domingo, 13 de outubro de 2019

Vice


 Diretor: Adam McKay
Atores: Chrsitian Bale, Amy Adams, Steve Carell, Sam Rockwell, Bill Pullman, Lily, Rabe, Tyller Perry, Lindsay Hamilton, Allisson Pill
Gênero: Biografia
Duração: 134 minutos
Ano: 2019


Sinopse: Na juventude Dick Cheney (Christian Bale) se associou ao Partido dos Republicanos ao ver na política uma grande oportunidade de ascender na vida. Para tanto se aproxima de Donald Rumsfield (Steve Carell) e logo se torna seu assessor direto. Com a renúncia do ex presidente Richard Nixon, os poucos republicanos que não estavam associados ao governo, ganham imediatamente importância, e com isso, tanto Cheney quanto Rumsfeld retornam à esfera do poder do partido. Décadas depois, com a decisão de George W. Bush (Sam Rockwell) em se lançar candidato à Presidência, Cheney é cortejado para assumir o posto de Vice. Ele aceita,mas com uma condição: que tenha amplos poderes dentro do Governo, caso s chapa formada seja eleita.


Mais um trabalho espetacular de Christian Bale que interpreta o inexpressivo Dick Cheney e sua trajetória na política americana, até se tornar o mais poderoso Vice Presidente dos EUA (2001 a 2009). A idéia da produção é mostrar como as políticas do ambicioso Cheney mudaram o mundo que conhecemos, ele é a figura importante que está por trás do tão falado Presidente George W. Bush e soube usar cada oportunidade para conseguir o que queria. É mostrado um personagem sem carisma, que inicialmente nem sabia o que queria da vida, mas com o incentivo certo da esposa Lynne e seu antigo chefe e mentor Donald (Chefe de Gabinete e Secretário de Estado em Governos do Partido Republicano, que na verdade parece ser a figura que Cheney gostaria de ser, mas não consegue), aliados a sua grande capacidade de observação e inteligência (trabalhava a partir dos bastidores), e ainda com seu grande poder de convencimento, foi engendrando planos e mais planos, chegando onde quis, sem precisar dos holofotes: arquitetou e manipulou a decisão da Guerra contra o Iraque e Afeganistão, pós o dia fatídico de 11 de Setembro de 2001; promoveu atrasos na questão da Energia Solar e mantendo uma forma retrógrada e preconceituosa de pensar, incentivando a população a se manter contra o casamento gay (ainda que sua sucessora e filha, fosse gay). O filme mostra a política hipócrita e oportunista dos políticos Republicanos (de Direita) e suas "artimanhas e jogadas" para permanecerem no poder, contada de uma forma bastante agradável e irônica, de acordo com o ponto de vista do diretor e roteirista McKay (que já mostrou seu talento em outros filmes como A grande aposta (2015), também nesta linha e Homem Formiga (2015). É uma excelente oportunidade para refletirmos, que esta forma de governo: corrupta e interesseira, não só acontece no Brasil. Temos com este filme, um bom panorama da história política dos EUA, neste período. O elenco está maravilhoso, não foi à toa, que todos os principais foram indicados as categorias de melhores atuações. Trilha Sonora assinada por Nicholas Britell e a Fotografia por Greig Fraser.

Curiosidades: é o segundo filme sobre a administração de Presidente George W. Bush, tem o W. (2008), do cineasta Oliver Stone. Em 22 de novembro de 2016, foi anunciado que a Paramount Pictures participara da aquisição dos direitos de um drama sobre a vida de Dick Cheney, que participou inicialmente da gestão de George Bush (pai), que foi o executivo-chefe da Halliburton (Companhia Petrolífera) e que volta ao cenário político novamente se tornando o Vice-Presidente mais poderoso da história americana.


Bale assinou o contrato em abril de 2017, para ser o personagem de Cheney, e grande parte do elenco se juntou à produção no decorrer do ano, sendo que as gravações começaram em Setembro de 2017. Ele conta que precisou fazer um trabalho de laboratório muito mais minucioso que o normal, precisou dominar todo o linguajar que um político usa, e ainda o sotaque e o jeito lento de falar de Cheney. E teve que engordar 20 kg para interpretar o político 33 anos mais velho, comeu muitas tortas e engrossou o pescoço graças a uma técnica de exercícios específicos, teve que descolorir as sobrancelhas e raspar a cabeça. O filme teria uma sequência musical para reforçar o tom de comédia, mas a cena foi cortada porque McKay decidiu tornar o filme mais sério. Sam  Rockwell usou prótese no nariz e na boca, para se parecer mais com o presidente. E tem uma coincidência, Bale e Cheney nasceram no mesmo dia, 30 de Janeiro, só que Cheney em 1941 e Bale só veio ao mundo em 1974. 
Indicações: ao Globo de Ouro foi indicado nas categorias Melhor Filme em Comédia ou Musical, Diretor, Atriz Coadjuvante para Comédia ou Musical e Ator Coadjuvante para Comédia ou Musical. Venceu para Melhor Ator. Ao Oscar foi indicado para Melhor Filme, Diretor, Ator, Atriz Coadjuvante, Ator Coadjuvante, Roteiro Original, Montagem, vencendo na categoria de Melhor Maquiagem e Penteados. Ao BAFTA foi indicado para Melhor Ator, Atriz e Ator Coadjuvante, Roteiro Original, Maquiagem e Edição.
Recomendo. Filme muito bom no seu estilo,só não espere grandes ações. É um filme mais lento, mas não menos interessante, propiciando muitas reflexões!!!

