sábado, 14 de janeiro de 2017

Como eu era antes de você


Diretora: Thea Sharrock
Atores: Emília Clarke, Sam Clafin, Janet Mc Teer, Charles Dance, Brendan Coyle, Jenna Coleman, Mathew Lewis, Vanessa Kirby, Stephen Peacocke,Samantha Jake
Gênero. Romace
Duração^110 minutos

Ano:2016

Sinopse: Rico e bem sucedido, Will (Sam Clafin), leva uma vida repleta de conquistas, viagens e esportes radicais, até sofrer um acidente em um dia chuvoso. O acidente o torna tetraplégico, obrigando-o a permanecer em uma cadeira de rodas. A situação faz com que se torne depressivo e extremamente cínico, para a preocupação de seus pais. É neste contexto que Louisa Clarke (Emília Clarke) é contratada para cuidar de Will. De origem modesta e com dificuldades financeiras e sem grandes aspirações na vida, ela faz o possível pra melhorar o estado de espírito de Will e aos poucos, acaba se envolvendo com ele.


Amei este filme!!! E é claro o livro homônimo de Jojo Moyes, que faz uma reflexão, não com muita profundidade (acredito que este não era o propósito), sobre liberdade de escolha e suicídio assistido. É um toque, uma chamada de atenção sutil que a autora aborda, para quem sabe haver um aprofundamento individual, interno a respeito deste tema polêmico. O filme apresenta um romance lindo entre duas pessoas completamente diferentes, mas que acabam por descobrir muitas afinidades que os leva a uma crescimento pessoal incrível, fazendo toda a diferença em suas vidas. Um tema nada inédito, mas mostrado com uma roupagem contemporânea e com personagens tão cativantes, que não tem como não amar. Uma delícia de ver!!! Saímos do cinema com a alma aquecida, emocionada e querendo mais. Ainda bem que muito provavelmente haverá uma sequência, pois os leitores sugeriram (quase implorando) e a autora escreveu Depois de você. Já li, é lógico!!! Mas nunca dispenso a magia e encanto do cinema, mesmo conhecendo a história que deu origem as filmagens. Vou aguardar ansiosamente a chegada deste também nas telonas. Will Traynor: lindo, mas inicialmente cínico e mau humorado, mas que gradativamente vai se mostrando sensível, atento, companheiro, sem perder o seu senso de realidade e firmeza. Louisa (Lou) Clarke: linda, super expressiva, peculiar, doce e comovente (totalmente transparente em demonstra suas emoções, tanto que vamos sentindo tudo com ela:alegria, dor, tristeza, angústia, amor,enfim tudo!!!).



Inicialmente achei um pouco exagerada as suas expressões, mas depois entendi que era para compensar a quase que total imobilidade de Will, por causa de sua tetraplegia, Então ambos são mostrados em muitas cenas, com muito foco no rosto, na troca de olhar e sorrisos. Totalmente cativantes!!! Com a química perfeita que o filme precisava. Rimos com eles, com diálogos engraçados e choramos também com suas dores físicas e emocionais. A atitude alegre e otimista de Lou será amplamente testada quando se torna cuidadora de Will, sem a menor prática e conhecimento sobre sua condição, mostra ser um desafio e tanto para ela. Mas ela tem exatamente do que ele precisa no momento: uma energia contagiante e esta desabrochando para a vida, sem falar de que na sua inocência, o trata como um ser humano e não como doente/paraplégico.
Curiosidades: a escritora Jojo Moyes, também foi a roteirista do longa, o que deu uma originalidade maior no filme, claro que não é tão "perfeito" como o livro, com toda sua riqueza de detalhes, mas é muito preciso na mensagem que a autora deseja alcançar.
Inicialmente o papel masculino foi atribuído a Tom Hidleston (bem, sou totalmente suspeita no que se refere ao Tom, mas acredito que o papel também cairia bem nele como uma "segunda pele", ele é simplesmente maravilhoso, muito expressivo e o personagem sofrido mas decidido, certamente faria com maestria), que já havia trabalhado com a diretora na minissérie "The hollow crown". Depois no entanto, Sam Clafiin foi o escolhido. Embora não dividissem cena alguma, Emília Clarke (Louisa) e Charles Dance (Steven Trynor, pai de Will), já estrelaram a mesma série, Game of Thrones. Na semana de lançamento do filme nos cinemas americanos, o livro original homônimo em que o filme é baseado, subiu na posição de 141 para 3, na lista dos livros mais vendidos da USA Today.
A Trilha Sonora do filme é maravilhosa, tendo como responsável musical Craig Armstrong,músicas lindas de Jack  - Surprise yourself, Imagine Dragons - Not today, Max Jury - Nunb, Jessie Warc - Till the end, X Ambassadors - Unsteady e duas de Ed Sheeran que amo: Thiking out loud e a inesquecível Photograph. Demais!!!

