sábado, 20 de outubro de 2012

O retrato de Dorian Gray

Diretor: Oliver Parker
Atores: Ben Barnes, Colin Firth, Ben Chaplin, Emilia Fox, Fiona Shaw, Maryan D'abo, Rebecca Hall
Gênero: Drama
Duração: 112 minutos
Ano: 2.011

Sinopse: Londres, Dorian Gray (Ben Barnes), é um belo e ingênuo jovem, levado à alta sociedade por Henry Wotton (Colin Firth), que lhe apresenta os prazeres hedonistas da cidade. Basil Hallward (Ben Chaplin), um artista que frequenta este meio resolve pintar um retrato de Dorian, de forma a capturar sua beleza jovial. Ao ver o quadro, Dorian faz uma promessa de que daria tudo, até mesmo sua alma, para permanecer sempre com o visual nele estampado. A partir de então Dorian não envelhece, mas todos os pecados que comete e a idade que chega são demonstrados no retrato, cada vez mais terrível. Para que ninguém o veja, Dorian decide esconder o retrato no sótão de sua casa.



Filme impressionante, que vai nos envolvendo à medida que vai sendo apresentado, com elenco maravilhoso, principalmente o ator principal Dorian (Ben Barnes), que surpreende com sua atuação, extremamente convincente  como o jovem ingênuo e inocente, tanto como o homem frio, cruel e perverso em que se transforma. O filme mostra a trágica trajetória, do jovem Dorian chegando a Londres na época vitoriana, admirado por sua extrema beleza, por todos em seu convívio social, homens e mulheres; mas que ao conhecer personalidades importantes da sociedade, como o artista apaixonado (Basil) e um senhor encantador e corruptível (Henry), tem sua vida completamente mudada e tendo, para completar, um pacto com o Diabo. Esses são os elementos deste filme, que vai nos mostrando a profundidade do comprometimento no caráter, o quanto o personagem mudou, quando se deixou corromper, quando permitiu ser levado pelas paixões e poder, mostra com clareza a decadência moral de Dorian, somada a um toque sobrenatural, pois apesar de tudo e de todo o tempo, ele continua lindo e atraente. O filme tem fotografia (Roger Pratt) e figurino (Ruth Myers) impecáveis, com um perfeccionismo na ambientação do século XIX, como todo filme do Reino Unido. É baseado no livro de Oscar Wilde (1.854 a 1.900), que escreveu mais esta obra que fez tanto sucesso, tornando o escritor uma espécie de amaldiçoado pervertido por mostrar relações homoeróticas e toda perversão hedonista do século e relata a sombria busca pela juventude eterna e suas implicações. Este é o terceiro de Wilde a ganhar versão cinematográfica pelo diretor. Os outros filmes foram: O marido ideal (1.999) e Armadilhas do coração (2.002). Foi lançado nos Estados Unidos em 2.009, mas só chegou aqui dois anos depois. Tem críticas positivas e negativas, mas acredito que vale a pena vê-lo. Comente!!! 

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