segunda-feira, 14 de novembro de 2016

O grande Hotel Budapeste


Diretor: Wes Anderson
Elenco: Ralph Fiennes, Tony Rivolori, F. Murray Abraham, Mathieu Amalric, Adrien Brody, Willem Dafoe, Jeff Goldblum, Harvey Keitel, Jude Law, Bill Murray, Tilda Swinston, Tom Wilkinson, Owem Wilson, Saoirse Ronan, Edward Norton
Gênero: Comédia
Duração; 100 minutos


Ano: 2015

Sinopse: No período entre as duas Grandes Guerras Mundiais, o famoso gerente de um hotel europeu, conhece um jovem empregado e os dois se tornam melhores amigos. Enter as aventuras vividas pelos dois, contam o roubo de um famoso quadro do Renascimento, a batalha pela grande fortuna de uma família e as transformações históricas durante a metade do século XX.

Que elenco!!! Fantástico, grandes nomes...Mas apesar de grandes interpretações e da história ser muito interessante, fiquei com a impressão de que ficou faltando algo, o filme não empolga. A história gira em torno de um velho escritor, denominado O Autor (Tom Wilkinson), que decide contar a história do tempo que passou no Grande Hotel Budapeste quando ficou conhecendo o dono do local (F. Murray Abrahan), que por sua vez , conta a história de como virou dono do lugar. É uma história dentro de outra história (tem uma analogia com uma boneca russa - uma boneca maior que contêm outras menores). Essa analogia também se estende à própria maneira de Anderson escolhe filmar, respeitando as janelas de projeção usadas nas épocas em que a trama se passa, desde o 1.85 dos dias de hoje até o 1.33 dos anos 1930 - formato mais quadrado que espreme a tela e, de fato, parece uma boneca russa mais compacta. Mas não é a menor: em algumas cenas em 1932, Anderson recorre a miniaturas e animação em stop-motion para filmar cenários e cenas de ação, como a perseguição na neve. É como se sua busca pelo específico, em meio a tantos detalhes, em algum momento, fosse exigir da gente uma lupa de aumento. Mas tudo vai sendo contado de uma forma que não dá para ficar confuso, tudo vai fluindo naturalmente, com uma fotografia belíssima e com cenas hilárias.



O elenco é incrível, às vezes com cenas curtas e únicas, mas que compõe o todo. As história vão se desenrolando, enquanto os personagens principais, o veterano Raph Fiennes e o novato Tony Rivolori vão construindo uma amizade sólida, apesar das muitas diferenças. A obra foi inspirada por textos de Stephen Zweig, poeta e dramaturgo austríaco, que faleceu em Petrópolis - RJ, na década de 40; dos livros Coração Impaciente e o póstumo Êxtase da transformação. Os cenários são incríveis, Direção de Arte impecável de Nathan Parker, Figurino assinado por Milena Canorero, tudo muito criativo e condizente com a história (que vai sendo conduzida com muita delicadeza e humor). Emociona e diverte ao mesmo tempo. Esteticamente, o filme é perfeito, com muita riqueza de detalhes, é um longa para todos os gostos e idades e de certo modo, torna-se uma "aula de história", apresentada de forma não convencional. Foi filmado na Alemanha, especialmente na cidade de Górlitz e no Studio Babelsberg. O autor narra a história a partir de 1985, sobre uma viagem que ele fez e se hospedou no Grande Hotel Budapeste em 1968 (localizado na República de Zubrowka, um estado fictício no centro da Europa (Alpes), dizimada pela guerra e pobreza). A pintura Menino com maçã é uma obra de arte real, do pintor inglês Michael Taylor, mas não é Renascentista, foi concluída em 2011.


Indicações e Premiações: ganhou o Urso e Prata no Festival de Beilim. Ao Globo de Ouro, foi indicado a Melhor Direção, Roteiro, Ator Comédia ou Musical (Ralph Fiennes). Venceu para Melhor Filme Comédia ou Musical. Ao SAG, foi indicado para Melhor Elenco para Cinema. Ao BAFTA, foi indicado para Melhor Filme, Diretor, Ator em cinema, Ralph Finnes, Fotografia, Montagem, Som.Ganhou nas categorias de Melhor Roteiro Original,, Banda Sonora (Alexandrre Displat), Direção de Arte, Figurino, Maquiagem e Penteados (Frances Hannon). Ao Oscar 2105, foi indicado a 9 categorias: Melhor Filme, Diretor, Roteiro Original, Montagem e Fotografia; vencendo para Melhor Figurino, Maquiagem e Penteados, Direção de Arte e Trilha Sonora.
Gostei, é uma comédia com toques e mistério e suspense, mas confesso que tinha uma expectativa elevada, devido a tantas indicações, mas não me senti "conquistada pelo filme, Faltou algo, tipo "emoção". 

