domingo, 30 de setembro de 2012

Para sempre


Diretor: Michael Sucsy
Atores: Rachel McAdams, Channing Tatum, Jéssica Lange, Sam Neil, Wendy Crewson, Scott Speedman, Sarah Carter
Gênero: Drama e Romance
Duração: 93 minutos
Ano: 2.012

Sinopse: Page (Rachel McAdams) e Leo (Channing Tatum) viviam uma linda história de amor, mas um grave acidente de carro provocou uma grande mudança em suas vidas. Afinal, mesmo estando casados, ela não consegue se recordar de nada e muito menos ter algum tipo de memória sobre o relacionamento deles. Agora, resta a Leo a missão de reconquistá-la novamente para que possam então viver o romance que sempre desejaram. Baseado em fatos reais.





Filme muito belo, riquíssimo em detalhes, que mostra a história de um casal, que viveu o drama na vida real, Kim e Krickitt Carpenter (mas que poderia ser um filme baseado num romance de Nicholas Sparks, sensível e tocante, como Querido John, Um amor para recordar, Diário de uma paixão), que após um trágico acidente, terão que reconstruir, resgatar ou encontrar uma nova forma de viver o seu amor. De encontrar os valores, sentimentos e emoções que fizeram com que se apaixonassem em outro momento da vida de ambos, já que após o acidente, Page, não se lembra de absolutamente nada relacionado aos últimos cinco anos de sua vida e muito menos do próprio Leo. Os atores estão maravilhosos, representando este casal, são cúmplices o tempo todo, com troca de olhares apaixonados. Principalmente Channing, que já tem  uma expressão de eterno enamorado, de extrema sensibilidade e paciência, passa uma sensação de calma e amor incondicional. Perfeito!!! O filme também tem frases lindas: Page "eu me comprometo a ajudá-lo a amar a vida, a sempre abraçá-lo com ternura a ter a paciência que o amor exige...", Leo "...que nunca vou esquecer que este amor é para toda a vida e sempre sabendo na parte mais profunda da minha alma, que não importa os desafios que venham a nos separar, sempre encontraremos o caminho de volta para o outro." Não é profundo??? Acredito que esta certeza só é possível, quando se ama de verdade, quando se tem confiança nos profundos sentimentos. O livro é convincente, mas o filme é comovente.
De alguma forma, trouxe memórias que estavam muito bem guardadas, na profundidade de minha consciência, adormecidas, mas que sempre estiveram e estão lá. De histórias e vivências inesquecíveis, presentes num passado distante, fizeram me lembrar com saudade de A.
É uma linda história de amor, cheia de dor e sofrimento e renúncias. Recomendo, principalmente para os românticos. Você vai adorar!!! Comente!!!

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Ghost - do outro lado da vida




Diretor: Jerry Zucker
Atores: Patrick Swayze, Demi Moore, Whoopi Goldberg, Tony Goldwyn, Vincent Suchianeli
Gênero: Romance                      
Duração: 127 minutos                        
Ano: 1.990

Sinopse: Patrick Swayze é um jovem executivo, assassinado nas ruas de Nova York, após assistir à peça Macbeth. Com sua missão incompleta, ele se alia a uma efusiva paranormal, Whoopi Goldberg (numa interpretação vencedora do Oscar), para chegar à sua amada, Demi Moore. Sucesso número 1 de bilheteria em 1.990 e 1.991. É uma mistura de comédia inteligente, empolgante suspense e doce emoção.