domingo, 29 de setembro de 2019

O céu pode esperar


 Diretor: Warren Beatty e Buck Henry
Atores: Warren Beatty, Julie Christie, James Mason, Jack Warden, Charles Grodin, Dyan Cannon, Buck Henry
Gênero: Comédia
Duração: 101 minutos
Ano: 1978


Sinopse: Joe Pendleton (Warren Beatty) jogador do Time de Futebol Americano Los Angeles Rams, morre em um acidente de carro. Na vida após a morte, Joe descobre que seu Anjo Guardião o tirou de seu corpo prematuramente, e ele ainda tem mais anos para viver na Terra. Incapaz de retornar para seu corpo, Joe assume a forma de um ganancioso multimilionário, Léo Farnsworth. Como Léo, Joe tenta voltar para o futebol e conhece e se encanta por uma ativista ambiental, Betty Logan (Julie Christie).


Uma delícia de ver, divertido e intrigante ao mesmo tempo. Baseado na peça dede Harry Segall. E é uma refilmagem do Que o céu espere, de 1941, com Robert Montgomery e Claude Rains, nos papéis que foram de Beatty e Mason, mas apesar de ser um remack, vários personagens e situações são completamente novos, não repetindo a versão de Alexander Hall, apesar de alguns detalhes conservados, como o fato de, nos dois filmes, os protagonista também ser músico, além de atleta. O personagem Joe, é mandado acidentalmente para o Paraíso, décadas antes de sua hora (na época não conhecia o Espiritismo codificado por Allan Kardec e hoje sei que este erro, não é possível), por um Anjo ansioso. Quando o erro é percebido, ele tenta voltar para a Terra, e descobre que seu corpo foi cremado, e não teria como voltar. Interessante, pois segundo o Espiritismo, reencarnamos de novo na Terra, mas nunca com o mesmo corpo, a mesma roupagem, nascemos as vezes num local, diferente em condições muito adversas da anterior: não tendo o mesmo porte físico, saúde, condição sócio econômica e cultural e até mesmo podemos ter gênero diferente. Então, no filme Joe (dedicado Quaterback, em preparação para uma super disputa, o Superbowl) provisoriamente começa a habitar o corpo de um mega industrial que faleceu. Mas agora, suas atitudes são muito diferentes, claro, do antigo industrial e aí começam os muitos e hilários conflitos.
Com música de Dave Grusin. Direção de Fotografia, assinada por William A. Fraker.
Este filme concorreu a várias categorias, ao Oscar 1978, mas concorreu com grandes filmes também, como O franco atirador (vencedor), Amargo regresso, O expresso da meia noite e Uma mulher descasada (este não vi). Realmente assim ficou difícil!!!


Adoro a cena de Déjà vu (é um galicismo que descreve a reação psicológica da transmissão de ideias de que já se esteve naquele lugar antes, já se viu aquelas pessoas, ou outro elemento externo. O termo é uma expressão da língua francesa que significa: "Já visto”). 
Faz com que pensemos em muitas situações já vividas por nós mesmos, em algum momento de nossa existência. E fica a pergunta que não quer calar, será que é sou um fenômeno? Ou uma recordação de uma outra existência, em outro tempo???


As indicações foram para Melhor Filme, Ator, Diretor, Ator Coadjuvante (Jack Warden), Atriz Coadjuvante (Dyan Cannon), Música Original (perdeu para nada mais, nada menos que Giorgio Moroder em O expresso da meia noite), Roteiro Adaptado e Fotografia. Vencendo na categoria de Direção de Arte (Paul Sylbert e Edwin O'Donovan). Ao Globo de Ouro, venceu nas categorias  de Melhor Filme Comédia/Musical, Ator em Comédia /Musical (Beaty) e Atriz Coadjuvante em Comédia /Musical (Dyan Cannon).
Curiosidades: Beatty neste filme é produtor, co-diretor e co-roteirista junto com Elaine May.
Houveram 3 versões: a primeira já citada em 1941: Que espere o céu e uma nova versão produzida em 2001,  de Chris Weitz e Paul Weitz, com Chris Rock, Regina King e Chazz Palminteri.
Inicialmente era intenção de Beatty,que o protagonista fosse novamente um boxeador e ser interpretado por Muhammad Ali. Porém devido a problemas na agenda de Ali, Beatty refez o roteiro de forma a transformar o personagem em um jogador de futebol americano, para que ele mesmo pudesse interpretá-lo.
Recomendo!!! Os fãs do estilo vão amar, como eu. Assista e comente!!! 