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Robin Hood - O príncipe dos ladrões



Diretor: Kevin Reynolds
Atores: Kevin Costner, Morgan Freeman, Mary Elisabeth Mastrantonio, Chrsitian Slater, Allan Rickman, Geraldine McEwan, Michael Wincott, Sean Connery, Hugh Laurie, Jack Wild, Brian Blessed
Gênero: Aventura
Duração: 143 minutos


Ano: 1991

Sinopse: Após voltar de uma Cruzada, Robin de Locksley (Kevin Costner), um jovem cavaleiro, descobre que seu pai, Lorde de Locksley (Brian Blessed) foi morto pelos seguidores do Xerife de Notthingam (Allan Rickman), que por sua vez é partidário do Príncipe João, que tudo fará para que Ricardo Coração de Leão (Sean Connery) não volte ao poder. Robin é visado pelos usurpadores e foge, mas sempre acompanhado por Azeem (Morgan Freeman), um mouro que lhe deve a vida. Eles vão para a Floresta Sherwood, onde são atacados por camponeses que, para sobreviver, atacam os asseclas do Xerife. Logo Robin e Azeem se unem ao bando e planejam trazer Ricardo de volta ao poder. Em meio a sua luta, Robin é ajudado por Lady Marian (Mary Elisabeth Mastrantonio), uma bela donzela, por quem se apaixona.

Adoro este filme, que tem Kevin Costner, Morgan Freeman e Allan Rickman, que são atores por quem tenho profunda admiração. Visualmente é lindo, com cenas da natureza incríveis e reconstrução do período medieval impecáveis (castelos, armas, aldeias, tudo perfeito!!!). E como se não bastasse ainda tem uma daquelas músicas que fica para sempre em nossa memória e lembranças. Amo esta música do Brian Adams e Michael Kamen "Everything I do, I do it for you", linda demais!!! Não sendo à toa que ganhou vários prêmios. Kevin Costner estava no seu auge de beleza e atuação, lindo e carismático. Allan Rickman, maravilhoso,  com uma interpretação hilária, como o arrogante, exagerado e cômico, Xerife. E Morgan.como sempre, com sua competência e forte presença cênica, arrasa como Azeen o braço direito de Robin. A equipe técnica foi muito competente, resultando neste belo épico: Diretor de Fotografia, Douglas Milsone; Figurino, de John Bloomfield; Montagem de Peter Boyle e Direção de Arte, de John Graysmark. Um show!!!



Indicações e Premiações: Ao Oscar 1992, teve indicação para Melhor Canção Original, mas perdeu para Beauty and the Best (A Bela e a Fera), cantada por Celine Dion e Peabo Bryson. No BAFTA, venceu na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Rickman) e foi indicado a Melhor Figurino. No Globo de Ouro, teve indicações nas categorias: Melhor Trilha Sonora Original - Cinema e Melhor Canção Original - Cinema (Everything I do) Do it for you. Ao MTV Movie Award,venceu para Melhor Canção Original e teve outras indicações para: Melhor Filme, Ator, Atriz, Vilão, Dupla (Costner e Freeman) e Mais Gostoso (Costner de novo!). No Grammy, venceu na Categoria de Melhor Canção Original, para Cinema e Televisão.
Curiosidades: durante as filmagens surgiram rumores de que o ator, Kevin Costner e o diretor se desentenderam devido à utilização ou não de sotaque britânico nas falas do personagem e Robin de Locksley. Enquanto Costner era a favor, Reynolds era contra, sendo que a opinião do diretor acabou prevalecendo no filme. No trailer do filme, foi incluída uma  cena em que uma micro câmara foi colocada em uma flecha, passando para o expectador qual seria a "visão" desta flecha após ter sido lançada. A cena fez tanto sucesso que acabou sendo incluída no filme. (Realmente é uma cena linda, ficou sendo "a cena", uma das mais marcantes do filme). O ator Sean Connery ganhou 250 mil dólares por apenas 2 dias de filmagem em Robin Hood. Após encerrar o trabalho, Connery doou a quantia que recebeu para instituições de caridade. O papel de Lady Marian seria de Robin Wright Penn, que teve que desistir do papel, porque estava grávida na época das filmagens. Apesar da participação de Connery ter sido pequena, o que para alguns, até descartável, eu acredito que não, com sua presença marcante, enigmática e com aquela voz poderosa, fez toda a diferença, deu um toque mais que especial ao filme.


Recomendo!!! Muito bom para os apreciadores de filmes épicos e de aventura.  

domingo, 24 de julho de 2016

A grande aposta


Diretor: Adam McKay
Atores: Christian Bale, Steve Carrell. Ryan Gosling, Brad Pitt, John Magaro, Karem Gillan, Melissa Leo, Marisa Tomei
Gênero: Comédia
Duração: 131 minutos

Ano:2016

Sinopse:  Michael Burry (Christian Bale) é dono de uma empresa de médio porte, que decide investir muito dinheiro do fundo que coordena ao apostar que o sistema imobiliário dos EUA irá quebrar em breve. Tal decisão gera complicações junto aos investidores, já que nunca alguém havia apostado contra o sistema e levado vantagem. . Ao saber destes investimentos, o corretor Jared Vennet (Ryan Gosling) percebe a oportunidade e passa a oferecê-la para os clientes. Um deles é Mark Boum (Steve Carrell), o dono de uma corretora que enfrenta problemas pessoais, desde que seu irmão se suicidou. Paralelamente, dois iniciantes na Bolsa de Valores,percebem que podem ganhar muito dinheiro ao apostar na crise imobiliária, para tanto, pedem ajuda a um guru de Wall Street, Ben Rickert (Brad Pitt), que vive recluso.

