domingo, 18 de novembro de 2012

Doce Novembro


Diretor: Pat O'Connor
Atores: Keanu Reeves, Charlize Theron, Jason Isaacs, Robert Joy, Lauren Grahan, Frank Langella, Liam Aikes
Gênero: Romance                                                    
Duração: 119 minutos
Ano: 2.001

Sinopse: Nelson Moss (Keanu Reeves) é um atarefado executivo que só pensa em seu trabalho e parece ter se esquecido o que é ser amado por alguém. Até que conhece Sara Deever (Charlize Theron), que lhe traz novamente um sentimento de romantismo à sua vida. Ela termina convencendo-o a passarem um mês juntos e depois se separarem, pois considera este um tempo suficiente para que possam resolver seus problemas emocionais.Porém, com o passar dos dias, Nelson se apaixona cada vez mais por Sara e busca descobrir qual o motivo pelo medo de compromisso que ela possui.


Filme encantador, muito doce, como o próprio nome diz. O par romântico (Charlize e Keanu) está muito bem, em perfeita sintonia, como aconteceu em outro filme que já comentei, O advogado do Diabo (1.997), ambos jovens, lindos e talentosos, convencem como casal apaixonados, apesar de que neste caso, têm valores completamente diferentes e vivendo um momento da vida muito diversa, mas acabam se encontrando e por  mais que tentem resistir, envolvem-se profundamente, numa paixão inesperada e avassaladora, que fica difícil de manter o controle da racionalidade. Apesar do pouco tempo de convivência (só durante o mês de novembro), mas com tal intensidade que irá valer para o resto de suas vidas. Emocionante!!! O filme é uma refilmagem de Por toda a minha vida, lançado em 1.968. Curiosidades: Charlize desistiu da personagem Evelyn de Pearl Harbor (2.001), para estrelar este filme. O ator Jason Isaacs para se preparar para a cena que se veste de mulher, frequentou clubes de drag queens. O filme foi indicado ao Prêmio Framboesa de Ouro, em 2.002, por pior ator, atriz e remake ou sequência. Indicação injustificada, com certeza, pois o filme fez sucesso com o público. Tem músicas lindas como: It´s not goodbye de Laura Pausini e Only Time de Enya. Frase marcante do filme: "se você for embora agora, o que tivemos será perfeito para sempre". Recomendo, pois o filme tem cenas únicas em beleza e simplicidade, mas poderosas emocionalmente.

Cosmópolis


Diretor: David Cronemberg
Atores: Robert Pattinson, Juliette Binoche, Sarah Gadon, Mathieu Amalric, Jay Baruchol, Kevin Durand, Samantha Morton, Paul Giamatti
Gênero: Drama
Duração: 108 minutos
Ano 2.012

Sinopse: A cidade de Nova York está em tumulto e a era do capitalismo está chegando ao fim. Uma visita do presidente dos Estados Unidos paralisa Manhattan e Eric Packer (Robert Pattinson), o menino de ouro do mundo financeiro, tenta chegar ao outro lado da cidade para cortar o cabelo. Durante o dia, ele observa o caos e percebe impotente, o colapso do seu império. Packer vive as 24 horas mais importantes da sua vida e está certo de que alguém está prestes a assassiná-lo.


Filme estranho, confuso, onde o diretor deseja mostrar à sua maneira, uma crítica ao Capitalismo, os muitos valores distorcidos e a gritante diferença dos que possuem muito e outros nada, e do ódio e inveja que despertam nas pessoas e ainda da capacidade de como cada um processa internamente a injustiça social. E como um jovem Eric Packer, que tinha tudo de material e ao mesmo tempo nada de emocional, sente-se ao ver seu império desmoronar, seu mundo "perfeito" ruir e se ver obrigado a lidar com um vazio gritante. Mas tudo foi apresentado de uma forma caótica, um pouco sem sentido e desperdiçando o talento de um elenco muito bom. Curiosidades: O ator Collin Farrell era a escolha original para viver Eric Packer, mas teve que desistir por conflitos de agenda, com a produção de O Vingador do Futuro, sendo substituído por Pattinson. A atriz Marion Cottilard estava no elenco original, mas teve que abandonar o projeto devido a gravidez. Nomes como Noomi Rapace e Keira Knightley foram consideradas para o papel, que acabou ficando com Samantha Morton. A moeda citada no livro homônimo escrito por Dom DeLillo, era o yen (Japão), mas no filme foi mudada para yuan (China), para dar à história um ar mais futurístico. As locações foram realizadas nos Estados Unidos (Nova York) e Canadá (Toronto). O diretor é nosso conhecido por dirigir bons filmes, apesar dos temas pouco comuns, como: Na hora da Zona Morta (1.983- baseado no livro de Stephen King), A Mosca (1.986), Gêmeos - Mórbida semelhança (1.988), Crash - estranhos prazeres. Mas particularmente este eu não gostei. é o primeiro filme que não recomendo. Apesar da história ser até interessante, não convence, é cansativo e se torna chato. Pobre visualmente, a história passa quase que toda dentro de uma limusine, toda "equipada", mas não deixando de ser um carro. Para mim não vale a pena assistí-lo.

