sábado, 27 de outubro de 2012

Preciosa



 Diretor:  Lee Daniels
Atores:  Mo’nique, Paula Patton, Mariah Carey, Lenny Cravitz, Gabourey Sidibe
Gênero:  Drama
Duração:  110 minutos
Ano:  2.010

Sinopse: Claireece Precious Jones sofre privações inimagináveis em sua juventude. Abusada pela mãe, violentada por seu pai, ela cresce pobre, irritada, analfabeta, gorda, sem amor e geralmente passa despercebida. A melhor maneira de saber sobre ela são as suas próprias falas: “às vezes eu desejo que não estivesse viva. Mas eu não sei como morrer. Não há nenhum botão para desligar. Não importa o quão ruim eu me sinta, meu coração não pára de bater e meus olhos se abrem pela manhã”. Uma história intensa de adversidade e esperança, ocorrida no ano de 1.987. Tem uma filha apelidada de Monga, criada pela avó, sendo que ela e a mãe sobrevivem de recursos da Assistência Social, por ter uma neta com Síndrome de Down. Quando engravida de novo é expulsa da escola e é encaminhada para uma escola alternativa, para que possa aprender a ler e escrever. 




Filme chocante, mas de muita sensibilidade, nos tocamos com a história de “Preciosa”, que apesar de todos os abusos sofridos por sua família: físicos, psicológicos e principalmente morais e ainda pela sociedade em que se encontra inserida, Harlem (Nova York - Estados Unidos), não se deixa levar pelo rancor e vingança, e bem no seu íntimo, mesmo usando de recursos fantasiosos, consegue manter uma integridade e força de caráter admirável. Apesar de todo sofrimento não perde a esperança de realizar seus sonhos, recebendo a ajuda de amigos, que de modo mais inesperado, reconhecem a grandeza de seu coração, passando então a preencher o vazio emocional de seus 16 anos. É uma história linda em sua essência, comovente... O filme teve várias indicações ao Oscar 2.010, de Melhor Filme, Diretor, Atriz, Atriz Coadjuvante, Melhor Roteiro Adaptado e Edição, foi vencedor na categoria de Atriz Coadjuvante para Mo’nique e Melhor Roteiro Adaptado Ao Globo de Ouro, foi indicado a Melhor Filme (Drama) e Melhor Atriz Dramática (Gabourey), ganhou de Melhor Atriz Coadjuvante (Mo'Nique). No BAFTA, teve indicações para Melhor Filme, Atriz Roteiro Adaptado e ganhou Melhor Atriz Coadjuvante (Mo'Nique). O filme ganhou vários outros prêmios: Sundance Film Festival, Festival de Toronto, Festival de San Sebastian, Festival de Estocolmo, Festival de Deauville, Festival do Hawaí.  Foi baseado no livro Shappire, foi lançado em 1.996 com o título "Push - A novel" e a idéia do longa era de chamá-lo de "Push - based on the Novel by Shappire. Após a mudança no título do filme, o livro acabou sendo renomeado para "Precious: Based on the Novel Push by Shappire", na nova edição de 2.009. Teve como "padrinhos" Oprah Winfrey e Tyler Perry. Curiosidades: mais de 400 jovens, vindas de várias partes, fizeram testes para interpretar a protagonista, Gabourey saiu vencedora. Ela tinha lido o livro anos antes das filmagens, porque sua mãe (a cantora Alice Tan Ridley), chegou a ter seu nome associado ao personagem Mary, em outra tentativa de adaptação do livro para o cinema. Em Matadores de Aluguel (2.005) a personagem da atriz Mo'Nique chamava Precious. Inicialmente Hellen Mirren, daria vida ao personagem da Sra. Weiss, papel que ficou com a cantora Mariah Carey. Não deixe de ver este filme, comente depois.

Um bom ano


Diretor: Ridley Scott
Atores: Russell Crowe, Albert Finney, Marion Cotilard, Abbie Cornish, Tom Hollander, Freddie Higmore
Gênero: Comédia romantica
Duração: 118 minutos                                        
Ano: 2.006

Sinopse: O londrino Max Skinner (Russell Crowe), especialista em investimentos, muda-se para a região da Provence (França) para vender um pequeno vinhedo que herdou de seu falecido tio. Max relutantemente entra no que acaba sendo um alucinante novo capítulo na sua vida, e descobre que a vida deve ser saboreada. Presunçoso e arrogante, teimoso e bonitão, Max é um banqueiro especializado na compra e venda de títulos. Ele é um gigante financeiro que devora a concorrência, tentando conquistar o mercado europeu. Sua última conquista rendeu um lucro líquido de sete dígitos, para a tristeza de seus rivais vestidos com ternos elegantes da Saville Row. O triunfo de Max combina com sua filosofia: ganhar não é tudo, mas é a única coisa que importa!