Simplesmente Liiiiindo, Inesquecível!!!! Segundo a revista Entertainment Weekly  é "imperdível". É uma das mais comoventes histórias de amor que já se viu. Conta a história de um casal apaixonado (Sam e Molly) que tem suas vidas interrompidas, destruídas, quando iniciariam a vida a dois,  pelo melhor amigo de ambos (Carl), motivado pela ganância e desejo de poder. Quando Sam é assassinado, não consegue "partir para o outro plano", pois sente que ficaram algumas pendências, principalmente no que se refere à vida e ao bem estar de Molly e para esclarecer o motivo de sua própria morte. Para conseguir realizar seus objetivos conta com a ajuda de uma paranormal muito trapalhona e engraçada, além de trambiqueira (Oda Mae - Whoopi Goldberg). A história é linda, envolvente e comovente, com pitadas de suspense e humor. Foi sucesso absoluto de bilheteria em todo o mundo, mostra a vida espiritual de uma forma muito diferente e inovadora, ainda que romanceada, mas não menos esclarecedora, chegando a se aproximar do que realmente acontece ("colhemos exatamente aquilo que plantamos"). O roteiro é assinado por Bruce Joel Rubin, que indicou desde o início Swayze, mas o diretor não gostou e realizou testes com famosos, como: Tom Hanks, Tom Cruise, Nicolas Cage, Johnny Depp e outros, mas como os testes não foram bons, deu uma chance a Swayze, que acabou fazendo o melhor e assim foi contratado na hora. O ator Bruce Willis também foi cotado, mas não aceitou por achou que o filme não faria sucesso. O filme acabou sendo o filme favorito do diretor. Foi rodado em Nova York e Los Angeles. A atriz Meg Ryan, recusou a oferta do personagem Molly. As atrizes Molly Ringwald e Nicole Kidman chegaram a realizar testes para o papel, que acabou ficando com Demi Moore, sendo que uma das razões foi sua capacidade de chorar com o olhar fixo. O papel de Oda Mae Brown não tinha sido escrito para Whoopi, mas Swayze que a admirava muito, convenceu os produtores de que ela seria a escolha certa para a personagem. A comprovação do palpite veio com a conquista do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. A atriz Patti LaBellle chegou a fazer testes para o papel. Swayze afirmou também que a antológica cena da cerâmica com Demi Moore foi a coisa mais sexy que já tinha feito em um filme. O filme foi indicado para várias premiações em 1.991, BAFTA em: Melhor Maquiagem, Roteiro Original, Efeitos Especiais e ganhou para Melhor Atriz Coadjuvante. Ao Globo de Ouro para Melhor Filme, Ator e Atriz, ganhou o de Melhor Atriz Coadjuvante. Ao People's Choise Awrads, ganhou Melhor Filme - Drama. Em 2.007 foi considerado o Melhor DVD Clássico, pela Satellite Awards. Não poderia deixar de mencionar a música que é maravilhosa e eterna Unchained Melody dos The Righteous Brothers, que já fez grande sucesso, na voz também inesquecível de Elvis Presley e também foi cantada, com um arranjo belíssimo, pelo U2. Vejam, revejam e se emocionem de novo. Vale muito, mas muito mesmo a pena. 

domingo, 23 de setembro de 2012

A mulher de preto



Direção: James Watkins
Atores: Daniel Radclife, Janet McTeer, Ciarán Hinds, David Burke, Shaun Dooley, Alisa Khazanova, Sideny Jonston, Mary Stokbey, Alexia Osborne
Gênero: Suspense
Duração: 120 minutos
Ano: 2.012


Sinopse: O jovem advogado londrino Arthur Kipps (Daniel Radcclife) é forçado a deixar seu filho de três anos com a babá, por ser viúvo e viajar para a pequena vila, para tratar dos assuntos do recente falecimento da dona da casa Eel Marsh House. Mas quando ele chega à arrepiante mansão, descobre segredos obscuros no passado da cidade. Sua sensação de mal-estar aumenta quando vislumbra uma misteriosa mulher vestida de preto, que está determinada a encontrar alguém ou algo que perdeu...E ningrém, nem mesmo as crianças, serão pupadas de sua vingança..


É um bom filme, suspense que nos surpreende em alguns momentos. Conta a história de um advogado Kipps (Daniel Radcliff - o eterno Harry Potter) que vai para um vilarejo, realizar um inventário e regularizar os documentos da senhora Drablow que faleceu, dona de uma casa mal assombrada, totalmente assustadora. Quando chega, passa a ter visões sinistras de acontecimentos que ocorreram no passado, percebe que não foi bem aceito pela comunidade desde a sua chegada e tudo se complica quando crianças começam a morrer, o que desperta ainda mais a ira deles. Por ser viúvo, fica sensibilizado com a situação das perdas e resolve ajudar, investigando. Com excelente elenco, mas peca um pouco nas cenas, tudo é muito rápido, inclusive os diálogos, num piscar de olhos podemos perder algum dado de importância e relevância. E também não há um fechamento em certas situações, para onde foi o cachorro? Qual o significado dos desenhos que a Sra. Daily fazia? E o final, também é um pouco confuso, principalmente quem não tem conhecimento sobre o espiritismo, pode até ser interpretado como sem sentido. Figurino assinado por Keith Madden com trajes autênticos da época (impecável), com fotografia incrível, de Tim Maurice - Jones, que apresenta uma riqueza de elementos antigos, com vários componentes de terror e suspense e ainda muito convincente, mostrando toda a beleza bucólica do vilarejo, mas com ênfase no isolamento extremo e mistério.  O filme britânico inteiramente rodado na Inglaterra, sendo considerado o filme de terror de maior público nos últimos 20 anos. É baseado no livro homônimo de Susan Hill, escrito em 1.983, que também já foi levado para as telas em The woman in black (1.989). Recomendo, apesar de tudo, vale a pena assistir. Comente. 