Elenco de primeira, entre eles alguns mais famosos e queridos do público (Bale e Pitt), mas o filme deixa a desejar, não empolga e ainda tem uma linguagem meio técnica, que acaba cansando o expectador, achei um pouco longo. O filme é uma adaptação do livro The Big Short: Inside the Doomsday Machine, publicado no Brasil como A jogada do século, por Michael Lewis. É um filme que retrata a crise financeira de 2008, nos EUA, quando algumas pessoas do mercado financeiro previnem o caos e se aproveitam para ganhar dinheiro. Mostra também, a total falta de controle sobre as dívidas hipotecárias, pois o crédito nesta área era sempre aprovado (hipoteca sobre hipoteca); fraudes, cobertura do governo e total impunidade, recaindo o problema exclusivamente para as classes sociais mais expostas. ( É possível ver alguma semelhança com o Brasil??? Nada diferente daqui, não é???). O que eram os investimentos mais seguros do mercado: os títulos de dívida imobiliária, viram um fiasco. O diretor a partir, pois além de dirigir também é co-roteirista, transforma o que poderia ser filme de drama, em comédia irônica (ainda que cruel), mostra o outro da moeda. O filme é bom, composto por um elenco que além de esbanjar charme, mostra talento, onde cada personagem principal carrega um pouco na sua atuação, para enfatizar a personalidade de cada um: tem o esperto, o depressivo, o incrédulo...). Fotografia de Barry Ackroyd. Teve 06 indicações para o Oscar 2016, nas categorias de Melhor Filme, Diretor, Ator Coadjuvante (Christian Bale) e Montagem, ganhou para Melhor Roteiro Adaptado.
Brad Pitt foi também um dos produtores, os demais: Dede Gardner, Jeremy Kleiner e Armand Milchan.
Recomendo para as mentes mais racionais.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

A letra escarlate




Diretor: Roland Joffé
Atores: Demi Moore, Gary Oldman, Robert Duvall, Edward Hardwicke, Amy Wright, Robert Proscky
Joan Plowright
Gênero: Romance
Duração: 135 minutos
Ano: 1995


Sinopse: Em 1666, Massachussests, Bay Colony, uma bela mulher (Demi Moore), casada com um medico (Robert Duvall), chega na localidade na frente do marido, com incubência de providenciar uma casa para o casal. Mas acaba se apaixonando por um reverendo (Gary Oldman), que tem por ela os mesmos sentimentos. No entanto, eles reprimem tais emoções pelo fato dela ser casada, mas quando supões que seu marido foi morto pelos índios, eles se sentem livres e Hester acaba ficando grávida. Mas apesar de ficar presa e socialmente marginalizada, ela se recusa a dizer o nome do pai da criança que esta esperando. Passa então a portar uma letra "A".de adúltera bordada em cores vermelhas em suas roupas, como símbolo de vergonha de sua vergonha perante a sociedade local.


Simplesmente belo!!! Densa e intensa, esta história de amor proibida, que pelas convenções da época é vigorosamente condenada. Mostra um retrato bem dramático e tocante de submissão e da resistência, às normas sociais, bem como da paixão, culpa e fragilidades humanas.  Demi Moore e Gary Oldman estão maravilhosos como os personagens de Hester e Arthur. A história se passa  no auge da caça às bruxas nas cidades regidas por uma administração puritana, Anos antes, a Inglaterra estava sob o domínio do Rei Carlos II, navios apinhados de gente aportavam a todo  momento no Novo Mundo. Pessoas vinham em busca de liberdade, fugindo da perseguição religiosa da terra natal. Mas com o tempo foi se observando que o Novo Mundo não era diferente do Velho. Pessoas vieram de lá e trouxeram os antigos preconceitos e regras, para a formação da Nova Inglaterra. Assim o filme mostra em detalhes os conflitos entre homem branco e índios, o Estado e Religião confundindo-se (para variar!!!) e a intolerância imperando, parecendo algo bastante normal. Então aparece Hester, uma mulher determinada, forte, destemida, moderna que acaba por chocar e questionar os valores hipócritas da pequena cidade que viria a ser Boston, nos dias atuais. É uma história fictícia, escrita por Nathaniel Hawthorne em 1850, (ainda que a história se passa a pelo menos duzentos anos antes), aborda a eterna luta entre  os conflitos que normalmente vivenciamos: os valores da sociedade e os direito do indivíduo (questionando quais as obrigações que o indivíduo tem para com a sociedade); entre a lealdade e o amor.  E nos brinda com Hester Prymme, a primeira autêntica heroína da literatura norte-americana, que se vale de uma força interior e de uma convicção de espírito, desafiando a sociedade ao criar sua filha sozinha, a lidar com situações inesperadas e principalmente proteger o segredo, a identidade de seu amor.
Curiosidades: esta é a quinta versão cinematográfica do livro, as demais foram em 1917, 1926, 1934 e 1972. Esta última, apesar de toda produção impecável, recebeu algumas críticas, por ter modificado a versão original do livro. Mas convenhamos, não conheço as outras, mas esta é primorosa!!! Com música John Barry, sendo que foram compostas três trilhas sonoras. Depois de prontas, a escolhida foi foi a dele, em detrimento das elaboradas por Ennio Morricone e Elmer Benstein. Fotografia de Alex Thonson, linda!!! Figurino de Gabriella Pescucci e Produtores Roland Joffé e Andrew G, Vajna. Não foi indicado a premiações importantes. Uma pena!!! Mas ainda assim acredito que vale a pena ver. Emocionante!!! Principalmente para as simpatizantes das causa femininas. 

sábado, 16 de julho de 2016

O regresso



Diretor`Alejandro Gonzáles Iñarritu
Atores: Leonardo DiCáprio, Tom Hardy, Domhnall Gleeson, Will Poulter, Paul Anderson, Kristoffer Joner, Brendan Fletcher
Gênero; Drama
Duração: 156 minutos
Ano: 2016



Sinopse: No século 19, o explorador Hugh Glass (DiCáprio), comanda uma ação no Rio Missouri, no Oeste americano. No local, ele acaba sendo atacado por uma ursa e em vez de ajudarem, sua equipe o abandona à própria sorte. Mas para surpresa do grupo, o explorador sobrevive  e esta sedento por vingança.