                                                                                                                                             
Este filme conta com a participação de um excelente elenco, que de modo simples, numa história nada inédita, consegue prender nossa atenção do início ao fim, numa comovente e engraçada história de um “figurão” londrino que se rende ao encanto de uma charmosa e pequena região do interior da França, Cucuron (Provence) quando se vê confrontado com seus sentimentos mais profundos (o amor pelo seu tio e o local que aprendeu a amar desde que era muito pequeno) e o seu desejo e ambição de vencer sempre e seu espírito metropolitano. Tudo se complica quando conhece uma mulher, linda e totalmente independente, que foge a todos os seus padrões conhecidos, que não se encanta e nem cai de amores por ele. Russel Crowe está perfeito como sempre, charmoso, em questão de segundos conquista a nossa admiração e nossos corações, nos apaixonamos por ele, apesar de estar odioso no início do filme, com toda soberba e arrogância. A fotografia é encantadora, as músicas deliciosas. Somos totalmente conquistados pelo conjunto, como um todo. Tem um enredo bem conduzido, boas interpretações e paisagens inebriantes. A mensagem fica totalmente clara, de que precisamos aprender a apreciar as coisas simples da vida, elas é que fazem toda a diferença. Curiosidades: foi em Um bom ano que o diretor e o ator Russel trabalharam no mesmo filme, pela segunda vez, já estiveram juntos em produções como Gladiador (2.000), O gângster (2.007), Rede de mentiras (2.008) e Robin Hood (2.010). Esta foi a primeira e, até então, a única comédia que o diretor dirigiu. O ator Aaron Eckhart teria um papel neste filme, mas desistiu. Exibido na mostra Panorama do Cinema Mundial, no Festival do Rio 2.006. Não deixe de ver. Recomendo, principalmente para os amantes do gênero.


Prometheus



 Diretor: Ridley Scott
Atores: Charlize Theron, Noomi Rapace, Michael Fassbender, Guy Pearce, Patrick Wilson, Sean Harris, Rafe Spall, Logan Marshall-Green
Gênero: Ficção científica
Duração: 132 minutos                                          
Ano: 2.012

Sinopse: 2.089, Elizabeth Shaw (Noomi Rapace) e Charlie Holloway (Logan Marshall-Green) são exploradores que encontram a mesma pintura em várias cavernas na Terra. Com base nisto, eles desenvolvem uma teoria em que a pintura aponta para um lugar específico do universo, que teria alguma relação com o início da vida no planeta. A dupla convence um milionário, Peter Weyland (Guy Pearce), a bancar uma cara expedição interestelarpara investigar o assunto. Desta forma, Elizabeth e Charlie entram para a tripulação da nave Prometheus, composta pelo robô David (Michael Fassbender), a diertora Meredith Vickers (Charlize Theron), o capitão Janek (Idris Elba), entre outros. Todos com exceção de David, hibernam em sono criogênico até que a nave chegue ao objetivo, o que acontece e, 2.093. Encantados com a descoberta de um novo mundo de possibilidade de revelarem o segredo da origem da vida na Terra. Elizabeth e Charlie não percebem que o local é bastante perigoso.