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

A Dama de Ferro



Diretor: Phylida Lloyd
Atores: Meryl Streep, Jim Broadbent, Richard E. Grant, Harry Lloyd, Anthony Head, Roger Allam, Olívia Colman, Susan Brown, Ian Glen
Gênero: Biografia
Duração: 105 minutos
Ano: 2.012

Sinopse: Antes de se posicionar e adquirir o status de verdadeira dama de ferro na mais alta esfera do poder britânico, Margareth Thatcher ( Meryl Streep) teve que enfrentar vários preconceitos na função de primeiro-ministra do Reino Unido em um mundo até então dominado por homens. Durante a recessão econômica causada pela crise do petróleo no fim da década de 70, a líder política tomou medidas impopulares, visando a recuperação do pais. Seu grande teste, entretanto, foi quando o Reino Unido entrou em conflito com a Argentina na conhecida e polêmica Guerra das Malvinas.


Mais uma vez Meryl Streep dá um banho de interpretação, tem uma atuação sensacional, soberana no papel, mereceu mais uma vez ganhar o Oscar de Melhor Atriz. É baseado na cinebiografia sobre a ex primeira-ministra britânica Margareth Thatcher, retratando a mulher que alimentou amores e ódios ao longo de uma carreira, de forma neutra, sem se aprofundar em questões políticas. A produção é centrada na pessoa da ex primeira-ministra sem defendê-la ou condená-la. No início Margareth Thatcher aparece fraca e idosa que vive praticamente solitária, sob a vigilância de seus cuidadores e de sua filha. Mas através de suas lembranças, vamos conhecendo aquela forte personalidade, que escreveria para sempre seu nome na história. Desde muito jovem, já possuia um repertório de frases de efeito, tinha carisma e o dom da prosa. Fez da Inglaterra uma das nações mais prósperas do planeta, praticando um rígido controle de gastos, privatizações e diminuição da força dos sindicatos. Tinha sempre uma frase em mente, na qual se apoiava "Se quiser mudar o partido, lidere. Se quiser mudar o país, lidere". Mas para realizar este grande feito, acabou por pagar um preço muito alto, em relação à sua família, para continuar a se manter no poder. O filme é um retrato surpreendente e íntimo de uma mulher extraordinária e complexa. Ganhou o prêmio Oscar 2.012 para Melhor Atriz e Maquiagem, foi indicado ao BAFTA de Melhor Atriz (Meryl), Ator Coadjuvante (Jim Broadbent), Roteiro Original e Maquiagem e ainda ao Scren Actors Guild de Melhor Atriz. Tem uma atriz brasileira radicada em Londres que participa do elenco, Alice da Cunha (curta Em terra frágil). A diretora também já dirigiu outro filme conhecido e também interpretado por Meryl, foi Mamma Mia - o filme. Filme muito bom, mas por alguma razão não empolga, apesar da história interessante e por nos apresentar uma personalidade da qual não tínhamos nenhuma intimidade, pois apesar do destaque, construiu sua história do outro lado do mundo. Fica um pouco cansativo, quando fica alternando entre as várias fases da vida da personagem. Mas de qualquer forma recomendo.

De volta para o futuro




Diretor: Robert Zemeckis
Atores: Michael J.Fox, Christopher Lloyd. Lea Thompson, Crispin Glover, Thomas F. Wilson, Elisabth Shue, Mary Steenbergen
Gênero: Ficção científica
Duração: 116, 108 e 118 minutos respectivamente
Anos: 1.985, 1.989 e 1.990

Sinopses: De volta para o futuro: Um jovem, Marty  (Michael J. Fox), aciona acidentalmente uma máquina do tempo, construída por um cientista (Christopher Lloyd) em um DeLoren, retornando ao ano de 1.955. Lá conhece sua mãe (Lea Thompson), ainda antes do casamento com seu pai, que fica apaixonada por ele. Tal paixão põe em risco sua própria existência e de seus irmãos, pois alteraria todo o futuro, forçando-o a servir de cupido entre os pais.         