Frases marcantes do filme:
"Você só vive uma vez. É sua obrigação aproveitar a vida da melhor forma possível."
"É isso. Você está marcada no meu coração, Clark. Desde o dia em que chegou, com suas roupas ridículas, suas piadas ruins e sua total incapacidade de disfarçar o que sente. Você mudou a minha vida muito mais do que esse dinheiro vai mudar a sua."
"Poucas coisas ainda me fazem feliz, e você é uma delas."
"Às vezes, Clark, você é a única coisa que me dá vontade de levantar da cama."
"Não pense muito em mim. Não quero que você fique toda sentimental. Apenas viva bem. Apenas viva…"
"Você só pode ajudar alguém que aceita ajuda."
"A finalidade da música, é fazer com que você se desligue do mundo." 

Recomendo!!!

Scarface


Diretor: Brian de Palma
Atores: Al Pacino, Michelle Pfeiffer, Steven Bauer, Robert Loggia, Mary Elizabeth Mastrantonio, Mirian Colón, F. Murray Abraham,Harris Yulin, Paul Shenar
Gênero; Drama
Duração: 175 minutos


Ano: 1984

Sinopse: Um criminoso cubano, Tony Montana (Al Pacino), é exilado de Cuba para Miami, EUA. Ao lado de alguns companheiros, um deles Manny Ribeira (Steven Bauer), Tony começa fazendo pequenos trabalhos para um chefão do tráfico de drogas, Frank Lopez (Robert Loggia), e em pouco tempo sobe na organização criminosa, enquanto sobem ainda mais suas ambições. Tony se apaixona por Elvira Hanckoc (Michelle Pfeiffer), esposa de seu chefe. Logo depois, Tony mata Frank, após esse ter tentado matá-lo. Tony chega ao topo do império da cocaína em Miami trabalhando ao lado do barão da coca Alejandro Sosa e ganha cada vez mais poder e dinheiro, entretanto começa a ter problemas devido ao vício em cocaína, problemas pessoais com sua irmã Gina e problemas com o imposto de renda o que acabam afetando indiretamente a Tony Montana e aos poucos o levam a ruína.


Uma obra prima!!! Maravilhoso!!! Violento, com cenas fortes, linguagem pesada, mas Al Pacino está mais uma vez soberbo. E apesar de interpretar um "mafioso" (agora de origem cubana), que chega em Miami em 1980 e logo se torna o "Chefão" da cocaína, mas em nada nos faz lembrar de outro personagem brilhante dele em O Poderoso Chefão. É possível ir vendo sua degradação moral e física, até mesmo pelo seu semblante vamos percebendo sua decepção em relação a si mesmo e aos outros: irmã, amigo, esposa.



