domingo, 16 de abril de 2017

AI - inteligência artificial


Diretor: Steven Spielberg
Atores:  Haley Joel Osmend, Jude Law, Frances O'Connor, Sam Robards, William Hurt, Jack Thomas, Brendan Gleeson, Meryl Streep, Chris Rock. E Vozes de Ben Kingsley, Robin Williams e Jack Angel
Gênero: Ficção Científica

Duração:146 minutos
Ano: 2001

Sinopse: Na metade do século XXI, o efeito estufa derreteu uma grande parte da calotas polares da Terra, fazendo com que boa parte das cidades litorâneas do planeta fiquem parcialmente submersas. Pra controlar este desastre ambiental, a humanidade conta com o auxílio de uma nova forma de computador independente, conhecidos como AI. É neste contexto que é criado David, o primeiro menino-robô, programado para sentir emoções e amar.



Amo este filme!!! Fiquei tão profundamente mexida quando o vi da primeira vez, acredito que é porque estava grávida. Mas de qualquer forma,  sempre que o assisto, choro copiosamente, fico emocionalmente abalada. Cresci acreditando e ainda acredito que estamos, todos nós, em busca de uma forma de amor mais evoluída e completa que é o famoso Amor Incondicional, que é uma aceitação do outro, como o outro é, e não como gostaríamos que fosse. Ainda vivemos num momento da humanidade, que só vemos esta forma de amor, numa relação mãe-filho, infelizmente. Mas acredito que um dia chegaremos lá!!! O filme trás esta reflexão, o que nos torna Humanos??? Quais sentimentos, pensamentos e ações que nos diferenciam  de outros seres vivos??? Seria a capacidade de amar??? AI se passa em um futuro distante, numa história onde humanos convivem com máquinas inteligentes e o foco ainda maior, nas relações e desafios envolvidos quando um menino andróide David, o primeiro programado para amar, passa a conviver com uma família que o adota (o pai é um funcionário da Empresa Cybertronics), sendo que cada um desenvolve um tipo de vínculo com ele (mostra todas as complexas gama de sentimentos envolvidos, como egoísmo, inveja, preferências, ciúmes, vaidade, abandono e outros, muito interessante!!!). Onde gradativamente vai aprendendo a ser o filho do casal e a ser humano. E como uma série de circunstância inesperadas o levam a não se encaixar nem no mundo humano, nem no das máquinas, passa então a viver experiências inéditas (tão parecidas com as nossas) de descobertas, sonhos, perdas, idealizações.



A partir de um projeto de Stanley Kubrick, sobre a possibilidade da criação de máquinas com sentimentos e um roteiro criado por Spielberg, tendo como base um conto de Brian Aldass,chamado Supertys last all summer long.  Stanley Kubrick manteve o desejo de rodar A.I. por 20 anos, tendo inclusive testado sem sucesso alguns robôs-atores que fariam o personagem principal.sabendo de sua demora em concluir um filme, Kubrick passou então a contactar Steven Spielberg para que ele pudesse realizar A.I.. A escolha por Spielberg ocorreu logo após o lançamento de Jurassic Park, que fez com que Kubrick acreditasse que ele fosse o diretor ideal para levar o filme às telas, já que era preciso um grande número de efeitos especiais para que ele fosse realizado.A partir de então, Kubrick e Spielberg passaram a manter contatos constantes sobre o projeto através de fax, até que Spielberg decidiu que não era ele quem deveria realizar o filme mas sim o próprio Stanley Kubrick. Mas Kubrick acaba falecendo e Spielberg assume de vez a produção. E isso tudo é percebido nas telonas, uma parte de filme caminha de uma forma e depois toma uma outra direção, uma parte mais sombria, densa, bem ao estilo do primeiro e a outra mais leve, fantasiosa, com esmero técnico e efeitos especiais e até mais óbvia,  também ao estilo Spielberg.  mas no geral, é uma experiência única. Não é possivel dizer que o filme não nos toca de alguma forma, não funciona só como entretenimento, não saímos indiferentes do cinema. O elenco está perfeito, principalmente Joel, seu personagem David é de uma complexidade tremenda e, mesmo não demonstrando expressões faciais quase o tempo todo, como um androide, David consegue expressar sentimentos humanos como raiva, amor, persistência, otimismo e até depressão, cativando a todos nós de modo profundo, sofremos e sonhamos com ele. Produção impecável: Música assinada por nada menos que John Williams, Fotografia de Janusz Kaminski e Figurino de Rob Ringwood.
Indicações e Premiaçoes: ao Oscar 2002,venceu nas categorias de Melhor Trilha Sonora Original e Efeitos Visuais. No Globo de Ouro, foi premiado para Melhor Diretor e Melhor Ator Coadjuvante (Jude Law). No BAFTA, para Melhor Efeitos Visuais e no Critcs Choise Award, para Melhor Jovem Ator (Haley Joel  Osmend) e Melhor Compositor (John Williams). E ganhou um Prêmio da Academia Japonesa de Cinema, em 2002.
Curiosidades:Foi o segundo filme que Spielberfg assume duas funções, de direção e roteirista, o anterior foi em Contatos imediatos de terceiro grau (1977). O ator mirim recebeu 2 milhões de dólares na época, para fazer o personagem David.Mereceu!!! Pena que depois se perdeu, em caminhos tortuosos da vida, como as drogas. O termo inteligência artificial foi cunhado em 1956 pelo pesquisador americano John McCarthy durante o primeiro evento dedicado ao assunto, a Conferência de Dartmouth, nos EUA. Em 1985 .O filme A.I. - Inteligência Artificial foi distribuído nos Estados Unidos pela Warner Bros. e no restante do planeta pela DreamWorks.
Também gostaria de ter um ursinho como o Teddy. Fofo demais e compnheiro de todas aventuras.
Recomendo!!! Imperdível!!!