Filme interessante no que se refere à idéia de explicar a nossa origem, de humanos que vivem no planeta Terra, tendo uma descendência alienígena, mas à medida que vai sendo mostrado, fica cada vez mais confuso, o que era para esclarecer, aumenta ainda mais nossas dúvidas. Com fotografia grandiosa, efeitos especiais maravilhosos, com elenco competente, ainda que, acredito que a atriz Charlize Theron tenha sido pouco aproveitada, diante de sua capacidade de interpretação, pois é uma excelente atriz, no entanto no filme fica “apagada”, em relação aos outros personagens e interpretações. Tenho imenso respeito e admiração pelo diretor, que para mim foi primoroso no filme Alien- O oitavo passageiro, foi totalmente inovador e brilhante, consegue nos deixar em suspense o tempo todo, com  a impressão de que não podemos nem piscar, para não perder nada, permanecemos o tempo todo com a respiração presa. Em Prometheus é inegável a superioridade a tudo que tem surgido envolvendo viagens no espaço e espécimes alienígenas nos últimos anos. Mas para mim, Prometheus, não correspondeu às expectativas, deixou muito a desejar, apesar da produção grandiosa. Foi criado pela mídia, a idéia de que o projeto fosse um prelúdio (dividido em duas partes) da franquia Alien, mas houve mudança nos planos: Scott e o Estúdio 20th Century Fox começaram discordar em relação ao elenco, porque a empresa queria um astro Hollywoodiano protagonizando, enquanto o diretor preferia uma equipe multiprofissional. Com os problemas surgidos durante a fase de pré-produção, o cineasta preferiu optar por transformar o filme em algo independente, mas segundo ele o filme continua tendo o "DNA do Alien". O diretor fez questão de manter a história do filme guardada em segredo. Curiosidades: Angelina Jolie e Charlize Theron disputaram a personagem de Meredith Vickers, no final Charlize saiu-se vencedora. Na fase da pré-produção va´rios nomes femininos surgiram nas notícias sobre o filme, como os de Michelle Yeoh, Gemma Arteton, Anne Hathaway, Carey Mulligan, Olivia Wilde, Natalie Portman e Abbie Cornish. Entre os atores, James Franco e Ben Foster tiveram seus nomes associados ao projeto em algum momento. As filmagens ocorreram na Inglaterra, Espanha (Alicante), o elenco e equipe técnica também passou por várias locações na Islândia e Escócia.  

Tomates verdes e fritos



Diretor: Jon Avnet
Atores: Jessica Tandy, Kathy Bates, Mary Stuart Masterson, Mary-Louise Parker, Chris O’Donnel, Gailard Sartain, Stan Shaw
Gênero: Comédia dramática
Duração: 136 minutos
Ano: 1.991

Sinopse: Evelyn Couch (Kathy Bates) é uma dona de casa emocionalmente reprimida, que habitualmente afoga suas mágoas comendo doces. Ed (Gailard Sartain), o marido dela, quase não nota a existência  de Evelyn. Toda semana eles vão visitar uma tia em um hospital, mas a parente nunca permite que Evelyn entre no quarto. Em uma ocasião, enquanto ela espera que Ed termine a visita, Evelyn conhece Ninny Threadgoode (Jessica Tandy), uma debilitada mas gentil senhora de 83 anos, que ama contar histórias. Através das semanas, ela faz relatos que estão centrados em duas jovens, Idgie (Mary Stuart Mastenson) e Ruth Jamison (Mary-Louise Parker), que provocam a ira dos cidadãos menos tolerantes de Whistle Stop. Mas elas fazem um tomate frito que é reconhecido como uma iguaria por todos na região. Assim, cativam até os mais hostis, como também a senhora Evelyn Couch, que ouve a história e a partir de então resolve mudar algumas coisas em sua vida.



Filme de uma sensibilidade tocante, lindo. Conta a história de duas mulheres que passam por momentos de intensos sofrimentos, cada uma à sua maneira, mas que se tornam amigas de uma maneira tão intensa e incondicional, que conquista a todos, não só na história, como também ao expectador. A história é contada por uma descendente da família Threadgoode, Ninny (Jéssica), que no momento está sendo acompanhante de uma velha conhecida, que se encontra internada em um hospital e que viveu no tempo real, da história que está sendo contada. Como a história é comovente, acaba por sensibilizar a ouvinte Evelyn (Kathy), que passa a se tornar uma pessoa mais feliz, à medida que deixa de sentir pena de si mesma e promove mudanças significativas em sua vida. O filme, faz um questionamento profundo de valores, tanto pessoais como sociais, no grande valor da amizade, do amor e do respeito pelas escolhas de cada um. Muito tocante, doce, mas ao mesmo tempo forte e profundo. Foi indicado ao Oscar de1.992, para Melhor Atriz Coadjuvante para Jéssica Tandy e Melhor Roteiro Adaptado (Fannie Flag e Carol Sobieski). Foi indicado também ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme Comédia/Musical, Melhor Atriz (Kathy Bates) e Melhor Atriz Coadjuvante (Jessica Tandy). Teve duas indicações no BAFTA, de Melhor Atriz (Jessica Tandy) e Melhor Atriz Coadjuvante (Kathy Bates). Nos sets de filmagem o diretor chamava a atriz Mary-Louise de Lou e a atriz Mary Stuart de Stu. Os apelidos foram dados devido à similaridade dos nomes. Filme altamente recomendado, não deixe de ver. Comente depois.