Sete anos no Tibet


Diretor: Jean-Jaques Annaud
Atores: Brad Pitt, David Thewlis, B. D. Wong, Lhampa Tsanche
Gênero: Biografia
Duração: 134 minutos
Ano: 1.997

Sinopse: O famoso alpinista austriaco Heinrich Harrer (Brad Pitt), parte em busca do impossível, escalar um dos picos mais altos do Himalaia, o NangabParbat. Egoísta, visando somente a fama e a glória, experimentou a maior emoção de sua vida ao embarcar nesta fantástica jornada. Capturado pelos ingleses tornou-se prosioneiro em plena Segunda Guerra Mundial, Harrer conseguiu fugir e sua difícil aventura pelo Himalaia permitiu-lhe um encontro máximo com o jovem Dalai Lama. Durante sete anos no Tibet, ele viveu a profunda amizade que fez o egoísta Harrer despertar para a mais bela generosidade, um caminho duro mas extremamente recompensador.



Filme maravilhoso que relata a história de um famoso alpinista que inicialmente era extremamente egocêntrico, que só pensava em si mesmo e na fama que queria alcançar com a façanha de escalar um pico até então inatingível. Obstinado e persistente, chega muito próximo de seu objetivo, mas uma mudança insperada faz com que acabe no Tibet e tem a oportunidade única, de se relacionar com o Dalai Lama, estabelecem uma sólida amizade, que dura sete anos, onde cada um pode crescer mais ainda como pessoa, e como indivíduo, promovendo em ambos uma mudança significativa de valores, principalmente para Harrer, que após tantos sofrimentos, tem a possibilidade de se tornar um ser melhor, mais humano e mudar radicalmente sua vida. Lindo!!! Emocionante... Sem falar que Pitt está um escândalo de belo, com sua beleza nórdica. O filme é baseado em fatos reais, no livro escrito pelo próprio Heinrich Harrer, que na verdade não é austríaco, mas sim alemão. Mostra que ele teve não só a oportunidade de conhecer o então ainda jovem Dalai Lama, como teve também a oportunidade de conhecer a cultura e o modo de vida de um vilarejo localizado no Tibet e participou ativamente do momento político e social, do conflito entre a China e Tibet, que motivou o exílio do Dalai. Curiosidade: o diretor enviou ao Tibet uma equipe para realizar filmagens secretas no local, destas filmagens cerca de 20 minutos estão no filme. Em represália, o ator Brad Pitt está proibido desde 1.997 a visitar a República Popular da China. Não deixe de ver este filme, recomendo!!!

domingo, 4 de novembro de 2012

Uma linda mulher


Diretor: Garry Marshall
Atores: Richard Gere, Julia Roberts, Ralph Bellamy, Jason Alexander, Laura San Giacomo, Hector Elzondo, Alec Hyde-White
Gênero: Comédia romântica
Duração: 119 minutos                               
Ano: 1.990

Sinopse: Um magnata perdido (Gere), pede ajuda a uma prostituta (Roberts), que "trabalha" no Hollywood Boulevard a caba contratando-a por uma semana. Neste período ela se transforma em uma elegante jovem para poder acompanhá-lo em seus compromissos sociais, mas os dois começam a se envolver e a relação de patrão/empregado se modifica para o relacionamento entre homem e mulher.