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Nasce uma estrela



Direção: Bradley Cooper
Atores: Lady Gaga, Bradley Cooper, Sam Eliott, Andrew Dice Clay, Rafi Gavron, Anthony Ramos, Dave Chappelle, Ron Rifkin
Gênero: Drama
Duração: 136 minutos
Ano: 2019



Sinopse: Jackson Maine (Bradley Cooper) é um cantor no auge da fama. Um dia, após deixar uma apresentação, ele pára em um bar para beber algo e é quando conhece Ally (Lady Gaga), uma insegura cantora que ganha a vida trabalhando em um restaurante. Jackson se encanta pela mulher e seu talento, decide então acolhê-la debaixo de suas asas. Ao mesmo tempo em que Ally ascende ao estrelato, Jackson vive uma crise pessoal e profissional devido aos problemas com o álcool.
 
Esta é a quarta versão deste filme, as outras versões foram em 1937 (Janet Gaynor e Frederic March), 1954 (Judy Garland e James Mason), 1976 (Barbra Streisand e Kris Kristofferson; sendo que Elvis Presley foi cotado para fazer o personagem principal, John Norman Howard). Sendo que nos dois primeiros se passam nos bastidores do cinema e nos dois últimos, o pano de fundo é o mercado musical. Apesar das apresentações serem um pouco diferentes, a essência é a mesma, retrata temas universais como luto, superação, triunfo e decadência. Mas neste último ocorre um maior aprofundamento no mundo mental dos personagens, suas relações familiares e o que pode ter desencadeado os transtornos afetivos e psicológicos do personagem de Maine.


Cooper claramente apaixonado por esta história, decidiu "pagar para ver" e assumir esse risco: além de interpretar o protagonista, ele escreveu o roteiro, produziu o longa e assina a direção. E como nem sempre as famosas cantoras transitam para as telas e se dão bem, quando Lady Gaga foi escolhida para o papel, o mundo olhou com descrédito para a escolha. Mas no final,Gaga provou que a escolha foi acertada, sua Ally foi muito bem construída. A história, mesmo não sendo inédita, desta vez parece cativar mais o público, acredito que seja por mostrar os "astros" como pessoas normais, por trás dos bastidores: Maine é apresentado como um homem relativamente frágil, onde demonstra sentir sentimentos comuns como a vaidade, o ciúme, medo, competição e principalmente sendo muito influenciado pelo meio em que vive e no meio em que foi criado, um ambiente pernicioso (órfão de mãe, pai alcoólatra e irmão mais velho ausente). E também é muito suscetível a opinião do outro, demonstrando uma fragilidade emocional muito grande que o leva a melancolia e depressão. Quem nunca passou por isso em pelo menos um período em sua vida, de muita insegurança e vulnerabilidade???  Já a protagonista, Ally se apresenta mais forte, mais bem resolvida psicologicamente e se mantém firme em seus propósitos e continua com a parceria com Maine, mesmo quando é aconselhada a se afastar dele, ao contrário, continua acreditando nele, mesmo após inúmeras crises. É uma história densa e envolvente, sem dúvida!!!


Este roteiro de Cooper não propriamente baseado em uma única história real, mas é o resultado de uma narrativa que circula nos bastidores do universo dos famosos há décadas. No filme, vemos um casal passando por conflitos, movidos por sentimentos comuns a todos nós: inveja, posse, raiva, medo. Se apresentam tão reais, que não tem como não se identificar com eles, daí o enorme sucesso!!! Em relação às cancões, não poderia deixar de comentar, são lindas, né? As que Maine canta, foram compostas por Cooper e por Lukas Nelson. Já Gaga é responsável pela composição musical do longa e mais, serviu como "coach" de Cooper, que informa nas entrevistas de divulgação, que dois fatores foram fundamentais e contribuíram muito para que ele tivesse coragem de cantar no filme: muita prática (trabalhou quase que em tempo integral com Roger Love) e o talento e conhecimento musical de Gaga. Houve desde o início uma admiração mútua e respeito entre Bradley e Gaga, o que facilitou a química entre os personagens.Gaga disse no Fandango: "ele me aceitou como atriz e eu o aceitei como músico...foi emocionante para mim, vê-lo se transformar em um músico".
Curiosidades: Cooper era conhecido em papéis mais mediano como na franquia Se beber, não case e por ser a voz do Rocket Racoon, na franquia Guardiões da Galáxia. Neste filme marca sua estréia como produtor, um dos roteiristas e ainda diretor, sendo que o projeto inicial era para ter Clint Eastwood como diretor e Beyoncé como Ally, em 2011. Cooper só assumiu em 2015, mas a liberação do filme pela Warner Bros. foi no final de 2016, e em 2017 começaram as produções na Califórnia. Como as cenas onde aparece o público, foram praticamente todas filmadas no Festival de Música de Coachella, em 2017, quando Gaga atuou com destaque. E todas as canções foram gravadas ao vivo, essa teria sido a maior exigência da cantora. Para viver Maine foram cogitados nomes como Leonardo DiCáprio, Christian Bale, Tom Cruise e Will Smith, mas não houve acertos. E a grande inspiração de Jackson Maine, é o vocalista do Pearl Jam, Eddie Vedder, que é um nome importantíssimo no mundo musical, mas que ao ser contactado não se tornou um grande incentivador da idéia do remake, mas depois de de uma insistência acirrada de Cooper aderiu ao projeto, que o bombardeou com perguntas, para que pudesse compor o personagem, e ele contou pequenos detalhes que só músicos conhecem (questões de estéticas e trejeitos). E no filme, realmente a aparência de Jackson, seu comportamento no palco, até mesmo o tom de voz, prestam bela homenagem ao líder do Pearl Jam. Houveram participações especias no longa como Rebecca Field que interpreta Gail, enquanto o grupo Lukas Nelson & Promise of the Real aparecem como a banda de Jackson. A drag queen americana Shangela Laquifa Wadley, o ator Greg Grumberg, a cantora Halsey e ainda o ator Alec Baldwin, também fazem aparições no filme.