sábado, 20 de outubro de 2012

O retrato de Dorian Gray

Diretor: Oliver Parker
Atores: Ben Barnes, Colin Firth, Ben Chaplin, Emilia Fox, Fiona Shaw, Maryan D'abo, Rebecca Hall
Gênero: Drama
Duração: 112 minutos
Ano: 2.011

Sinopse: Londres, Dorian Gray (Ben Barnes), é um belo e ingênuo jovem, levado à alta sociedade por Henry Wotton (Colin Firth), que lhe apresenta os prazeres hedonistas da cidade. Basil Hallward (Ben Chaplin), um artista que frequenta este meio resolve pintar um retrato de Dorian, de forma a capturar sua beleza jovial. Ao ver o quadro, Dorian faz uma promessa de que daria tudo, até mesmo sua alma, para permanecer sempre com o visual nele estampado. A partir de então Dorian não envelhece, mas todos os pecados que comete e a idade que chega são demonstrados no retrato, cada vez mais terrível. Para que ninguém o veja, Dorian decide esconder o retrato no sótão de sua casa.



Filme impressionante, que vai nos envolvendo à medida que vai sendo apresentado, com elenco maravilhoso, principalmente o ator principal Dorian (Ben Barnes), que surpreende com sua atuação, extremamente convincente  como o jovem ingênuo e inocente, tanto como o homem frio, cruel e perverso em que se transforma. O filme mostra a trágica trajetória, do jovem Dorian chegando a Londres na época vitoriana, admirado por sua extrema beleza, por todos em seu convívio social, homens e mulheres; mas que ao conhecer personalidades importantes da sociedade, como o artista apaixonado (Basil) e um senhor encantador e corruptível (Henry), tem sua vida completamente mudada e tendo, para completar, um pacto com o Diabo. Esses são os elementos deste filme, que vai nos mostrando a profundidade do comprometimento no caráter, o quanto o personagem mudou, quando se deixou corromper, quando permitiu ser levado pelas paixões e poder, mostra com clareza a decadência moral de Dorian, somada a um toque sobrenatural, pois apesar de tudo e de todo o tempo, ele continua lindo e atraente. O filme tem fotografia (Roger Pratt) e figurino (Ruth Myers) impecáveis, com um perfeccionismo na ambientação do século XIX, como todo filme do Reino Unido. É baseado no livro de Oscar Wilde (1.854 a 1.900), que escreveu mais esta obra que fez tanto sucesso, tornando o escritor uma espécie de amaldiçoado pervertido por mostrar relações homoeróticas e toda perversão hedonista do século e relata a sombria busca pela juventude eterna e suas implicações. Este é o terceiro de Wilde a ganhar versão cinematográfica pelo diretor. Os outros filmes foram: O marido ideal (1.999) e Armadilhas do coração (2.002). Foi lançado nos Estados Unidos em 2.009, mas só chegou aqui dois anos depois. Tem críticas positivas e negativas, mas acredito que vale a pena vê-lo. Comente!!! 

domingo, 7 de outubro de 2012

Amadeus


 Direção: Milos Forman
Atores: Tom Hulce, F, Murray Abraham, Elizabeth Berridge, Simon Callow, Jefrey Jones, Christine Ebersole, Charles Kay
Gênero: Drama biográfico
Duração: 160 minutos                 
Ano: 1.984

Sinopse: O ano é 1.781 e Antônio Salieri (F. Murray Abraham) é o competente compositor a serviço do imperador. Mas quando Mozart (Tom Hulce) é apresentado à corte, Salieri se surpreende ao descobrir que todos os talentos musicais que sempre desejou foram dados a um moleque brincalhão. Enlouquecido pela inveja, Salieri não medirá esforços para destruir Mozart. Nem que para isso seja preciso matá-lo. Amadeus é a suntuosa reprodução de uma época em que brilhou toda maestria da divina música de Wolfgang Amadeus Mozart.