Filme muito esperado, por ser polêmico devido as indicações de Melhor Diretor, Fotografia e Melhor Ator para Leonardo Di Cáprio. Eu particularmente gostei muito!!! Foi como esperava: Direção precisa de Iñárritu, interpretações fortes, com um Di Cáprio maduro e maravilhoso, e com Fotografia espetacular (com detalhes incríveis, poética), bem ao estilo do Emmanuel Lubezki, que deixa mais uma vez sua marca registrada, paisagens lindas, de tirar o fôlego. O filme foi inspirado em fatos reais, narrados no livro The Revenant, a novel of Revenge, de Michael Punke, na telona foi apresentada de forma sensacional, sendo uma experiência cinematográfica imersiva e visceral, que capta a épica aventura de um homem que luta por sobrevivência e o extraordinário poder do espírito humano. Em uma expedição pela remota região oeste dos EUA, o lendário explorador Glass, é atacado brutalmente por uma ursa e é deixado como morto pelos membros de sua própria equipe. Assim, em sua luta para sobreviver, Glass resiste à dor inimaginável, à traição, mas guiado por uma força de vontade e pelo amor à sua família, navegando por um inverno brutal em busca de redenção e vingança. As filmagens foram iniciadas no princípio de em 2014 e terminaram em agosto do ano seguinte. Utilizando de 3 países para compor todos os cenários: Canadá, EUA e Argentina. Após 4 indicações ao Oscar (Gilbert Grape - um aprendiz de sonhador,





em 1995; O aviador, em 2005; Diamante de sangue, em 2007, achei uma injustiça também não ter sido indicado pelo filme Os infiltrados no mesmo ano e em O lobo de Wall Street, em 2014, mas sem premiação, nesta quinta, conseguiu merecidamente!!! Leonardo disse em uma entrevista que não foi fácil gravar este filme, que viveu experiências até então impensáveis: dormiu em carcaça de animal, comeu carne de bisão e que nadou regularmente em rios congelados. diz "foi o filme mais difícil em que todos nós já filmamos". Que a equipe não podia errar nas filmagens, tudo foi ensaiado exaustivamente, pois só tinham 90 minutos por dia para captar a bela e célere luz de Chivo. No filme todo só foi utilizada luz natural. Sendo o frio congelante e a hipotermia um risco constante. Iñárritu diz "que as condições do clima estavam contra nós, o tempo todo." Curiosidades: O projeto começou a ser idealizado em 2001, mas só concretizado em 2014.  Os atores Samuel L. Jackson, Christian Bale e Sean Peen foram sondados para o longa.
Equipe técnica: Trilha Sonora, Ryuichi Sakamoto; Direção de Arte, Jack Fisk; Montagem, Stephen Mirrione; Figurinista, Jaqueline West.
Indicações: ao Oscar 2016, foram no total 12 indicações, Melhor Ator Coadjuvante, Edição, Figurino, Cabelo e Maquiagem, Efeitos Visuais, Designer de Produção, Edição de Som e Mixagem de Som; venceu 3, para Melhor Diretor, Ator e Fotografia. Ao Globo de Ouro, venceu nas categorias de Melhor Filme Drama, Ator Drama e Diretor, indicado ainda para Melhor Trilha Sonora. Ao BAFTA, vencedor em Melhor Filme, Ator, Som e Fotografia, indicações em Trilha Sonora. Maquiagem e Edição. Ao Prêmio Screen Acrors Guild 2016, Leonardo ganhou também para Melhor Ator em Cinema. É finalmente este foi o ano de Leonardo.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

O silêncio dos inocentes


Diretor: Jonathan Damme
Atores: Anthonny Hopkins, Jodie Foster, Ted Levine, Scott Glenn, Anthony Heald, Diane Baker
Gênero: Suspense
Duração 118 minutos


Ano: 1991

Sinopse: Clarice Starling (com a brilhante Jodie Foster) é escolhida para investigar uma série de assassinatos cometidos por um criminoso conhecido como Buffalo Bill” (Ted Levine), que tem como hobbie arrancar a pele de suas vítimas, que via de regra, são mulheres gordas. Para entender sua conturbada mente, Clarice, a promissora estudante da Academia do FBI se arrisca em conversar com um perigoso psicopata conhecido como Hannibal Lecter (Anthony Hopkins), que está preso por canibalismo e que não perde oportunidade para cometer suas façanhas.