Cooper dedicou o filme a Elizabeth Kemp, sua mentora, que faleceu em 2017.
Tem a Fotografia assinada por Mathew Libatique. Diretoras de Elenco: Lindsay Graham e Mary Vernieo e Designer de Produção: Karen Murphy.
Indicações e Premiações: indicado ao Globo de Ouro em várias categorias: Melhor Filme em Drama, Diretor, Ator em filme Dramático, Atriz em filme Dramático e ganhou o prêmio de Melhor Canção Original por Shallow (Lady Gaga, Mark Ronson, Anthony Rossomando e Andrew Wyat). Ao BAFTA, ganhou também em Melhor Trilha Sonora Original. Ao Oscar, foi indicado a sete categorias, para Melhor: Filme, Atriz, Ator, Ator Coadjuvante, Roteiro Adaptado, Fotografia, Mixagem de Som e venceu na categoria de Canção Original. Ao Grammy, a música Shallow, venceu nas categorias de Dueto e Melhor Canção.
Recomendo!!! Amo a versão de 76, mas esta é realmente mais comovente, é um drama trágico, emocionante e real.

domingo, 4 de agosto de 2019

Gemidos de prazer


Diretor: Christopher Crowe
Atores: Annabella Sciorra, Jamey Sheridan, Anthony LaPaglia, Jill Clayburgh, Deborah Kara Unger, John Leguizano, Anthony Heald, Alan Alda
Gênero: Suspense
Duração: 103 minutos
Ano: 1992

Sinopse: Ann Hecker (Annabella Sciorra) é uma psiquiatra que está tratando, entre outros pacientes,  a bela Eve Abergray (Debora Kara Unger) e fica intrigada com as revelações que a paciente faz, das práticas amorosas que realiza com seu amante. Quando mais tarde descobre que seu novo namorado é o ex amante da paciente, percebe que está em uma situação de perigo.


Filme muito interessante, na verdade um suspense muito bem construído, mas que infelizmente a tradução escolhida no Brasil, não foi das mais felizes, na íntegra deveria ser "Sussurros na escuridão", que faria mais sentidos, pois o filme aborda o mundo interno obscuro (sentimentos e fantasias) que muitas vezes guardamos dentro de nós e que só são revelados num processo terapêutico, onde a Psiquiatra neste caso, tenta entender e ajudar estes conflitos da consciência humana e a forma como cada um consegue lidar com seus "demônios internos". O filme aborda portanto o que acontece na relação profissional: Terapeuta e Paciente. O nome do filme foi para chamar a atenção, pois no final da década de 80 e início da década de 90 estavam sendo lançados filmes mais apimentados com 9 e meia semana de amor (1986), Orquídea selvagem (1989) e Instinto selvagem (também em 1992). Mas o filme vai muito além, de uma pegada erótica. Foi bem aceito pelo público, tendo uma porcentagem de 81% de aceitação. O elenco está muito bem e afinado com o propósito, bastante convincentes.  A música foi composta por Thomas Newman.


Curiosidade: Uma versão sem cortes foi lançada em laserdisc, contendo cenas mais explícitas nas sequência de abertura e fhashback.
Recomendo! Gostei muito quando vi,  na época!

Pantera Negra



Diretor: Ryan Coogler
Atores: Chadwick Boseman, Michael B. Jordan, Lupita Nyong'o, Danai Gurira, Angela Basset,  Winston Duke, Forrest Witaker, Martin Freeman, Andy Sarkis, Daniel Kaluuya
Gênero: Aventura
Duração: 135 minutos
Ano: 2018



Sinopse: Após a morte do Rei T'Chaka (John Kani), o Príncipe T'Challa (Chadwick Boseman) retorna a Wakanda para a cerimônia de coroação. Nela são reunidas as 5 tribos que compõem o reino, sendo que uma delas, os Jabari, não apoiam o atual governo. T'Challa logo recebe o apoio de Okoye (Danai Gurira), a Chefe da Guarda de Wakanda, da sua irmã Shuri, que coordena a área tecnológica do reino (Letitia Wrigth) e também de Nakia (Lupita Nyong'o), a grande paixão do atual Pantera Negra, que não quer se tornar rainha. Juntos eles estão à procura de Ulysses Klane (Andy Sarkis), que roubou de Wakanda um punhado de Vibranium, alguns anos atrás.