              

 De volta para o futuro - parte II: O cientista Doc Brown (Lloyd) leva Marty (Fox) e sua namorada Jennifer Parker (Elizabeth Shue) para o ano de 2.015, com a finalidade de resolver uma questão familiar no futuro deles. Mas Beef (Thomas F. Wilson), velho inimigo da família, obriga-os a correrem contra o tempo (literalmente falando) para não alterarem os acontecimentos.
                




De volta para o futuro - parte III: Após receber uma carta de Doc (Lloyd), datada de 1.885, Marty (Fox), decide viajar para o velho oeste, no dia 2 de setembro de mesmo ano. Lá ele descobre que o doutor está fugindo de uma gangue de bandidos e que se apaixonou por uma professora da época. Agora Marty tem apenas cinco dias para salvar a si e aos seus amigos, para voltar para o futuro.
  


Esta é uma das trilogias que amo, imperdíveis, que apesar de antigas e sem o grande recurso tecnológico de hoje, convencem de qualquer forma, combina perfeitamente ficção, ação, comédia e romance que agrada a todos: crianças e adultos. São maravilhosas aventuras de viagem no tempo com um espírito inesquecível. Tudo começou quando Bob Gale se perguntou se seria amigo de seu pai, se os dois tivessem estudado juntos (quando viu o diário da época de escola seu pai e descobriu que ele era o presidente de classe). Daí surgiu a idéia e juntos, Gale e Zemeckis, escreveram as histórias. O primeiro filme é focado na descoberta da máquina do tempo, um DeLorean DCM 12 modificado, que é alimentado por uma fissão nuclear, tornando possível a viagem no tempo, através de um "capacitor de fluxo", mais umas das invenções do Doc e que dá certo e possibilita Marty McFly (Fox) de voltar no ano de 1.955 e conhecer seus pais. Este primeiro filme da trilogia, lançado em 1.985, tornou-se o maior sucesso do ano, foi indicado a vários prêmios ao Oscar: de Melhor Roteiro Original (Zemeckis e Gale), Mixagem de Som, e Melhor Canção Original (The Power of Love - Alan Silvestri, Hucy Lewis and The News), ganhou o Oscar de Edição de Som; Golden Globe, BAFTA e outros, vencendo o Hugo Award de Melhor Apresentação Dramática, o Satun Award de Melhor Filme de Ficção Científica, Melhor Ator (Fox), e Efeitos Visuais, e indicação para Melhor Roteiro, Canção Original, Figurino e Atores Coadjuvantes para Lloyd , Thompson, Glover e Wilson. Em julho de 2.008, a American Film Institute o reconheceu como o 10º melhor filme de ficção científica americana. O ator Eric Stoltz foi cogitado para viver Marty, chegando até a gravar algumas cenas, mas acabaram percebendo que a escolha foi errada, pois não estava seguro na interpretação (pouca jovialidade e dificuldade para andar de skayte). A primeira escolha para representar Dr. Emmett Brown, foi o ator John Lithgow, mas estava indisponível na época. Sendo Lloyd muito elogiado por sua "caras e bocas", expressões de cientista maluco, que foram inspirados em Einstein. As cenas da praça central de Hill Valley, foram filmadas na Praça da Corte Judicial, localizada nos Estúdios da Universal (estrutura antiga e imponente, com colunas e o famoso relógio). No segundo filme, lançado em 1.989: Marty, a namorada e Doc vão para o ano de 2.015, para resolver questões relacionadas ao filho deles, com cenas  muito engraçadas. O ator Michael J. Fox, interpretou os dois filhos de Marty: Marty McFly Jr. e Marlene McFly. Este é o 2º filme, de 4 em que o diretor e Fox trabalharam juntos: De volta para o futuro (1.985), parte II (1.989), Parte III (1.990) e Os fantasmas de Scrooge (2.009). O s dois filmes, parte II e III,  foram filmados simultaneamente, com os dois sendo lançados nos cinemas, com uma diferença de 6 meses. Em De volta para o futuro II, em um cinema do futuro, mostra o anúncio do lançamento de Tubarão 19, dirigido por Max Spielberg. Steven Spielberg é um dos produtores executivos dos filmes e realmente tem um filho chamado Max. Quando chega em uma loja de antiguidade, na vitrine, há uma jaqueta que ele mesmo usava em 1.985, um boneco de Roger Rabbit e um jogo de Nitendo baseado no Filme Tubarão, de 1.975. Homenagens: a Spielberg e a Uma cilada para Roger Rabbit (1.988), dirigido por Zemeckis. Este filme foi indicado ao Oscar de 1.990, de Melhor Efeitos Especiais, foi indicado ao BAFTA, para Melhor Efeitos Especiais e ganhou. Já no terceiro filme, lançado em 1.990, é realizada uma homenagem ao velho oeste, é um típico filme Westen, com figurino da época, conflitos entre brancos e índios, saloom, homens andando a cavalo, carroça, trem e roubo de trem, uma delícia de ver e desta vez é uma viagem ao ano de 1.885, onde Doc está encrencado (como sempre) e está apaixonado por uma professora Clara Clayton (Mary Steenbergen). Também tem homenagem a Bob Gale, um dos roteiristas da trilogia, o editor do jornal de Hill Valley, chama-se M.R. Gale. Não deixe de ver a trilogia, é uma viagem recheada de emoções e cenas cômicas, com elenco maravilhoso e muito bem dirigidos, não perdendo a qualidade em nenhuma das produções, veja ou reveja. Vale a pena a ter o filme, até como forma de colecionar, para mim é um dos clássicos, em seu estilo.

