melhor Ator (Robin Williams), Roteiro original (Richard LaCravenese), Direção de Arte e Trilha Sonora. Ganhou na categoria de Atriz Coadjuvante Mercedes Ruehl. No Globo de Ouro 1992, ganhou em Melhor Ator Comédia/Musical (Robin Williams), Atriz Coadjuvante (Mercedes Riehl) e foi indicado a Melhor Filme, Diretor e Ator. Ao BAFTA: Melhor Atriz Coadjuvante (Amanda Plummer) e Roteiro Original. No Festival de Toronto (1991) Ganhou Melhor Filme - Prêmio do Público. No Festival de Veneza (1991), ganhou o Leão de Prata e foi indicado ao Leão de Ouro. Recomendadíssimo!!! Filme sensível. Quando comecei a escrever sobre este filme, ainda não havia ocorrido a tragédia com o ator Robin. Fiquei muito triste, pois tenho profunda admiração por seus trabalhos, acredito que seja um dos melhores atores da atualidade e fiquei chocada com sua atitude, de cometer o suicídio, pois temos imagem do mito, como alguém equilibrado, sereno, culto, mas não tínhamos o conhecimento do ser humano, seu real estado de depressão e sofrimento. O cinema perdeu um de seus ícones. Sinto muito!!!