Sensacional!!! Com tudo na medida certa: roteiro, fotografia, elenco, direção, música!!! Não foi à toa, que é o primeiro filme de super-heróis a ser indicado no Prêmio de Melhor Filme no Oscar, além de outras seis categorias: Melhor Figurino, Direção de Arte, Mixagem e Edição de Som, Trilha Sonora Original e Canção Original. E enfim, pudemos conhecer Wakanda, um mundo à parte, uma potência tecnológica devido ao valioso Vibranium (o metal que na vida real não existe, é fictício claro! Mas muitos físicos do mundo todo, informam que por exemplo, o Carbeto de Tungstênio é um metal de altíssima compressão, capaz de armazenar boa parte da energia resultante das compressões e que, embora não haja um metal específico, algumas dessas propriedades podem ser imitadas, como já existe, através da engenharia de materiais, compostos cerâmicos de alta complexidade, usados em coletes à prova de balas e blindagem, que seriam mais duros do que qualquer metal). É encantadora, pois mistura o antigo, numa ancestrabilidade retratada através das roupas, danças, pinturas, "tribos", com uma modernidade fantástica. É uma surpresa inicial, como descobrir um mundo novo, até então desconhecido, rico, com personagens fortes e não só masculinos, como estamos acostumados a ver, 


as mulheres em Wakanda ocupam posição de destaque, são altamente respeitadas e valorizadas, não tendo nada a ver com a associação de "fragilidade e rosa", ao contrário, são incríveis e poderosas!!!. O filme pode ser considerado socialmente importante, para que ocorra uma identificação de muitos jovens com um super herói negro, em que os fazem pensar e imaginar, que no mundo real, pode ser assim: figuras negras fortes, de destaque e sendo admiradas por suas culturas peculiares, eliminando o ranso ainda existente, de marginalidade. Eles eram assim, antes de serem arrancados de seus mundos e feitos escravos pelos quatro cantos do planeta. O Pantera Negra, é um herói lindo e com poderes incríveis, ainda que muito próximo do real: inteligência, velocidade e sentidos apurados. Ah! Não posso deixar de enfatizar, que elenco masculino. Affff!!!! Jesus Cristinho me abana!!! Nada contra o feminino também!!! Rsrsrsrs. O filme foi gravado em Atlanta, Georgia e em Busan, na Coréia do Sul. As imagens aéreas de Wakanda, são da África do Sul, Zanábia, Uganda e pasmem, na Argentina. O pequeno país Lesoto, da África Austral (um enclave incrustado na África do Sul, montanhoso e sem mar), tornou-se inspiração para compor Wakanda, depois que Coogler o visitou, enquanto se preparava para o filme. A Fotografia linda é assinada por Rachel Morrison. 


Curiosidades: Os atores Adewale Akinnuoye-Agbase, Anthony Mackie e Djimon Hounson foram considerados para o papel de T'Challa e embora não vivido este personagem, todos os três acabaram interpretando outros personagens da Marvel: Agbage foi Algrim/Kurse em Thor: o mundo sombrio (2013), Mackie foi Sam Wilson em Capitão América: O soldado Invernal (2014) e em outras sequências, e Hounson foi Korath em Guardiões da Galáxia (2014). As lutas que aparecem no longa foram baseadas nas artes marciais africanas. Além disso, as cenas de ação dos filmes Creed: nascido para lutar (2015) e Kingsman também serviram de inspiração. O dialeto de Wakanda foi inspirado pelo dialeto real de John Kam (T'Chaka). Como ele interpreta o Rei, parecia certo que o dialeto de todos refletisse o dele. Ruth E. Carter criou mais de 1.000 figurinos para o filme. Buscando inspiração nos trajes tribais africanos tradicionais e na moda Afropunk, criando assim os figurinos num estilo Afrofuturismo. A designer de produção Hannah Berchler disse que era muito importante e também para Coogler, que a história de Wakanda estivesse representada no cenário, assim a dupla criou mais de 10.000 anos de história,pensando até mesmo nos nomes de ruas. Coogler não só na composição do elenco, fez questão de que os principais chefes de departamento fora das telas, fossem afro-americanos, mulheres ou ambos.


Cada penteado do filme foi feito à mão, pela cabelereira Camille Friend e sua equipe. A atriz e dramaturga Danai Gurira, conhecida por interpretar a General Okoye nos filmes Pantera Negra e Vingadores: Guerra Infinita e ainda Michonne em The walking dead, é Embaixadora da ONU Mulheres, desde setembro de 2018, com o intuito de dar apoio e viabilidade a luta a favor da igualdade de direitos entre homens e mulheres. Ludwing foi contratado para compor a Trilha Sonora do filme em abril/17. Logo após, viajou para o Senegal e a África do Sul, para gravar com músicos locais para formar a "base" de sua trilha sonora. E Kendrick Lamar produziu a Trilha Sonora curada do filme, intitulada Black Panther: The Album, juntamente com o fundador da Top Dawg Entertainment, Anthony Tiffith. Coogler escolheu Lamar para o projeto porque seus temas artísticos se alinham com aqueles que seriam explorados no filme. Uma sequência está em desenvolvimento com Coogler voltando a escrever e dirigir. Roteiristas: Ryan Coogler e Joe Robert Cole e como Produtores: Kevin Feige, Louis D'Esposito, Victoria Alonso e Stan Lee.