domingo, 9 de setembro de 2012

O piano


Direção: Jane Campion
Atores: Holly Hunter, Harvey Keitel, Sam Neil, Anna Pasquim, Kerry Walker, Genivieve Lemon, Ian Murke
Gênero: Drama
Duração: 121 minutos              
Ano: 1.993

Sinopse: Na época Vitoriana, quando a Nova Zelândia estava a pouco tempo sendo colonizada, para lá se muda Ada McGrath (Holly Hunter), uma mulher que quando tinha 6 anos de idade resolveu parar de falar. Ela vai na companhia de sua filha Flora (Anna Pasquim). O motivo de ter ido para lá é que Ada se casou com Stwart (Sam Neil) em um casamento arranjado, já que ela nem conhecia seu noivo. Ada imediatamente antipatiza com Stwart e quando ele se recusa a transportar seu amado piano. Stwart negocia o instrumento e o passa para George Baines (Harvey Keitel), um administrador da região. Atraído por Ada, Baines concorda em devolver o piano em troca de algumas lições no instrumento, que Ada daria para ele. Mas estas "aulas" se tornam encontros sexuais cada vez mais intensos, onde Baines pagava Ada com uma ou mais teclas do piano, sendo que o pagamento estava relacionado a intensidade de intimidade proporcionada. Porém, logo a situação sai do controle, gerando trágicas consequências.


É um filme australo-franco-neozelandês, simplesmente lindo e perfeito, que conta a história de uma mulher forte, expressiva (seu olhar profundo, seus gestos e até mesmo seu silêncio transmitem tudo) e voluntariosa, porém sofrida (ainda que não fique claro se era viúva, mãe solteira ou teve uma gravidez fruto de um estupro, pois manifesta um intenso pavor de ser tocada, de ter qualquer intimidade com as pessoas, seu grau de tensão só deixa de ser percebido, quando se encontra sozinha, com sua filha, ou ainda quando está tocando seu piano). Não fala, sua comunicação com o mundo acontece através de seu piano, assim, não sente falta de falar. Residia na Escócia, mas através de um casamento arranjado vai para a exótica Nova Zelândia. Ela tem dois choques ao chegar: o marido e os indígenas, por parecem completamente estranhos e incomuns. Apresenta muita dificuldade para se adaptar com tantas mudanças e tudo se complica ainda mais, quando o esposo não tem a sensibilidade de perceber o quanto significativo para ela é o seu piano, mas o administrador sim, e à partir daí, começa o seu cerco de sedução. Para Ada, não restou outra alternativa, com tanta atenção e persistência, acabou se apaixonando, apesar de todos os seus conflitos internos de solidão. O filme foi indicado a várias premiações: Oscar 1.994, para Melhor Diretor, Edição, Fotografia e Figurino; ganhou de Melhor Atriz (Hunter), Atriz Coadjuvante (Pasquim) e Roteiro Original. No Globo de Ouro, foram indicados as categorias de: Melhor Filme, Direção, Atriz Coadjuvante, e Trilha Sonora; vencendo para Melhor Atriz. Ao BAFTA (Reino Unido) para Melhor Filme, Diretor, Roteiro Original, Edição, Fotografia, Trilha Sonora e Som; venceu para Atriz Coadjuvante e Figurino. César (França) para Melhor Filme Estrangeiro e Festival de Cannes (França), indicado a Melhor Diretor, Atriz Coadjuvante, Fotografia; venceu nas indicações de Melhor Filme e Atriz. Curiosidades: A atriz Sigourney Weaver foi a primeira escolha de Campion, mas recusou por estar dando uma pausa em filmes, na época. Também foram consideradas Juliette Binoche e Jennifer Jason Light, mas esta última não pode se encontrar com a diretora, por estar filmando Rush. A atriz Holly Hunter, tocou piano, ela mesma na maior parte das cenas. Com 11 anos, Anna Pasquim tornou-se a segunda mais jovem atriz, a vencer um Oscar, atrás apenas para Tatum O'neal, em Lua de Papel; e também não pode assistir ao filme nos cinemas, já que na época só tinha 11 anos. O ator Harvey Keitel trabalhou com a diretora no Filme Fogo Sagrado, em 1.999. Não poderia deixar de ressaltar o figurino, assinado por Janet Patterson, a fotografia de Stuart Dryburgh, que de tão linda, rara e expressiva, completa a mensagem do filme e a trilha sonora que é divina, magnífica, de Michael Nyman "The heart asks the pleasure first". Não deixe de ver, é único...Assista e comente. Este foi em sua homenagem, Meu Amigo Querido D., a você com amor... 