Filme fantástico que relata a vida de Amadeus: O Homem, O Músico e O Gênio, uma história verdadeira. "De sua boca palavras afiadas como facas. De sua alma as mais belas notas jamais tocadas". É uma biografia do brilhante compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart, sua história, sua vida e sua genialidade  que despertou o ódio e um ciúme obsessivo em outro músico, Antônio Salieri, conhecido por ser o compositor da corte do Imperador José II, irmão de Maria Antonieta, mas era medíocre e invejoso, e  aproveitando-se da inocência do próprio Amadeus e de sua esposa Constanze (Elizabeth Berridge)., trama uma vingança para destruir o seu rival. Acaba levando Mozart a uma morte precoce. Á partir daí  começa seu sofrimento maior, a culpa por seus atos impensados. O filme foi adaptado da peça de Peter Schaffer, de 1.979, mas em vez de preservar a teatralidade da peça, o diretor cortou diálogos e cenas inteiras e onde tudo era visto apenas pelos olhos de Salieri, e Mozart á apenas um personagem secundário, na tela o gênio rapidamente passa a condição de protagonista. O filme teve dez indicações, ganhando oito, merecidamente: Melhor Filme, Direção, Ator com duas indicações (F. Murray Abraham e Tom Hulce), sendo o primeiro o vencedor, Fotografia, Roteiro Adaptado, Montagem, Direção de Arte, Som, Figurinos, Maquiagem. Só não ganhou o de Fotografia e Montagem. Ganhou também quatro BAFTA e quatro Globos de Ouro. Em 1.998, Amadeus foi classificado como o 53º Melhor Filme dos Estados Unidos, pela American Film Institute, tendo uma lista de AFI's 100 Years...100 movies. O filme foi todo rodado sob a luz natural e foi quase todo filmado em Praga, cidade natal de Forman, que decidiu que seria o lugar ideal para as locações, pois tem grandes bairros que permanecem iguais desde 1.700. Aproveitando castelos e teatros reais, com todo esplendor arquitetônico. Vários acontecimentos da vida real de Mozart foram incluídos no roteiro, como seu encontro quando criança, com Maria Antonieta. Amadeus significa "Amado de Deus", acredita-se que o título do filme se deva, à correlação feita com a convicção de Salieri, de que Mozart era abençoado por Deus para compor suas músicas. Curiosidades: O ator Mel Gibson chegou a fazer teste para interpretar Mozart, em Amadeus e o ator Kenneth Braganah afirma em sua biografia que era o ator escolhido para interpretar o famoso personagem, mas que o diretor acabou  e preferindo um elenco todo americano. A atriz Meg Tilly foi escalada  originalmente para ser a esposa de Mozart, mas teve um rompeu um ligamento, o que a afastou de qualquer compromisso de filmagens.  Filme obrigatório de ser visto e de fazer parte de uma coleção.

Um homem de sorte


Direção: Scott Hicks
Atores: Zac Efron, Taylor Schilling, Blythe Danner, Riley Thomas Stewart, Jay R. Ferguson, Joe Chrest
Gênero: Drama romântico
Duração: 101 minutos
Ano: 2.012

Sinopse: Em meio a uma batalha em plena Guerra do Iraque, um fuzileiro Logan (Efron), encontra no chão a foto de uma mulher desconhecida. Ele a guarda a passa a cuidá-la como se fosse um talismã, prometendo que irá encontrá-la. Meses depois, ele retorna aos Estados Unidos e passa a pesquisar onde ela poderia morar a partir de pistas dadas pela própria foto. Ele a encontra (Beth) em um canil, onde trabalha juntamente com a avó (Blythe) e vive com o filho pequeno Ben (Riley). Logan passa também a trabalhar no canil, sem revelar o verdadeiro motivo pelo qual chegou até ele.