Indicações e Premiações: foi indicado a sete categorias ao Oscar 2019, inclusive de Melhor Filme, mas só ganhou para três: Melhor Figurino, Trilha Sonora e Melhor Design de Produção. Ao Globo de Ouro recebeu indicações de Melhor Filme Drama, Trilha Original e Trilha para Filmes.. Teve duas vitórias no Screen Actor Guilt, para Melhor Filme e Melhor Elenco. Ao Critc's Choice Movie Awards teve doze indicações, para Melhor Filme, Ator Coadjuvante (Michael B. Jordan), Elenco, Fotografia, Designer de Produção, Roteiro Adaptado, Figurino, Cabelo e Maquiagem, Efeitos Visuais, Filme de Ação, Canção Original e Trilha Sonora, vencendo em três, para Designer de Produção, Figurino e Efeitos Visuais.   
Recomendadíssimo!!! Imperdível no seu gênero!!!

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sexta-feira, 5 de julho de 2019

Higlander




Diretor: Russell Mulcahy
Atores: Christopher Lambert, Sean Connery, Clancy Brown, Roxanne Hart, Beatie Edney, James Cosmo
Gênero: Aventura
Duração: 116 minutos


Ano: 1986

Sinopse: O místico Russell Nash (Christopher Lambert) mata um homem durante uma luta de espadas em um estacionamento de Nova York, mas deixa um pedaço de arma antiga alojado em uma pilastra. A especialista em perícia forense Branda Wyatt (Roxanne Hart) encontra a peça misteriosa, e ao de seu parceiro, embarca em uma investigação perigosa sobre uma luta secular enter imortais poderosos.

Mais um filme que me encantou na época, há muitos anos atrás. Fiquei curiosa com o tema da imortalidade. E enlouquecida pelas músicas da Banda Queen, o filme se passa em duas épocas: a atual, no ano de 1986, e a do tempo em que o guerreiro escocês Connor MacLeod se tornou imortal, a partir de 1536. Ele é ferido mortalmente por Kurgan em uma batalha e misteriosamente ressuscita. Seus amigos e parentes (Clã MacLeod) passam a vê-lo como feiticeiro e o expulsam da vila onde ele nasceu.  O filme retrata a eterna luta entre o bem e o mal, onde poderosos imortais lutam para obter um prêmio que é a capacidade de ler pensamentos dos outros mesmo à distância e com isso influenciar os líderes mundiais. A Banda Queen foi chamada para colaborar na Trilha Sonora, com seis canções originais e mais tarde foram incluídas no álbum A Kind of magic, além de ser incluída no filme, Hammer to fall, do álbum anterior. A música Who wants to live forever, é uma daquelas canções que marcam, que fica para sempre em nossas memórias, linda demais!!! O filme aborda também a solidão, como não podem ter filhos e são imortais, vão perdendo as pessoas que amam, no caso de MacLeod, ele vive quatro séculos e meio e em meados dos anos 80 é que Connor irá reencontrar Victor Kavegan (Kurgan) em Nova York, com quem irá duelar pelo prêmio. Bem, não posso deixar de falar que a parte técnica deixa a desejar, com uma edição não muito boa, que mesmo para a época poderia ser melhor. E quando se compara com a de hoje, nem se fala (complicado). Mas também tem cenas lindas, bombásticas: com efeitos especiais (raios) e as magníficas paisagens da Escócia. Mas o conjunto todo no final, é muito bom!!! Marcante.



A história é de Gregory Widen e o roteiro foi assinado pelo próprio Gragory Widen, Peter Bellwood e Larry Ferguson. Fotografia Gerry Fischer.
Curiosidades: O conceito do filme se originou de uma visita de Widen à Escócia. Ao ver uma armadura, imaginou como seria se o guerreiro desta ainda estivesse vivo. Assim surgiram os Imortais, que lutam entre si. As filmagens ocorreram em Nova York, na Escócia e em Londres. Todas as cenas com Sean Conery foram filmadas em uma semana devido a agenda apertada do ator na época. O ator Clancy Brown que faz o Kurgan está muito bem como vilão e sua voz é linda e poderosa, tanto é que se tornou dublador e faz trabalhos até hoje, como o Sr Siriguejo, do Desenho Bob Esponja Calça Quadrada.