Este excelente filme, foi umas das maiores surpresas para mim, no Oscar de 1992, pois apesar da indicação, nunca imaginei que fosse ganhar, pois não é o tipo de filme muito bem aceito para representar a Academia, mas ganhou, merecidamente!!! E não só para Melhor filme, foram 5 prêmios ganhos, das 7 indicações. Hopckins e Jodie estão magníficos, ele como o arrepiante Dr Lecter (psicopata mais sedutor da história do cinema: um homem educado, inteligente, manipulador e perigoso), ela como Clarice, a discreta, mas desafiante investigadora da polícia, que precisa enfrentar além do machismo claramente evidenciado no filme (mundo até então categoricamente masculino), como o desafio agonizante proposto por Lecter, que só assim irá colaborar para desvendar o mistério do aterrorizante psicopata que está perturbando o meio social. Foi o terceiro filme a ganhar prêmios em 5 categorias principais, o primeiro foi Aconteceu naquela noite (1934) e o segundo, Um estranho no ninho (1975). É baseado no romance homônimo de 1088, por Thomas Harris, o segundo a apresentar Haniball, um psicopata assassino em série, que realizava canibalismo com suas vítimas. Foi o primeiro ganhador de Melhor Filme a ser amplamente considerado como de Terror, sendo o segundo, O Exorcista (1973). Este filme é considerado "culturalmente histórico e esteticamente" importante pela Biblioteca de Congresso e foi escolhido para ser preservado no National Film Registry em 2011. Também foi citado pelo escritor Steven Jay Schneider, no livro "1001 filmes para ver antes de morrer". Teve como roteirista o próprio escritor, em parceria com Ted Tally, o que acaba contribuindo para o realismo e precisão do filme, juntamente com a montagem e edição (Craig McKay) impecáveis, onde não é possível se perder na compreensão da história como um todo. A música fica por conta de Howard Shore, que compõe o toque de suspense e terror; e para completar a Fotografia mais escura e cheia de nuances, tem como responsável Tak Fujimoto, que à medida que o filme vai se desenrolando, vamos sendo levados gradativamente a um aprofundamento no universo do medo e suspense, não sendo necessário grandes efeitos visuais (detalhes do mundo obscuros dos presidiários, da intensidade do desajuste de Bufallo Bill). E o Figurino ficou a cargo de Colleen Atwood, que compõe com sabedoria a roupagem de Clarice (tons neutros e discretos, uma figura solitária, mas focada no trabalho, que faz tudo para passar despercebida, mas ainda assim marcante) e na de Lecter, criando para ele uma imagem que marcou para sempre a história da sétima arte (com uma espécie de "fucinheira humana"). Assim o filme só poderia ser o sucesso e considerado uma obra prima, como afirmado por muitos: um perturbador e magistral suspense.

Principais indicações e premiações: Foi indicado ao Oscar 1992 para Melhor Filme, Diretor, Ator (Hopkins), Atriz (Foster), Roteiro Adaptado, Edição e Som, sendo que só não ganhou os dois últimos. Pra o Globo de Ouro, inidicado para Melhor Diretor de Cinema, Filme Drama, Ator para Cinema Drama e Roteiro Cinema. No BAFTA, venceu nas categoria de Melhor Ator e Atriz,sendo indicado também para Melhor Fotografia, Direção, Edição, Filme, Trilha Sonora, Roteiro Adaptado. No Festival de Cinema de Berlim (1991), foi vencedor do Urso de Prata de Melhor Diretor e foi indicado ao Urso de Ouro para Melhor Filme. Foi indicado ao Cesar (França) 1992, de Melhor Filme Estrangeiro. Ganhou o prêmio Edgard (Edgard Allan Poe Awards) EUA, para Melhor Filme. No NYCCA 1991 (New York Cartier Cirele Awrads), ganhou de Melhor Filme, Diretor, Ator e Atriz.
Recomendadíssimo!!! É um filme visceral, sentimos muitas emoções conflitantes ao mesmo tempo. Brilhante!!!

domingo, 5 de junho de 2016

Carol



Direção: Todd Haynes
Atores: Cate Blanchet, Rooney Mara, Kyle Chandler, Sara Paulson, Jack Lucy
Gênero: Drama
Duração: 118 minutos
Ano: 2016



Sinopse: A jovem Therese Belinet (Rooney Mara) tem um emprego entediante na seção de brinquedos de uma loja de departamentos. Um dia ele conhece a elegante Carol (Cate Blanchet),uma cliente em busca de um presente de Natal para sua filha. Carol, que está se divorciando de Harge (Kyle Chandler), também não está contente com a sua vida. As duas se aproximam cada vez mais e, quando Harge a impede de passar o Natal com a filha, Carol convida Therese a fazer uma viagem pelos Estados Unidos.

Mais um ótimo filme deste ano, que toca num assunto onde não é mais possível nos ausentarmos de entrar em contato, e no mínimo refletir... Que é o amor em pessoas do mesmo sexo. O amor é uma força da natureza, quase como que o "quinto elemento" e quando menos esperamos acontece!!! E muitas vezes, sem que percebamos e sem que queiramos, apenas sentimos... E o gênero, deveria ser o que menos importa, mas... O filme é muito sensível e delicado, tendo como protagonistas: a maravilhosa Cate  Blanchet, que é a elegância e charme, em pessoa; e a doce Rooney Mara, que cada vez mais se firma com excelente atriz (surpresa para mim foi seu desempenho no filme Millenium, homens que não amavam as mulheres). Ambas dão um banho de interpretação, que acredito que não deveria ter havido indicação para Atriz Coadjuvante, as duas são atrizes principais. Dando vida ao roteiro, interpretando com brilhantismo este delicado tema, ao mesmo tempo com força e fragilidade, de decidir viver uma relação homossexual, numa época (Nova York dos anos 50) com todos os preconceitos e discriminações sociais, em que a única forma de se proteger de retaliações e evitar um escândalo, ainda mais no caso de Carol, que era casada, vivendo um processo de divórcio e tendo uma filha; era reprimir os sentimentos ou torná-los o mais discreto possível. Assim, o diretor constrói um mundo, onde os sentimentos latentes, vão sendo desenvolvidos e tornando conscientes aos poucos, os sentimentos e o próprio relacionamento, vão sendo construídos devagar, com muita delicadeza, de forma contida, mas marcante, tudo mostrado nas "entrelinhas" (olhares, toques suaves), mas com tanta força, que comove. Lindo!!!