sábado, 8 de setembro de 2012

O pacto



Diretor: Roger Donaldson
Atores: Nicolas Cage, Guy Pierce, January Jones, Harold Perrineau, Jennifer Carperten, Xander Bekerly
Gênero: Ação e Suspense
Duração: 111 minutos
Ano: 2.011                              

Sinopse: O professor colegial Will Gerard (Nicolas Cage), leva uma vida tranquila com sua esposa Laura (January Jones), até que o dia em que ela foi atacada na rua e terminou gravemente ferida no hospital. Mas o que ele nunca iria imaginar, era que ao conhecer um homem misterioso chamado Simon (Guy Pierce), que ofereceu ajuda para encontrar o bandido responsável pelo crime e se vingar dele, passaria  a se tornar alvo de uma cobrança descabida: matar alguém como forma de pagamento. Agora, ele e a esposa precisam arrumar uma maneira de escapar deste homem e seu grupo de vigilantes, dispostos a tudo para receber o pagamento.


Filme muito bom!!! O que começa como forma de justiça, que agrada a todos, já que muitas vezes a justiça humana é falha, torna-se algo sem controle, ou melhor, é controlado por uma organização, que acredita estar fazendo o certo, mas que acaba por se corromper e realizar o que acredita ser o correto, mas fugindo aos padrões de ética e moral, ainda mais envolvendo pessoas inocentes. Muito interessante, pois durante todo filme, não conseguimos prever como será o desenrolar de tudo, suspense do início ao fim. Nícolas Cage está ótimo, como sempre, seus personagens são muito bem compostos e convincentes (adoro o seu personagem de Seth, o anjo, em Cidade dos Anjos, ainda vou comentar este filme). O diretor é o mesmo de Efeito Dominó (2.008), O inferno de Dante (1.997) e Sem saída (1.987). Este é o quinto filme de produção assinada por Tobey Maguire (o eterno Homem Aranha), os outros foram: Rock of ages - o filme (2.012), Onde o amor está (2.010), Alma de herói (2.003), o curta Whatever we do (2.003) e A última noite (2.002). A atriz January Jones  emplacou três filmes em 2.011: X men - Primeira Classe e Desconhecido. A história se passa na misteriosa cidade de Nova Orleans, que normalmente é associada a fatos, situações e personagens nada comuns, como vampiros, lobisomens e outras mutações. Recomendo.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Romeu e Julieta




Diretor: Franco Zeffirelli
Atores: Leonard Whiting, Olívia Hussey, Michael York, Milo O'Shea, John McEnery, Roberto Bisacco, Paul Hardwick, Pat Heywood
Gênero: Drama e Romance
Duração: 138 minutos                            
Ano: 1.968

Sinopse: O diretor Zeffirelli arrebatou o mundo do cinema quando escolheu dois jovens desconhecidos para viver o amor impossível de Romeu e Julieta. Foi porém uma jogada de mestre, que resultou em um dos mais populares filmes de todos os tempos, aclamado mundialmente e que recebeu quatro indicações ao Oscar. O clássico romance de Shakespeare é representado aqui com um visual surpreendente, numa deliciosa e moderna versão, trazendo nova vitalidade e imaginação à mais duradoura história de amor já escrita.