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Até o último homem



 Diretor: Mel Gibson
Atores: Andrew Garfield, Vince Vaugh, Teresa Palmer, Sam Worthington, Luke Bracey, Hugo Weaging, Rachel Griffiths, Ryan Coer
Gênero: Guerra
Duração: 140 minutos
Ano: 2017



Sinopse: Durante a Segunda Grande Guerra Mundial, o médico do exército Desmond T. Doss (Andrew Garfield), recusa-se a pegar em uma arma e matar pessoas, porém durante a batalha de Okinawa, ele trabalha na ala médica e salva mais de 75 homens, sendo condecorado. O que faz de Doss, o primeiro opositor consciente, da história norte-americana a receber a Medalha de Honra no Congresso.


Surpreendente!!! Uma história linda, que ficou guardada por tantos anos, já nos anos 50, o produtor Hell B. Wallis, tinha tentado comprar a história de Desmond T. Doss, e esperava que Audie Muply estrelasse a produção. No entanto, Doss não tinha interesse em fazer sua história um típico filme de Hollywood. Nos anos 90, Stan Jernsem,da Igreja Adventista do Sétimo dia, levou a história para o produtor Gregory Crosby, na esperança de convencer Doss, mas nem assim virou filme. Só após sua morte em 2006, com 87 anos, que seu filho autorizou a que história verídica e poderosa de seu pai, chegasse às telonas. Um soldado americano, pacifista, cristão que foi condecorado por bravura em combate, sem sequer disparar um único tiro e de sua batalha pessoal para sustentar este ideal, em plena Segunda Grande Guerra. É uma história forte, que além da mensagem nobre de seu contexto: promover uma reflexão mais aprofundada: Matar ou não matar??? Não matar é virtude, matar inimigos que atacam, é bravura. Como lidar com o conflito diante do Mandamento "Não Matarás", com o patriotismo de guerra??? Possibilita ainda outras reflexões: HUMILDADE, Doss nunca almejou tornar-se uma celebridade por conta de suas ações em combate e ainda mostra um ótimo MODELO de MASCULINIDADE, não narcisista, modesto e generoso, fiel ao seu ideal. Amei!!! E por conta desse idealismo, acaba sendo muito hostilizado e até mesmo agredido pelos colegas e superiores, quando percebiam e afirmavam que sua recusa em portar armas era sentido como covardia e traição. Com Roteiro de Robert Schenkkan e Andrew Knight, Trilha Sonora de Rupert Gregson-Williams, Direção de Arte de Mark Robins e Fotografia assinada por Simon Duggan.


Curiosidades: o filme foi baseado em um documentário feito pelo produtor Terry Benedict, denominado The conscientious objector (O objetor consciente), onde Doss diz que: "os verdadeiros heróis, foram os que tombaram..." Informa que ajudou em torno de 50 soldados, mas seus colegas relatam que foi em torno de 100, então se chegou a um consenso de 75 soldados, que foram por ele e não só americanos. Ainda que fosse  franzino fisicamente, mas com uma determinação de ferro. Segundo Gibson, o filho de Doss esteve em algumas filmagens e se emocionou muito com a atuação de Garfield. É o primeiro filme dirigido por Gibson depois de  10 anos do lançamento de Apocalypto. Foi filmado em 59 dias. O filme recebeu uma ovação de 9 minutos e 48 segundo no Festival de Cinema de Veneza, em setembro de 2016. Foi indicado a 6 categorias no Oscar 2017, para Melhor Filme, Direção, Ator, Edição de som, ganhando para Melhor Mixagem de som e Edição. Ao BAFTA foi indicado  e venceu na categoria de  Melhor Montagem, No Sindicato dos Atores, venceu para Melhor Elenco e foi muito indicado e ganhou muitos prêmios foi no AACTA (Festival de arte em cinema e televisão da Austrália), venceu para Melhor Filme Longa-metragem, Diretor, Ator (Andrew Garfield), Ator Coadjuvante (Hugo Weaging),  Roteiro Original, Fotografia (Simon Duggan), Edição e Som.
Vou confessar que me surpreendi com a atuação do ator principal Garfield, uma vez que suas atuações em O espetacular Homem Aranha, deixaram a desejar,mas neste filme, ele convence de uma maneira ao mesmo tempo consistente e serena.
Recomendo!!! Forte e sensível ao mesmo tempo.