O filme foi baseado no livro The Price of salt, de Patrícia Highsmith de 1952. O filme estava em desenvolvimento há mais de 11 anos nas produtoras britânicas Number 9 e Film 4 Productions. Co produzido pela Nova-iorquina Killer Films. As filmagens começaram em 2014 e duraram 34 dias. O filme foi rodado em Super 16 mm. Estreou no Festival de Cannes em 2015, concorrendo à Palma de Ouro, sendo premiado com o Queer Palm e interpretação feminina para a atuação de Rooney Mara. Recebeu 5 indicações para o Oscar 16, de Melhor Atriz (Cate), Atriz Coadjuvante (Rooney), Roteiro Adaptado (Phyllis Nagy), Trilha Sonora Original (Carter Burwell) e Figurino (Sandy Power). Ao Globo de Ouro, para: Melhor Filme Drama, Diretor, Atriz em drama, para as duas atrizes, Trilha Sonora. Ao BAFTA, teve 9 indicações, já que as produtoras são inglesas.
Curiosidades: A atriz Kate Winslet, foi cogitada para desempenhar o personagem de Carol. E para o papel de Therese, inicialmente o convite tinha sido para ela mesma, que acabou recusando, alegando cansaço, após as filmagens de Millenium, então convidaram a a triz Mia Waskowska, que desistiu, para se dedicar ao filme A colina Escarlate (2015), então o papel acabou voltando para Rooney. O primeiro esboço de Phyllis Nagy foi em 1996. A escritora informa que a inspiração para escrever o livro, foi de uma experiência que ela mesma teve no Natal de 1948, quando viu uma senhora loura, elegante vestindo um casaco de pele, logo depois descobriu que estava com catapora e ficou um período de cama, recolhida e que assim teve tempo para dar asas à sua imaginação. O filme foi ovacionado no Festival de Cannes, com a platéia toda em pé.
Recomendo, o filme é lindo, delicado, profundo, com Fotografia belíssima de Edward Lachman, ambientação perfeita. Palmas para o diretor que já é conhecido pelo seu esmero neste quesito.
Veja e comente!!!

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Nosso amor de ontem


Diretor: Sidney Pollack
Atores: Robert Redford, Barbra Streisand, Bradford Dillman, Lois Chile, Patrick O'Neil, Vivieca Lindfors, Murray Hamilton, James Woods
Gênero: Romance
Duração: 118 minutos


Ano: 1973

Sinopse: Em 1937, Katie Morosky (Barbra Streisand), uma judia comunista desperta a atenção de Hubbell Gardner (Robert Redford), um protestante de família rica. Cada um segue seu caminho, ele se dedicando a escrever e ela trabalhando em uma rádio. Quase oito anos depois, os dois se encontram por acaso em uma boate, quando Katie o vê cochilando sentado. Provavelmente por serem bem diferentes e os opostos se atraem, os dois se apaixonam. Porém, Katie se sente pouco à vontade com os amigos de Hubbell e isso se torna motivo para brigas constantes. Após discussões e o fracasso do primeiro livro de Gardiner, eles vão para Hollywood, onde Bubbell escreverá o roteiro de um filme para J. J. (Bradford Dillman), um amigo dele que se tornou produtor. Katie diz que está grávida, mas nem tudo corre bem, porque o Macarthysmo domina o país, transformando a liberdade de expressão em algo perigoso que pode custar o emprego e a liberdade de quem desafia o Comitê de Atividades Anti-americanas.


Filme maravilhoso, com a música inesquecível The way we where, tocada ao longo da projeção de todas as formas, com os mais variados instrumentos. Linnda!!! E os atores Robert Redford e Barbra Streisand, dois das maiores lendas do cinema, formam o par romântico, que atraem e cativam a todos nós. Sem falar que estão no auge da beleza, magníficos. Ela,  Katie (Barbra) uma jovem politizada e ativista e Hubbel (Redford); ele, um jovem esportista, mas com talentos de escritor, ambicioso que pretende chegar a Hollywood, acabam se conhecendo nos tempos da universidade (frequentam a mesma turma de redação) e se apaixonam apesar de toda divergência religiosa, política e temperamentais, sendo o amor deles colocado à prova devido a grande divergência de visão de mundo, e ainda tendo como pano de fundo os eventos históricos  das décadas de 30 e 50. Enfim, a história/roteiro, enchem a tela de magia, com mais este casal que vive um romance atemporal. Emocionante!!! A fotografia de Harry Stradding Jr, é belíssima, retratando com muita precisão o período Macarthysta (Senador Joseph McCarthy, promoveu um verdadeiro "caça às bruxas" ao comunismo e simpatizantes a ele). Tendo ainda como diretor musical Marvin Hanlisch, que teve seu brilhantismo muito bem recompensado, ganhando muito prêmios como Grammy em 1974, como Melhor Álbum de Trilha Sonora para cinema, Venceu no Oscar 1974 em Melhor Trilha Sonora e Canção Original e No Globo de Ouro, também venceu na categoria de Melhor Canção Original.
Indicações e premiações: ao Oscar, indicação para Melhor Atriz (Barbra), Fotografia e Figurino (Dorothy Jeakins e Moss Mabry). Ao Globo de Ouro, indicado para Melhor Atriz de cinema-drama (Barbra), Ao BAFTA,para a mesma categoria, e venceu no Prêmio David di Donatello, para Melhor Atriz Estrangeira (Barbra).