Um lindo Conto de Fadas trazido para a vida real, o que era para ser uma situação passageira e porque não dizer corriqueira, na vida do charmoso, mas insensível e cínico Edward Lewis (Richard Gere), passa a ser sem controle, que o faz repensar sua vida e seus valores morais, o improvável acontece, ele se apaixona pela linda  e candidata  a prostituta Vivian Ward (Julia Roberts), que apesar de perdida tem seus objetivos e sonhos, e apesar de mostrar seu lado calculista, tinha sonhos perfeitamente normais de uma jovem criada em uma condição tradicional, sonhava em casar e construir uma família. O filme é envolvente, o casal tem uma sintonia maravilhosa, com uma presença cativante, nos apaixonamos por ambos e torcemos para que fiquem juntos, desde o início, ao estabelecem uma relação de divertida amizade, de muito carinho e cumplicidade. Aborda o preconceito sobre a diferença social de ambos (ela uma prostituta do subúrbio e ele um homem rico e bem conceituado). O filme fez um sucesso estrondoso na época, tanto é que o casal foi convidado a repetir o efeito, em outro momento, no filme Noiva em fuga, mas dessa vez não emplacou, parece que a química não ocorreu desta vez. A música é uma delícia de ouvir, com uma coletânea de diversos cantores famosos como Natalie Cole, David Bowie, Prince, Roxette, e a mais conhecida Ah Pretty Woman de Roy Orbisson. A fotografia é visualmente linda, o figurino soberbo. Tudo está perfeito, do início ao fim. O filme teve indicação ao Oscar 1.990, por Melhor Atriz Julia Roberts. Foi indicado ao Globo de Ouro para Melhor Filme, Ator (Gere), Ator Coadjuvante (Hector Elzondo), ganhou de Melhor Atriz (Julia). Ao BAFTA, com indicações para Melhor Filme, Atriz, Roteiro Original e Figurino. Também teve indicação ao César de Melhor Filme Estrangeiro. Algumas curiosidades: a primeira versão do roteiro dizia que a personagem Vivian usava cocaína e que a parte do acordo feito entre ela e Edward era que Vivian deveria ficar sem usar drogas durante o período combinado entre os dois, de uma semana. Richard Gere toca realmente piano em cena, tendo inclusive, composto a música que toca no filme. A Ópera que Edward leva Vivian para assistir é "La Traviata", em que uma prostituta se apaixona por um homem rico. Este é o primeiro filme que o diretor  e Júlia Roberts trabalham juntos, os demais foram Noiva em fuga (1.999) e Idas e Vindas do amor (2.010). Inicialmente o papel de Edward Lewis foi oferecido aos atores Christopher Reeve, Al Pacino e o de Vivian Ward a Meg Ryan, Molly Ringwald, Jodie Foster e Daryl Hannah. Richard Gere só aceitou de fato o filme após conhecer pessoalmente Julia Roberts.  Este é mais um filme imperdível, caso não tenha visto, veja. Com certeza não irá se arrepender. E se já viu, é possível ver inúmeras outras vezes.

A grande virada


Diretor: John Wells
Atores: Ben Affleck, Tommy Lee Jones, Chris Cooper, Maria Beelo, Kevin Costner, Craig T. Nelson
Gênero: Drama
Duração: 109 minutos
Ano: 2.010

Sinopse: Bobby Walker (Ben Affleck) não tem do que reclamar da vida. Tem uma bela família, um bom emprego e um Porsche na garagem. O que lele não esperava era que, devido a uma política de redução de pessoal, fosse demitido. Phil Woodman (Chris Cooper) e Gene McClary (Tommy Lee Jones) seus colegas de trabalham passam pela mesma situação, em momentos diferentes. A mudança faz com que o trio tenha que refletir sua vidas, como maridos e pais de família.


Um bom filme sobre os efeitos da depressão econômica, que para acalmar os acionistas e deter a queda das ações a qualquer custo, a Empresa fictícia GTX, fecha unidades inteiras de produção, cortam pessoal, até mesmo os de cargos altos, acostumados a um alto padrão de vida. Que retrata o conflito das pessoas que dedicaram suas vidas para a criação, crescimento e desenvolvimento de uma empresa e que no final de alguns anos, deixam de ter valor e são demitidos, para "contenção de despesas", por não terem mais a idade ideal ou simplesmente pela ganância dos acionistas e como cada um lida com esta situação, que causa danos físicos, sociais, familiares, mas principalmente psicológicos e emocionais. Tem um elenco de "peso" como se diz, com brilhantes interpretações de Ben Affleck , Tommy Lee Jones e Chris Cooper, estão perfeitos. Cada um vivendo o seu drama pessoal, de acordo com suas convicções e sonhos. Muito bom!!! Estréia do produtor e roteirista John Wells como diretor de cinema. Sua experiência na função era restrita a televisão, onde pilotou vários episódios da famosa série Plantão Médico. Como produtor, porém, seu nome está associado a diversos títulos da TV e no cinema como Doom - A porta do Inferno. Produzido por Paula Weisntein, de sucessos como Diamante de Sangue, Vida Bandida, Máfia no Divã. Foi rodado em Boston, Burlington, Lynn, Milton e Marblehead, no Estado de Massachussetts, nos Estados Unidos. Assista e comente.