O filme teve outras 3 sequências Higlander II, a Ressureição em 1991; Higlander III, O Feiticeiro, em 1994 e Higlander IV, A Batalha Final, em 2000. Mas nemhum deles tão emocionante como o primeiro. Também baseados no mesmo conceito dos filme, foram criadas duas séries para a televisão: Higlander (1992 - 1998) e Higlander, The Haven (1998) e até foi criado um desenho animado.
A música tema Who wants to live forever, foi escrita em 1986 pelo guitarrista Brian May, como parte da trilha sonora, sendo que a compôs ao voltar para casa, após assistir a uma versão inacabada do filme. Pelo jeito estava inspirado, não é? Fez uma obra prima, que ficou para a imortalidade!!!
Recomendo!!! Assista e comente. 



sexta-feira, 21 de junho de 2019

Roma



Diretor: Alfonso Cuarón
Atores: Yalitza Aparicio, Marina Tavira, Fernando Grediaca, José Antônio Guerreiro, Marco Gref, Daniela Demesa,  Enoc Leãno, Daniel Valtierra, Nancy Garcia, Verônica Garcia, Carlos Peralta
Gênero: Drama
Duração: 135 minutos
Ano: 2019 



Sinopse: Cidade do México, 1970. A rotina de uma família de classe média é controlada de maneira atenciosa por uma mulher (Yalitza Aparicio), como babá e empregada doméstica. Durante um ano, diversos acontecimentos inesperados começam a afetar a vida de todos os moradores da casa,dando origem a uma série de mudanças coletivas e individuais.

Filme perfeito!!! Delicado, sincero e comovente. Cuarón fez um trabalho primoroso, brindando a todos nós com este projeto pessoal, inspirado em sua infância no Bairro de Roma (Distrito localizado em Cuahtémoc), na Cidade do México. É uma zona em que a classe alta mexicana se estabeleceu na primeira década do século XX, e onde existe até hoje, suntuosas mansões e palacetes de inspiração européia.  Filmado em preto e branco para chamar ainda mais a nossa atenção, foco nas relações e não no colorido das paisagens e figurino. Mostra dramas reais, trás seres humanos com uma gama de emoções ao mesmo tempo simples/puras, mas não menos complexos e com uma profundidade impactante: inúmeras relações de amor (um verdadeiro arco-íris), desde as mais sensoriais até as mais nobres e altruístas, e sem a pretensão de agradar a qualquer ideal romântico, pois mostra relações que não dão certo, mas que a vida induz a seguir em frente, é preciso seguir em frente, sempre. (Isso é viver, exercitar a nossa capacidade de lidar com a frustrações e superá-las).  Simplesmente Lindo!!! E ainda mostra, como pano de fundo, os conflitos político-sociais que o México passava, na década de 70 (início do governo de Luis Echeverria). Estreou no Festival Internacional de Cinema de Veneza em 30/08/18, onde recebeu o Leão de Ouro. 



A obra recebeu aclamação da crítica, sendo descrita com "dolorosamente bela" e "atraente", e foi escolhida pelo National Board of Review como uma das 10 melhores filmagens do ano. Ao passo que a Revista Time e o Sindicato New York Film Critics Circle, elegeram-na, na primeira posição em suas publicações. No Brasil, o crítico Lucas Salgado diz: "filme inteligente, envolvente, impactante , e acima de tudo instigante. É um filme que vai ficar em sua cabeça por bastante tempo. É cinema em seu estado puro e simples". Cuarón nesta obra escreveu, dirigiu co-editou e cinematografou, mas para produzir teve o apoio de Gabriela Rodrigues e Nicolás Celis.  



Curiosidades: em 03/11/2016, ocorreu um incidente no set de filmagens. De acordo com o Estúdio, pessoas se machucaram, foram hospitalizadas, celulares e jóias foram roubadas: a equipe de preparação estava na cidade para organizar a sessão de filmagens,quando um grupo atacou os membros desta equipe, mesmo havendo a permissão prévia para se filmar neste local, mas parece que houveram divergências e infelizmente ocorreu uma briga, que resultou neste incidente. 
Cuarón dedica o filme a !Libo!, que é como a família chamam Liboria Rodriguez, uma mulher de origem indígena que começou a trabalhar com eles quando o diretor tinha só 09 meses e cuja história de vida serve de base para a história. Rodriguez, que veio de uma aldeia de Tepelmere no Estado de Oaxaca, cuidou desde então das crianças da família de Cuarón,como muitas empregadas domésticas que tiveram um papel central na vida dos filhos de muitas famílias da América Latina.
Em abril de 2018, a Netflix adquiriu os diretos de distribuição do filme, que pode ser visto por muitos, antes dos famosos festivais e entrega de prêmios. O que acabou fazendo surgir muitas polêmicas ao redor do filme, principalmente depois que angariou vários prêmios, roubando a cena, diante de muitos outros filmes. O grande diretor Steven Spielberg se mostra literalmente contra, o fato de que filmes que façam parte de Empresas Streaming, devam concorrer ao Emmy (Filmes e Séries para TV) e não a outras premiações, que fiquem sem elegibilidade, argumentando que a Netflix, por exemplo, recusa-se a divulgar dados sobre a audiência e bilheterias e que por isso a competição ficaria desigual entre os filmes que concorrem a premiações. Ele então propões mudanças nas regras para as nomeações ao Oscar e deve ter levado esta opiniões para a reunião com os dirigentes da Academia, realizada em abril/19.


