domingo, 13 de abril de 2014

Alguém tem que ceder



Direção: Nancy Meyers
Atores: Jack Nicholson, Diane Jeaton, Keanu Reeves, Amanda Peet, Frances McDormand, Jon Favreau, Paul Michael Glaser, Nicole Hiltz
Gênero: Comédia romântica
Duração: 128 minutos

Ano: 2003

Sinopse: Harry Sanborn (Jack Nicholson) é um executivo que trabalha no ramo da música e que namora Marin (Amanda Peet), que tem idade para ser sua filha. Harry e Marin decidem ir até a casa de praia da mãe dela, Érica (Diane Keaton) para um fim de semana romântico. Lá Harry sofre uma parada cardíaca e fica aos cuidados de Érica e Julian (Keanu Reeves), um jovem médico local. Aos poucos Harry percebe que está se interessando cada vez mais por Érica, mas tenta esconder seus sentimentos. Julian também se sente atraído por ela, tornando-se um rival para Harry.



Filme sensacional, uma comédia deliciosa muito bem interpretada pelos veteranos Nicholson e Keaton, que formam um casal hilário, mas também tocante, ao mesmo tempo. O filme começa mostrando o playboy profissional Harry, um típico exemplo do homem com Síndrome de Peter Pan, ou seja, que se recusa a se comportar como alguém de sua idade e totalmente imaturo para relacionamentos com mais profundidade, associado a tudo isso, ainda tem uma libido exacerbada para alguém de sua idade, e no momento se encontrava todo empolgado com a nova conquista, um ninfeta linda chamada Marin (Peet). Mas acaba ocorrendo uma grande mudança em sua vida, quando conhece a mãe de sua namorada (Keaton) uma bem sucedida e divorciada dramaturga de Nova York e, para completar sofre um infarto na casa de praia dela. Sua vida sofre então uma reviravolta, seu mundo todo muito bem estruturado e controlado com rédeas curtas, passa a desmoronar, no entanto Harry resiste com todas as forças em assumir uma nova paixão, porque pela primeira vez deverá tomar decisões movidas pelo seu coração. Todos os protagonista tem embates verbais maravilhosos, que faz do filme algo muito mais complexo do que se imagina no início. Amei, pois vi colocada em prática a minha teoria de que quando uma mulher madura se divorcia, acaba ficando à mercê de situações de conflito e preconceito (sociais e pessoais), e para encontrar um novo parceiro torna-se algo extremamente complicado, pois os homens ou estão bem casados, divorciados mas só se interessando por alguém muito mais jovem ou então, são aqueles solteirões, cheios de manias. É fica difícil...Daí se acontece de se interessar por alguém mais jovem é discriminada e chamada de "papa anjo", e também passa a ser vista como um possível rival pelas esposas dos amigos. É uma loucura...O filme mostra de certa forma esta situação, quando o charmoso médico Julian (Reeves) se mostra interessado em Érica, mesmo num primeiro momento acreditar que ela é quem era a esposa de Harry. Os conflitos de três gerações de mulheres, vão sendo mostrado de modo muito inteligente e coerente, o que confirma a competência da diretora que também foi  a roteirista e responsável pela produção. Amei também os álbuns de família mostrados pela personagem de Keatn, separados por décadas; a idéias é original! Curiosidades: É o terceiro filme da diretora, os anteriores foram Operação Cupido (1998) e Do que as mulheres gostam (2000). Escreveu o personagem de Érica, especialmente para a atriz Diane Keaton. É a segunda vez em que Nicholson e Keaton atuam juntos, o trabalho anterior foi Reds (1981). O título original do filme é uma homenagem a música do mesmo nome de 1954 de Johnny Mercer. O nome do personagem de Keanu Reeves, Julian, é em homenagem ao cantor. Jack Nicholson canta música "La vie en Rose", durante os créditos finais do filme. A casa de praia mostrada nas filmagens é real, nos Hamptons, e foi muito comentada e admirada por todos que viram o filme na época e serve de modelos de designer até hoje, mas as cenas dos interiores que a tornam absolutamente aconchegante e charmosa, foram criadas em estúdio, pela decoradora Beth Rubino. Composição musical de Hans Zimmer.
O filme foi indicado ao Oscar 2004, na categoria de Melhor Atriz para Keaton e ao Globo de Ouro, do mesmo ano, para Melhor Ator Comédia/Musical para Nicholson e Diane Keaton ganhou o prêmio de Melhor Atriz Comédia/Musical.
Recomendo, o filme é apaixonante. Assista e comente.  

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