Sociedade dos Poetas Mortos



Diretor: Peter Weir
Atores: Robin Williams, Ethan Hawke, Robert Sean Leonard, Josh Charles, Lara Flyn Boyle, Kurt Wood Smith, Melora Walters, Jamie Kennedy
Gênero: Comédia Dramática
Duração: 129 minutos
Ano: 1.989

Sinopse: Quando o carismático professor de literatura John Keating (o vencedor do Oscar 1.997 de Melhor Ator Coadjuvante em Gênio Indomável, Robin Williams), chega para lecionar num rígido colégio para rapazes, seus métodos de ensino pouco convencionais transformam a rotina do currículo tradicional e arcaico. Com humor e sabedoria, Keating inspira seus alunos a seguirem os próprios sonhos e a viverem vidas extraordinárias. Sociedade dos Poetas Mortos, um dos mais comoventes campeões de bilheteria dos últimos anos, emocionou o público e a crítica com seus desempenhos brilhantes, sua história arrebatadora e sua grande produção.

                                                         
Adoro este filme, com seus diálogos inteligentes e bem humorados, principalmente em se tratando do personagem maravilhoso do professor nada tradicional, John Keating (Robin Williams), que trata com tanta sensibilidade a relação difícil entre pais e filhos, professores e alunos, sonhos e realidade (tanto pessoais, como projeção de realização para os mais jovens, pelos seus pais), mostra conflitos diante de uma educação castradora e uma mais flexível e mais humanizada, numa fase tão difícil da vida, que é a adolescência e o final dela, onde se tem que fazer escolhas muito complexas, que poderão mudar todo o rumo de suas vidas para sempre, e as consequências disso tudo. É um filme tocante, com uma fotografia impecável, assinada por John Seale (Oscar pelo filme O Paciente Inglês - 1.996), porque não dizer majestosa e não apenas nas imagens da natureza ao redor do campus, como a cena do aluno descendo uma colina de bicicleta, causando uma revoada de pássaros à beira de uma lagoa, é simplesmente explêndida. Mas também as cenas de interiores também são ótimas, com iluminação perfeita. Tem um elenco jovem incrível, nomes que iniciaram aí e que ficaram muito conhecidos, como o caso de tímido Todd Anderson (Ethan Hawke), Knox (Josh Charles) e o lindo Neil (Robert Sean Leonard). Foi indicado a várias premiações no Oscar 1.989, para Melhor Filme, Diretor, Ator, mas só ganhou o de Melhor Roteiro Original para Tom Schulman. Acredito que merecia o de Fotografia, mas infelizmente nem foi indicado. Teve indicação ao Globo de Ouro para: Melhor Filme, Diretor, Ator e Roteiro, também não ganhou nenhum. Ganhou o César, por Melhor Filme Estrangeiro. Curiosidades: Foi a primeira indicação ao Oscar, de Melhor Filme, do Estúdio Touchstone Pictures. A frase "Carpie Dien. Aproveite o dia meninos. Façam suas vidas extraordinárias", foi eleita a 95º entre 100 frases do cinema mais citadas, segundo o American Film Institute. Para manter os jovens bem unidos, o diretor manteve todos eles no mesmo quarto durante as filmagens. O filme foi filmado na Escola privada de St. Andrews, em Delaware, nos Estados Unidos. O ator Liam Nieeson era a escolha original para interpretar o papel principal, mas como houve a troca também de diretor (Jeff Kanew para Peter Weir, Robin Williams assumiu o personagem. Os  nomes de Dustin Hoffman e Bill Murray também circularam pelo personagem de John Keating. Williams e seu personagem foram satirizados na série animada Os Simpsons, onde foi mostrado como um professor de literatura maníaco é responsável por destruir uma geração de educadores. A foto usada para mostrar o anuário de John, numa turma antiga do colégio, é uma fotografia real de Williams, de sua própria formação, em uma outra escola, é claro. Assista, este filme é um clássico do cinema, do seu tempo. Não deixe de ver ou rever!!!