quinta-feira, 5 de abril de 2018

O outro lado na nobreza


Diretor: Michael Hoffman
Atores: Robert Downey Jr., Sam Neil, Polly Walker, Meg Ryan,David Thewls, Ian McKellen, Hugh Grant, Ian McDiarmid
Gênero: Romance       
     

Duração: 117 minutos
Ano: 1995

Sinopse: Um médico talentoso Robert Merivel (Robert Downey Jr.) cai nas graças do Rei Charles II (Sam Neil) e aceita um casamento conveniente aos propósitos do soberano. Porém sua vida luxuosa desmorona e ele redescobre a paixão pela medicina, durante o Grande Incêndio e a peste negra.

Mais um filme daqueles que deixam lembranças eternas e que emocionam sempre... Amei tudo: história, elenco, fotografia, figurino, roteiro, ambientação, época... O filme é britânico e estadunidense, ambientado no século 17, mais precisamente na Inglaterra, quando em 1.663, o Rei Charles II sobe ao trono após os anos de terror do governo de Oliver Cromwell (militar e fazia parte do Palamento Inglês, que acaba alcançando poder e se torna Puritanista, praticando muita perseguição aos católicos da época) que governou por 11 anos. A Inglaterra saudou a volta ao poder a antiga e resplandecente monarquia, e com uma extraordinária e alegre mudança de humor. É neste período da Restauração (daí a homenagem ao título em inglês do filme: Restoration) que o jovem estudante de medicina, recém formado no Colégio Real dos Cirurgiões, experimenta e ousa quebrar padrões, consegue dar uma guinada radical em sua vida, ao ser convidado a fazer parte da corte do rei. A recriação da época é estupenda, tudo é meio que irreal, ou melhor, nada é natural inicialmente, tudo é exagerado, até para se antagonizar com a mensagem do filme que é a moral, que é realmente o que importa na vida das pessoas, todo o resto é passageiro, temporário e supérfluo, (neste caso, a vocação superando a luxúria). A história é apresentada como uma fábula, belíssima e ainda que óbvia, é apresentada de uma forma brilhante, onde cada pessoa tem o seu lado escuro e seu lado claro, e dentro de certas limitações, tem a oportunidade de escolher o que realmente querem para a sua vida. 



O próprio personagem principal Merivel, que se deixa seduzir pela riqueza fácil e repentina, também passa por sua restauração particular. A musicalidade do filme é excepcional tendo como diretor responsável James Newton Howard. O roteiro é de Rupert Walters. Figurino maravilhoso, com suas cores e exageros, assinado por James Acheson e Fotografia esplendorosa de Oliver Stapleton. O filme foi baseado no romance de Rose Tremain e transformado nesta beleza cinematográfica, sendo apresentada ao mundo em 1995.


Indicações e Premiações: Foi indicado ao BAFTA, em 1996, para Melhor Figurino. Ao Festival de Berlim, foi indicado ao Urso de Ouro (Melhor Filme) e ao Oscar 1996, foi indicado a apenas duas categorias e venceu para Melhor Direção de Arte (Eugênio Zanetti) e Figurino (James Acheson). Também concorreu com grandes filmes como Coração Valente, O carteiro e o poeta, Razão e Sensibilidade, Despedidas em Las Vegas, Os últimos passos de um homem, Os suspeitos e Babe, o porquinho atrapalhado.



Curiosidade: o rei Charles II recebeu na história o cetro do rei mais extravagante que a Inglaterra já teve, famoso por suas proezas sexuais, que acabou ficando conhecido como o Alegre Monarca. há registros de que este foi um período de ousadias científicas, artísticas e extravagâncias sociais,muito brilho e luxuriante sensualidade. Mas também ficou conhecida como uma fase de miséria, pragas, catástrofes naturais e métodos medicinais arcaicos.
Recomendadíssimo!!! Vale a pena ver.
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