Curiosidades: é o terceiro de sete, em que o diretor Sidney e o ator Redford trabalham juntos: Esta mulher é proibida (1966), Mais forte que a vingança (1972), Três dias de Condor (1975), O cavaleiro elétrico (1979), Entre dois amores (1985), Havana (1990), Este é o primeiro filme que tornou conhecido o ator James Wood,  com pequena participação,mas foi o bastante para chamar a atenção.
Trecho lindo da música The way we where (Do jeito que a gente era):  "As lembranças iluminam as esquinas da minha mente. Lembranças nebulosas pintadas em aquarela. Do jeito que a gente era. Imagens despedaçadas de sorrisos que deixamos para trás. Sorrisos que demos um para o outro. Pelo jeito que a gente era". Affff!!!!
Recomendo. E para os românticos, fica a dica: preparem os lenços.

domingo, 1 de maio de 2016

O jogo da imitação


Diretor: Morten Tyldum
Atores: Benedict Cumberbatch, Keira Knightley, Mathew Goode, Mark Strong, Rory Kinnear, Charles Dance, Allan Leech
Gênero: Biografia
Duração: 115 minutos
Ano: 2015


Sinopse: Durante a Segunda Grande Guerra Mundial, o Governo Britânico monta uma equipe que tem por objetivo quebrar o Enigma, o famoso código que os alemães usam para enviar mensagens aos submarinos. Um de seus integrantes, Allan Turing (Benedict Cumberbatch), um matemático de 27 anos, estritamente lógico e focado  no trabalho e tem problemas de relacionamento com praticamente toda a equipe,apesar de liderá-la. Seu grande projeto é construir uma máquina que permita analisar todas as possibilidades de codificação do Enigma em apenas 18 horas,de forma que os ingleses conheçam as ordens enviadas, antes que sejam executadas. Entretanto,para que o projeto dê certo, Turing terá que aprender a trabalhar em equipe e tem Joan Clarke (Keira Knightley), única mulher do grupo, como sua grande incentivadora.


Um bom filme, com excelentes atuações, mas que não empolga, por ser apresentado de forma muito burocrática. Mas aborda uma situação que poucas pessoas fora da política ou sem patente militar conheciam, mas que foi decisivo para o fim dos combates na Segunda Guerra Mundial. O filme é uma biografia (parcial) adaptada do livro "Alam Turing: The Enigma", escrito por Andrew Hodges, Que nos apresenta Turing: criptoanalista, matemático e filósofo britânico, nascido Alan Mathison Turing (1912-1954), que é hoje considerado um dos precursores da computação moderna. Durante a Segunda Grande Guerra, ele e a sua equipe altamente sigilosa, deram uma ajuda fundamental aos Aliados na descodificação do código Enigma, que os nazistas utilizavam para comunicar secretamente os planos de ataque. Já durante o pós-guerra, Turing projetou um dos primeiros computadores programáveis no laboratório nacional de física do Reino Unido. Entre muitas outras coisas, os seus estudos serviram ainda para abrir portas a uma das questões mais pertinentes da tecnologia da atualidade: a possibilidade teórica da inteligência artificial.
Apesar de todo o reconhecimento, a sua carreira terminou abruptamente em 1952, depois de ter sido processado por atentado ao pudor, acusação que culminou numa condenação por homossexualidade, à época ilegal no Reino Unido. A 8 de Junho de 1954, dois anos depois de iniciar um tratamento com injeções de hormônios que provocam castração química (que preferiu à prisão), Turing foi encontrado morto na sua própria casa. A morte prematura, antes e completar 42 anos, foi classificada como suicídio, embora muitos, começando pela sua mãe, refutem a conclusão. Parece que o gênio que salvou tantas vidas na guerra, não conseguiu salvar a si mesmo.
Em Setembro de 2009, depois de uma campanha liderada por John Graham-Cumming, o Primeiro-Ministro Gordon Brown fez um pedido oficial de desculpas público em nome do Governo Britânico, devido à maneira pela qual Turing foi tratado. Finalmente, a 24 de Dezembro de 2013, o matemático recebeu o perdão da rainha Elizabeth II.