O filme iniciou seu desenvolvimento após Pacino ver o filme em 1932, de mesmo nome no Tiffany Theate. Enquanto Stone, em Los Angeles,conversava com Martin Bregman, apostando no potencial de um remake para o filme.Sidney Lumet seria o pretenso diretor, desenvolvendo a idéia de Montana ser cubano, chegando na América, durante o êxodo de Mariel. As diferenças criativas entre os dois,acaba fazendo com que Lumet desistisse do projeto. Quem assumiu foi Brian de Palma, que logo contrata o escritor Oliver Stone que abraçou a causa e realizou pesquisas mais profundas para compor o roteiro (enquanto lutava para vencer o próprio vício em cocaína), viaja para Miami, na Flórida, onde tem acessos aos registros do Gabinete da Procuradoria dos EUA, a Organized Crime Bureau.
Pacino desde que viu o filme, desejava ser o protagonista de Montana, mas inicialmente o papel foi oferecido a Robert De Niro, que recusou, então Pacino assume o papel e trabalha duro para compor o personagem. Tendo aulas com especialistas em combate com facas e boxeadores, pois desejava ter um certo tipo de corpo para apresentar o personagem Montana. Sua fonte inspiradora foi o boxeador Roberto Duran, Pacino disse que havia um "certo leão nele". Bauer e um treinador de dialeto ajudam a aprender aspectos da língua e pronúncia do espanhol cubano. Já Steven Bauer, que é o único cubano, do elenco principal, foi escolhido sem mesmo ter realizado sua audição, ainda que John Travolta foi cogitado para o papel, mas a escolha de Bauer foi unânime. Assim que a diretora de elenco Alice Gondo o viu, teve certeza de que era perfeito para representar Manny. A atriz Michelle Pfeiffer era uma atriz desconhecida, na época, e ambos, Pacino e De Palma argumentaram contra a entrada dela no elenco, mas Bregman lutou por sua inclusão. Glenn Close era a escolha original apara o papel, enquanto outras, incluindo Geena Davis, Carrie Fischer, Kelly McGillis, Sharon Stone e Sigourney Weaver, também foram consideradas. Acertaram em cheio na escolha de ambos, foram maravilhosos, seus personagens se tornaram marcantes e a partir daí Pfeiffer decolou, tornando se uma das mais lindas e talentosas atrizes do período, sou "fã de Carteirinha" dela.



Indicações: No Globo de Ouro, teve indicação para Melhor Ator de Filme Dramático, Al Pacino, para Melhor Ator Coadjuvante, Steven Bauer e para Melhor Trilha Sonora. E foi indicado ao Prêmio Satélite de Ouro, na categoria de Melhor Lançamento de Clássico em DVD, no ano de 2004.
Curiosidades: embora tendo uma classificação conturbada pelos críticos de cinema da época, alguns gostaram, outros não, mas o público aprovou, foi um sucesso de bilheteria. Ficando na classificação de 16º de maior bilheteria do ano de 1983 e a 7ª maior, de filme restrito na América do Norte, neste ano.
Uma retaliação forçou a produção a sair de Miami, o filme era para ser todo rodado lá, mas protestos advindos da comunidade local cubana, forçaram a equipe a procurar outros locais para concluir as filmagens, os escolhidos foram Los Angeles, Nova York e Santa Bárbara. 
De Palma e Spielberg vinham sendo amigos desde que ambos começaram filmes de estúdio em meados dos anos 70, e tinham por hábito visitar os sets de gravação um do outro. Spielberg estava acessível para um dos dias de gravação: a filmagem do ataque inicial dos colombianos à casa de Tony Montana, já no final do filme; então De Palma deixou Spielberg dirigir a filmagem de ângulo baixo em que os incursores primeiramente entrariam na casa.
A música em Scarface foi produzido pelo vencedor do Oscar e produtor italiano Giorgio Moroder. Refletindo o estilo de Moroder, a trilha sonora é composta principalmente de sintetizados new wavemúsica eletrônica. Em entrevista à Folha de S.Paulo, Giorgio disse que compôs os temas "Inspirado em Al Pacino e seus amigos". De Palma diz que ele tem repetidamente negado os pedidos da Universal para lançar o filme com rap porque ele sente que o trabalho de Moroder já é perfeito.
Influenciando diversos outros filmes, seriados, músicas e programas, existem muitas citações à famosa frase de Tony Montana: "Say hello to my little friend", que quer dizer: "Diga olá para o meu amiguinho", como por exemplo: Eu, a patroa e as crianças, no Jogo Hitman, codiname 47, na série Breaking Bad e outros. Alguns jogadores e pugilistas, também ganharam apelido de Scarface devido a marcas no rosto, como José Aldo e Nicolás Burdisso.
Recomendo!!! Filme marcante, jamais se esquece.