Filme tocante, agradável e delicioso de ver, vamos nos apaixonando gradativamente pelos personagens, a família Clayton (Beth Green, Nana e Ben) e pelo enigmático, sério e charmoso Logan (Zac - que deixou de ser o garoto bonito, para ser o homem lindo, e neste filme, com uma "pegada", Aff!!!). A trama é simples e até previsível, mas a química entre todos eles é tão grande, que faz o filme funcionar. Conta a história de um soldado que encontra uma fotografia de uma jovem, nos escombros, depois de uma horrível emboscada, que o faz perder vários amigos e compatriotas (já é o seu terceiro turno), na turbulenta Guerra do Iraque. A foto de alguma forma acabou sendo o símbolo de sua sobrevivência, como um amuleto e sendo um ponto de partida, para resgatar a sua paz interior e a sua sanidade. Promete a si mesmo que se voltar da guerra iria encontrá-la e agradecer. Apesar de toda desconfiança inicial de Beth e das complicações em sua vida, um romance acontece entre eles, o que pode mudar todo o seu destino de ambos. O diretor Scott Hicks já foi indicado ao Oscar por Shine - Brilhante, onde também foi o autor e levou o ator Geoffrey Rush a ganhar o Oscar de Melhor Ator, que teve ainda outras seis indicações, em 1.996. O filme demorou a chegar às telonas, devido à Warner já estar lançando outros títulos do mesmo autor Nicholas Sparks, em vias de estrear. Este é mais um filme deste autor maravilhoso, que escreve grandes histórias de amor inesquecíveis, (que já foram para as telas: Um amor para recordar, Querido John, O diário de uma paixão...) e que possibilitou a vários atores e atrizes, saírem do anonimato para sempre. O ator Zac Efron teve que engordar 8 kg para viver o personagem. Mais uma curiosidade: a atriz Blythe Danner, a Nana na trama, é a mãe da atriz Gwyneth Paltron. O filme tem músicas lindas, entre elas You found Me, de The Fray, inesquecível e as do compositor Mark Isham. A fotografia é de tirar o fôlego, de tão linda, assinada por Alar Kivilo que explora a beleza das paisagens da Lousiana, na cidade de Nova Orleans e arredores. Tem uma frase bela: "Na nossa eterna busca pela luz, às vezes, para achá-la, temos que passar por caminhos de profunda escuridão" Apesar das críticas nem sempre positivas, o filme vale a pena, é mostrado com muita sensibilidade. Assista!!!

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

A Lista de Schindler


Direção: Steven Spielberg
Atores: Liam Neeson, Ben Kingsley, Ralph Fiennes, Caroline Goodall, Jonathan Sagall, Piotr Polk
Gênero: Drama
Duração: 195 minutos
Ano: 1.993

Sinopse: A inusitada história de Oskar Schindler, um sujeito oportunista, sedutor, "armador", simpático, comerciante no mercado negro, mas acima de tudo, um homem que se relacionava muito bem com o regime nazista, tanto que era membro do próprio Partido Nazista (o que não o impediu de ser preso algumas vezes, mas sempre o libertavam rapidamente, em razão de seus contatos). No entanto, apesar de seus defeitos, ele amava o ser humano e assim fez o impossível, a ponto de perder a sua fortuna, mas conseguir salvar mais de mil judeus dos campos de concentração.




Filme fantástico!!! Filmado em preto e branco, como não poderia deixar de ser, para mostrar toda a realidade nua e crua deste período tenebroso na história da humanidade, do extermínio de seis milhões de judeus, pelos nazismo. O filme é uma espécie de homenagem a uma personalidade até então pouco conhecida, Oskar Schindler (Liam Nielsen), um empresário alemão, que é mostrado de forma humana, mas ao mesmo tempo realista, era gananciosos e sem escrúpulos, que enriqueceu se aproveitando da guerra e do fato que podia usar judeus em sua fábrica, pagando menos. No início, não de envolvia com a situação, mas depois vai se sensibilizando, até ao ponto de se sentir obrigado a agir em favor dos oprimidos. Era um membro do partido Nazista, mas que fez toda a diferença no drama de muitos judeus, quando resolve salvá-los de um final triste e cruel, retirando-os da Alemanha e de iram para os campos de concentração. Foi um dos filmes mais premiados de todos os tempos. Embora seja um drama, é como se fosse um documentário, tal o clima de realidade, seriedade e competência com que foi mostrado, é impossível não se emocionar com o poder das imagens dirigidas por Spielberg e captadas magistralmente pela câmera de Janusz Kaminski. A interpretação do elenco é capaz de arrepiar todos os pelos do nosso corpo. Foi vencedor de 7 Oscar, de: Melhor Filme, Direção, Fotografia, Montagem, Roteiro Adaptado, Direção de Arte, Música Original para John Williams. Foi indicado também a outros prêmios da Academia Britânica, Globo de Ouro. Steven Spielberg foi também honrado com o Prêmio do Directors Guild of América. Toda a sua composição é perfeita!!! Em uma reportagem feita com Spielberg, ele afirma que se houvesse conhecido o ator brasileiro Antônio Fagundes, antes, certamente o teria escolhido para interpretar o enigmático Schincler. Merecido reconhecimento !!! Filme que não pode deixar de ser visto. Recomendadíssimo. Comente depois.