Um Clássico de Franco Zeffirelli, um filme eterno, tão bem dirigido e composto por seu diretor perfeccionista, que nos conta a história com tanta suavidade, delicadeza e profundidade (com cenas tocantes, fotografia extremamente bela, assinada por Pasqualino de Santis, figurinos maravilhosos, de Danilo Donati,  sem falar na música tema, de Nino Rota, muito conhecida na voz de Johnny Mathis, "I time for us"), o torna inesquecível, lindo, completo. Conta a história de dois jovens que se apaixonam perdidamente apesar da rivalidade de suas famílias, e o romance acaba tendo um final trágico, devido a intolerância dos mesmos e de várias causalidades. O que tinha tudo para dar certo devido a intensidade dos sentimentos envolvidos, parecia estar fadado ao fracasso, o resultado de tantos planos, resultou em nada. Gerando dor e sofrimentos a todos os envolvidos. é tudo tão real e intenso que nos emocionamos e chegamos ar choro incondicional. O atores Leonard Whiting e Olívia Hussey, são lindos, jovens e cativantes, desempenham com maestria os personagens, apesar de toda inexperiência. Foi neste filme (pois já houveram inúmeras versões, baseados na da peça escrita por William Shakespeare), que pela primeira vez, os personagens são vividos na idade indicada pelo autor, os atores tinham 15 e 17 anos, na época. A narração do prólogo e epílogo, são realizados por Laurence Olivier. O filme teve quatro indicações ao Oscar: Melhor Filme, Diretor. Sendo vencedor para: Melhor Fotografia e Figurinos, como não poderia deixar de ser, são ambos de uma riqueza de detalhes e beleza, indescritíveis. Também foi indicado ao Globo de Ouro em 1.969, nas categorias de: Melhor Diretor e Trilha Sonora e ganhou em: Melhor Filme, Ator e Atriz Revelação para Leonard e Olívia. Levou prêmio também no BAFTA de Melhor Figurino e teve indicação para Melhor Diretor, Ator e Atriz Coadjuvante para John e Pat. O filme desde então, tornou-se uma referência, como sendo um dos muitos clássicos do gênero romance. É uma das eternas histórias de amor. Imperdível!!!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Cartas para Julieta


Direção: Gary Winick
Atores: Amanda Seyfried, Gael Garcia Bernal, Wanessa Redgrave, Franco Nero, Christopher Egan, Daniel Beldock, Ashley Llilley, Marcia Debonis
Gênero: Romance
Duração: 105 minutos
Ano: 2.010












Sinopse: Sophie (Amanda Seyfried) é uma aspirante a escritora que viaja para a Itália, ao lado do noivo Victor (Gabriel Garcia Bernal) que sonha em ter um restaurante. Em Verona, onde se passou a história de Romeu e Julieta, local perfeito para uma lua de mel antecipada. Sophie acaba percebendo que seu noivo está mais interessado nos fornecedores para seu restaurante do que nela. Na cidade, descobre uma antiga carta de amor e junta-se a um grupo de voluntárias que responde missivas amorosas. Para sua surpresa, a remetente Claire (Wanessa Redgrave) ouve o conselho dado na resposta e vai procurar Lorenzo Bartolini, por quem se apaixonou na juventude. Mas existem muitos italianos com o mesmo nome e Sophie demonstra interesse em ajuda-la na tarefa, desagradando o neto Charlie (Christopher Egan), que já tinha reprovado essa louca aventura da avó viúva.