Indicações e Premiações: Ao Globo de Ouro 19, foi indicado a Melhor Roteiro, Diretor e Filme Estrangeiro e venceu nos dois últimos. Para o Oscar foi indicado a 10 categorias, para Melhor Filme, Atriz (Yalitza Aparicio), Atriz Coadjuvante (Marina Tavira), Roteiro Original, Direção de Arte, Edição e Mixagem de Som e vencedor nas categorias de Melhor Diretor, Fotografia e Filme Estrangeiro. Ao BAFTA foi indicado a Melhor Roteiro Original, Edição e Direção de Arte e venceu nas categorias de Melhor Filme, Diretor, Fotografia e Filme Estrangeiro. Ao Festival Goya (Espanha) vencedor na categoria de Melhor Filme Ibero-Americano.
De um modo geral, os prêmios ganhos,  surpreenderam a muitos!!! São os latinos invadindo e arrebanhando os melhores prêmios em detrimentos aos "nativos americanos". Segundo ano, em 2017 foi a vez do Guilhermo Del Toro, por A forma da água. Show demais!!!
Recomendadíssimo!!! Um primor no detalhes!!!




domingo, 9 de junho de 2019

Amor à segunda vista



Diretor: Marc Lawrence
Atores: Hugh Grant, Sandra Bullock, Alicia Witt, Dona Ivey, Robert Klein, Nora James, Mike Piazza
Gênero: Comédia
Duração: 101 minutos
Ano: 2002



Sinopse: A dedicada advogada Lucy Kelson (Sandra Bullock), vai trabalhar para o bilionário George Wade (Hugh Grant) como parte de um acordo para preservar  um Centro Comunitário (Coney Island) que tem a ver com suas memórias. Muito indeciso, George fica dependente da orientação de Lucy para tudo, desde assuntos jurídicos até que roupa irá usar. Irritada Lucy pede as contas, começa a cumprir o aviso prévio e contrata June Carter (Alicia Witt) como sua substituta. Quando seus últimos dias na empresa começam a se aproximar, Lucy fica com ciúmes de June e tem dúvidas se deve deixar George.



Mais uma comédia romântica deliciosa para ver e rever muitas vezes. Vi no cinema e fiquei encantada, mesmo embora pareça um conto de fadas, é muito bom ver este conflito de sentimento e esta gama de emoções mostradas de maneira cômica e ao mesmo tempo charmosa. Divertidíssimo!!! A história não é inédita, claro, muito pelo contrário, mas acredito que agrade porque trás um conteúdo antigo, um desejo inconsciente que temos de vencer todas as barreiras sociais e políticas para viver um grande amor. Quem nunca desejou isso??? Bem, neste caso, o filme não é nem politicamente correto: o poder do dinheiro deslumbrando e conseguindo o que seu objetivo final de ganância e poder, onde se desdenha de movimentos de protesto: a personagem de Lucy passa de uma militante de uma boa causa (ainda que as cenas iniciais do filme são meio ridículas), para ser a advogada que ganha um bom salário, da mesma empresa que estava se mostrando ferrenhamente contra. Mas enfim, nos faz pensar que muitas vezes os meios justificam os fins, e que os opostos se atraem não por uma causa banal, mas por um mecanismo muito mais profundo, que é do crescimento mútuo, onde a possibilidade de trocas e pode levar a uma evolução dos dois lados; e que perfeccionismo e extrema prontidão, não faz bem para nenhum tipo de relação afetiva. A parceria dos dois convence, Sandra como sempre, muito competente no que faz e Grant, fazendo bem o que sempre fez também, o personagem imaturo emocionalmente. O filme estreou bem nos EUA, ficou com o segundo lugar nas bilheterias, só ficando atrás do tão esperado Senhor dos Anéis, as Torres Gêmeas. Tem cenas muito engraçadas, uma fotografia linda assinada por Laszló Koács, onde é mostrado uma Nova York, talvez não vista em nenhum outro filme. principalmente a que culmina num passeio aéreo maravilhoso (adoro a cena em que o personagem de Grant, George diz que vai providenciar um transporte para eles, já que ficaram presos num mega engarrafamento, e quando se menos espera, aparece um helicóptero, como o mero "transporte" para eles, show demais! Meu melhor, querido e único amigo "gaytero" Allan, depois que saímos do cinema, também providenciou um transporte para voltarmos para casa, não foi como mo filme, mas demos boas risadas com a referência!!! Saudades eternas de você!!! A edição é de Susan E. Morse e a música é de John Powell. Outro fato bacana demais são as fotos reais dos atores principais em fase de infância, mostradas no filme, em porta retratos.


O filme teve indicação ao Teen Choice Awards a Melhor Atriz em Comédia e a Melhor Filme em Ataque de nervos.
Curiosidades: o diretor Marc Lawrence também é o roteirista. E este filme foi a primeira de uma parceria entre o diretor e o ator Hugh Grant, os outros foram em Letra e música (2007) e Cadê os Morgans? (2009). Filmando mesmo na Big Apple: a intenção original dos produtores era rodar o filme no Canadá, para baratear os custos, mas Sandra Bullock, que também é uma das produtoras, foi quem definiu que as filmagens ocorreriam mesmo em Nova York, argumentando que não se pode fazer um filme sobre Nova York e se filmar em outra cidade.
Recomendo!!!