Curiosidades: Em uma citação, Wisnton Churchil afirmou que Turing fez a maior contribuição estimulante na Guerra da Grã-Bretanha. Como Turing sofreu um terrível tratamento como pessoa, por ser homossexual, o ator Benedict diz que "o filme trás à tona, o ser humano extraordinário que ele era". O ator ficou fascinado pela história de Turing e se dedicou a compor com esmero o personagem. Como inglês que é, afirma que isto é uma parte vergonhosa que o seu país carrega em sua história. E que acabou tendo um colapso nervoso (choro convulsivo em uma das cenas finais), por se envolver tanto como o personagem (apaixonou-se verdadeiramente), ficou pensando no quanto Turing tinha sofrido com isso tudo e na profundidade que tudo isso tinha lhe afetado. Os dois protagonistas do personagem, tiveram de usar uma prótese dentária para ficarem com os dentes idênticos ao de Turing.
A máquina de Turing "Christopher" vista no filme é baseado em uma réplica do aparelho original,que está localizado no Museu Bletchley Park, só que um pouco menor, que o mostrado no filme. A Revista Time, classificou a interpretação de Turing por Benedict, como a primeira da Lista de "Melhores Performance de 2014". O atores: Keira, Benedict e Mathew Goode são amigos fora da telona. Esta é uma estréia em língua inglesa, do diretor norueguês, Mortem. O ator Leonardo DiCaprio estava originalmente escalado para estrelar o longa. Vários diretores foram considerados pela Warner Bros para dirigir o projeto, como: Ron Howard, e David Yates. Descendentes da família, aplaudiram o filme, alegando que é um resgate à sua memória, um reconhecimento da importância do seu trabalho, que não era até então valorizado, ou até mesmo desconhecido, pois sua missão era estritamente sigilosa. O filme foi elogiado pela crítica e um sucesso nos Estados Unidos e no Reino Unido. Indicações: ao Oscar 2015, para Melhor Filme, Ator, Atriz, Montagem e Trilha Sonora, vencendo para Melhor Roteiro Adaptado. Ao Globo de Ouro foi indicado a Melhor Filme Drama, Ator em Drama, Atriz Secundária, Argumento,Trilha Sonora e Roteiro de Cinema. Ao BAFTA para Melhor Filme e Ator (Benedict). A história da "computação" já pode ter sido contada, mas não com o foco no seu "criador", que tinha uma personalidade complexa (arrogante, tirânica, introvertida), delicado para falar, irônico com humor inteligente e sutil,mas socialmente deficiente. Vale a pena ser visto. Recomendo!!!

terça-feira, 26 de abril de 2016

Caminhando nas nuvens


Diretor: Alfonso Arau
Atores: Keanu Reeves, Aitana Sánchez-Gijón, Anthony Quinn, Debra Messing, Giancarlo Giannini, Freddy Rodriguez, Angélica Aragón
Gênero:Romance
Duração: 102 minutos
Ano: 1995


Sinopse: Logo após a rendição do Japão, que marca o fim da II Grande Guerra Mundial, o órfão Paul Sutton (Keanu Reeves) retorna a San Francisco para se reunir com sua esposa Betty (Debra Messing), com quem se casou, na sequência de um namoro rápido, um dia antes de partir para o Pacífico. A guerra deixou cicatrizes emocionais. Quando retorna, Paul se decepciona com Betty, especialmente depois que descobrui que suas cartas, escritas praticamente todos os dias (que eram o seu refúgio), não foram nem abertas. Em uma de suas viagens, Paul conhece Victória (Altana), uma bela estudante grávida. Emocionado com sua história, ele concorda em se passar por seu marido, até que a sua família se acostume com a idéia.

Cheguei a suspirar...Filme lindo, com um colorido fantástico, adoro seus tons de laranja, ocre e dourado, as cores da minha estação do ano preferida, o Outono, Com uma riqueza de detalhes, cenários incríveis, paisagens exuberantes, bem o estilo do diretor Alfonso, seus filmes são sempre mágicos!!! Recheados de cheiros, bebidas, tons, cores, música, tudo muito forte, para agradar e encantar!!! O filme é México-Estadunidense, com roteiro de Robert Mark Kamen, Mark Miller e Harvey Weitzman, supervisor de Efeitos Visuais Robert Stromberg e produção de Jerry e David Zucker e quê produção!!! Amei!!! É mais um filme que aborda o tema "vinho", através da região vitivinícola da Califórnia, porém apresenta um ângulo diferente, trazendo um pouco de embasamento histórico sobre o surgimento da região, como zona vitícola, mostrando a ligação que o vinho tem com a cultura, o amor e o significado de família. O vinhedo mostrado em seu grande esplendor, chama-se Las Nubes, daí a origem do nome do filme. Roger Ebert do Chicago Sun-Times, chamou o filme de "uma fantasia romântica gloriosa. é preciso, talvez, ter um pouco dessas qualidades em um filme, mas que me encantou com inocência e confiança. Numa altura em que os filmes parecem obrigados a serem cínicos". Mick LaSalle do San Francisco Chronicle, disse que "é em grande parte, uma bonita história, bem atuado e imagem emocionalmente rica". Concordo com eles: a cena em que Paul e Victória ajudam a aquecer o parreiral é divina, quente e sensual.


O roteiro, pode-se dizer que é simples, mas muito bem construído e agrada. O elenco está impecável, com atuações bem convincentes, adoro a cena em que o avô Don Pedro (Quinn) se embriaga junto com Paul e canta, acompanhado de músicos locais. As músicas são lindas tendo Maurice Jarre como diretor musical e a fotografia é espetacular de Emmanuel Lubezki.



Foi indicado ao Globo de Ouro de Melhor Trilha Sonora e venceu. Também houve indicação no MTV Movie Awards de Melhor Beijo (Keanu Reeves e Aitana Sánchez-Gijón).
Tem uma frase interessante que o personagem de Quinn que diz: "que onde os homens pensam, as mulheres sentem, que somos criaturas do coração". Acredito que sejamos bem assim.
Recomendo, vale a pena conferir esta bela história de amor.