Diretor: Gus Van Sant
Atores: Matt Damon, Minie Drive, Robin Williams, Ben Afleck, Casey Afleck, Stellan Skarsgard , Cole Hauser,
Gênero: Drama
Duração: 126 minutos
Ano: 1998
Sinopse: Em Boston, um jovem de 20 anos (Matt Damon) que já teve algumas passagens pela polícia e é servente de uma universidade, revela-se um gênio em matemática e, por determinação legal, precisa trabalhar algumas horas com um professor e fazer terapia, mas nada funciona, pois ele debocha de todos os analistas, até se identificar com um deles.
Filme que marcou muito na época em que assisti no Cinema. Com uma mensagem tocante e que permite uma reflexão mais profunda acerca de alguns preconceitos e que com magia do cinema, o efeito pode ser mais rápido e transformador. O roteiro é poderoso, faz o expectador se conetar com ele e os personagens, que são mostrados de forma inteligente, apesar das dificuldades pessoais de cada um. O roteiro foi escrito por nada menos que a dupla Matt Damon e Ben Afleck, até então desconhecidos do grande público e que acabou por arrebatar o Oscar de 1.998, desbancando muitos roteirista de renome. Ambos também trabalham no filme, Matt no papel principal e Ben, num papel secundário, mas deixa o seu recado. Os ambientes apresentados são maravilhosos, mostrando a cidade de Boston em ângulos, contraditórios, sendo esta a idéia principal do filme, mostrar as diferenças das classes sociais, enquanto uma é formal e mais requintada (estudantes de escolas renomadas e universidade, bares mais estilosos), a outra de apresentada de modo mais informal, simples, mostrando a classe mais trabalhadora, mas tendo o seu charme também. Fotografia muito linda e precisa de Jean-Yves Scoffier, composta por cenas limpas e naturalistas. Músicas assinadas por Danny Elfman. Quanto ao elenco, é simplesmente maravilhoso: Damon até então pouco conhecido, está incrível, muito seguro (apesar do papel complicado e denso) na pele de Will, garoto órfão, com histórico de violência em suas adoções, gênio na matemática, mas com uma falta de inteligência emocional gritante. Que se torna uma bomba relógio ambulante, sempre à beira de um colapso.
Minnie Driver (Skaylar) também, muito tranquila, emotiva, com uma capacidade admirável de se adaptar, conseguindo entrar e sair dos ambientes, com sua elegância natural; muito convincente. Detalhe que não posso deixar de comentar: é a única mulher num universo puramente masculino e machista de Boston, que se sai muito bem, conquistando todos os amigos de Will. Mas quem encanta é o maravilhoso (sou muito, mas muito Fã dele) Williams (Sam Maguire), que está em mais uma performance emocionante, mostra ao mesmo tempo um brilhantismo/segurança e uma vulnerabilidade tocante. Ora mais comunicativo e ora mais introspectivo, sendo que tem o desafio de "domar" o temperamento difícil de Will. Ambos são muito inteligentes, teimosos, mas acabam por se entender e se conscientizar de que não são perfeitos. O filme aborda temas como: genialidade (inteligência/conhecimento formal), medo de mudanças, amor, compromisso, desafios, escolhas, culpa, derrota, perdas, preconceitos, responsabilidades. Que são apresentados de forma envolvente. Amei principalmente a questão da relação Psicólogo-Paciente, que neste filme foi enfocada, até como forma de quebrar velhos modelos, onde a figura do profissional é mais humana e menos dona da verdade. Mostrando que o importante é se estabelecer uma verdadeira, com amor e respeito.
Curiosidades: A Miramax Films, produtora de Good Will Hunting, somente autorizou o início da produção do filme após a confirmação da participação de Robin Williams no elenco. Skyler, nome da personagem de Minnie Driver, era também o nome da namorada de Matt Damon na época em que ele e Ben Affleck escreveram o roteiro do filme e, curiosamente, durante as filmagens, Matt Damon e Minnie Driver começaram a namorar. As equações matemáticas que aparecem nos créditos de abertura do filme são parte de uma técnica matemática que utiliza as chamadas Séries de Fourier, que aproximam funções a partir de cálculos com seno e cosseno. Gus Van Sant pintou o quadro que aparece pendurado na parede do consultório do personagem Sean Maguire (Robin Williams). Grande parte da trilha sonora do filme foi composta por Elliott Smith. O filme foi produzido por Lawrence Bender, produtor de todos filmes de Quentin Tarantino, à exceção de Death Proof e Django Unchained.
Recomendadíssimo!!! Imperdível!!! Caso não tenha visto, veja e comente.