                                                         
Filme ultra-romântico, que nos mostra que um amor verdadeiro não morre jamais, apesar do tempo e de todas as intempéries da vida, cabe a cada um fazer ou refazer a escolha certa, no momento certo e não desistir dos seus sonhos. Na belíssima Verona (com seus tons dourados, como fosse um eterno entardecer, muito bem fotografada por Marco Montecorvo), existe uma polêmica sobre se a história de Romeo e Giulieta foi mesmo real, se o romance escrito por William Shakespeare, um inglês, foi ou não um plágio. Bem, o que se tem registro é que houveram mesmo as família Capuletto e Montechio.  Há mesmo uma casa visitada por turistas do mundo todo e que realmente cartas são deixadas nas paredes da casa, com balção e tudo, mas a casa é datada de 1.920, portando não é a residência oficial da família dela, no século XV. As cartas são deixadas na parede da casa (em torno de 5.000, buscando conselhos amorosos), no dia de São Valentim, dia 14 de fevereiro, data parecida como o Dia dos Namorados, aqui no Brasil e são respondidas por 15 voluntários (Clube da Julieta). Então o que é mostrado no filme, realmente ocorre. E Sophie, ao se ver decepcionada com a postura do noivo, acaba se envolvendo naquilo que mais sabe fazer, que é investigar a fundo os fatos e acontecimentos e aí parte, junto com a Claire e seu lindo neto, para Siena, em busca  de seu namorado da adolescência, Lorenzo. É lindo o discurso que Claire faz, quase no fim do filme, sobre o significado do "E" e "SE", ou seja, o significado e a profundidade com que temos que observar nossos sentimentos, a responsabilidade que devemos ter para realizar as nossas escolhas, pois elas podem mudar nossas vidas para sempre, é uma pena que não temos a possibilidade real, de ver como seriam nossas "outras escolhas". Curiosidades: Hugh Dancy foi cotado para interpretar o personagem de Victor. O casal da terceira idade Wanessa Redgrave e Franco Nero são casados na vida real, oficialmente desde 2.006, mas tem um filho do início do relacionamento. O filme foi o último de Gary Winick (Noivas em guerra e De repente 30), pois ele faleceu em 27 de fevereiro de 2.011, aos 49 anos de câncer no cérebro. É a segunda vez que Amanda faz um personagem de nome Sophie, o primeiro foi no Mamma Mia - o filme. O atores principais são cada um, de nacionalidade diferente. Amanda, norte-americana; Christopher, australiano; Gael, mexicano; Wanessa, britânica e Franco, italiano. Uma frase tocante do filme: "e tudo à minha volta me faz sentir você". Assista, é um filme doce e cativante.

domingo, 2 de setembro de 2012

O Senhor da guerra


Diretor: Franklin J. Schaffner
Atores: Charlton Heston, Richard Boone, Rosemary Forsyth, Guy Stockwell, Niall MacGinnis, James Forentino
Gênero: Guerra
Duração: 122 minutos
Ano: 1.965

Sinopse: No século XI, o poderoso Duque Willian de Ghent envia o seu mais leal cavaleiro, Chrysagon (Charlton Heston), juntamente com seus guerreiros, para guardar e proteger seus assentamentos na costa da Normandia de ataques e pilhagens pelos guerreiros de Frisian. Tentado a tomar Bronwyn (Rosemary Forsyth), a filha do ancião da vila Odins (Niall MacGinnis), pela lei do droit de seigneur: o senhor da guerranacaba percebendo que na verdade ele se encontra perdidamente apaixonado pela donzela. "O Senhor da guerra" marca a estréia da primeira parceria entre os atores Charlton Heston e Franklin Schaffner, ambos premiados pela Academia pelos filmes Ben-Hur e Patton, respectivamente. Este filme foi adaptado para as telas do cinema a partir do romance e peça original de Leslie Stevens pelos também renomados John Collier e Millard Kaufman.   
     

Filme encantador, que pelo título pode enganar, caso o expectador esteja esperando um filme de ação, guerras e lutas intermináveis, pode ficar decepcionado. O que sugere ação se torna romance. Um grande Senhor de guerra, após vinte anos de total dedicação ao seu duque e movido por um sentimento de honra e lealdade, é enviado para um território inóspito da Normandia, como senhor e guardião do local (para manter a paz e proteção da fronteira e também o reconhecimento de sua lealdade, assim tem a possibilidade de ter de volta algo que seu pai perdeu para os bárbaros), acaba por se render ao amor, quando salva a filha adotiva do chefe do vilarejo local (que vivem ainda das crenças antigas dos druidas, cheio de magia e superstições). Bastou olhar para Bronwyn e pronto! Apaixonou-se perdidamente, tanto que provoca uma ruptura nas suas relações com seu irmão e com seus soldados. Esse amor, faz com que questione todos os seus valores morais, causando muitos conflitos internos e externos. O motivo real da guerra está aí, a luta pelo amor de uma mulher, a partir daí é que a guerra se torna palpável e compreensiva. Por ser antigo, as imagens e os efeitos especiais, talvez não agrade ao espectador mais exigente, acostumado com a a tecnologia dos filmes atuais. Apesar de tudo, o filme tem uma ótima construção: a fotografia demonstra uma aura de mistério, apresenta a atmosfera sombria da região. Os guerreiros são destemidos, violentos, defensores da justiça e paz, mostrando uma realidade até mesmo cruel, mas convincente. Também mostra a inteligência e criatividade, quando constroem suas engenhocas, como modo de ataque e defesa. É um drama histórico da Idade Média que recria os conflitos vividos pela cavalaria nobre contra o mundo bárbaro. Recomendo, vale a pena ver.