domingo, 15 de novembro de 2020

Nada é para sempre


Diretor: Robert Redford

Atores: Craig Sheffer, Brad Pitt, Tom Skerrit, Brenda Blethyn, Emile Llyod, Edie McClurg, William Hootkins, Joseph-Gordon Levitt

Gênero: Drama

Duração: 123 minutos

Ano: 1992




Sinopse:  Início do século XX, Missoula, Montana. A família MacLean é comandada pelo reverendo Presbiteriano MacLean (Tom Skerrit) e sua amada esposa (Brenda Blethyn). Apesar de ser rígido na educação dos filhos, Norman (Craig Sheffer) e Paul (Brad Pitt), também os encoraja. Entre o reverendo e smfilhos sempre houve o hábito de pescar, na verdade nçao havia uma linha clara que dividisse religiçao e pescaria. Norman e Paul não foram para a Primeira Grande Guerra Mundial e, logo após o conflito, Norman deixou Missoula e foi para a faculdade, onde descobrui que gostava de lecionar. Já Paul ficou trabalhando como repórter na sua cidade, pois gostava de se divertir, beber e jogar e nunca sentiu interesse em se envolver com o estudo acadêmico. Ao votar para Missoula, Norman espera uma resposta para um emprego de professor e neste meio se apaixona por Jessie Burns (Emily Lloyd). As diferenças entre ele e Paul ficam mais evidentes  e, apesar de gostar de boêmia, Paul se mostra um bom pescador.   

 Filme de rara beleza, dirigido por ninguém menos que Robert Redford, que além de ser excelente ator, também dirige e foi considerado um dos homens mais bonitos de Hollywood. Tem uma fotografia de tirar o fôlego de tão linda, realmente impressiona, daquelas que ficam na memória para sempre. Retrata a História de uma família com suas relações afetivas recheadas de conflitos e aventuras e que apesar dos valores rígidos, cada filho absorve de uma maneira peculiar, tornando-se assim completamente diferentes na forma de encarar a vida e isso tudo é retratado no período de 20 anos, mas apesar de tudo não perdem o amor pela pesca, que foi um dos elos que os manteve unidos. A pescaria era como uma forma de passar valores como virtude, harmonia e paciência, mas em casa havia uma dificuldade afetiva quase que palpável.


A história é baseada no livro autobiográfico de  Norman Maclean que também ajudou o roteiro.

Fotografia assinada por Phlippe Rousselot, Cenografia de Walter P. Martishire,  Trilha Sonora composta por Mark Isham e Produção de R.R. e Patrick Markey




Curiosidades: Redford levou anos até convencer Norman Maclean a vender os direitos de adaptação de seu livro para o cinema. 

O ator William Hurt tinha interesse em interpretar o personagem de Paul Maclean, e chegou a pescar com Norman, mas não recebeu dele aprovação para realizar a interpretação.  

Brad Pitt ainda não era tão conhecido, mas faz uma excelente interpretação de um dos filhos do reverendo, Paul Maclean. Ficando bem claro que desde pequeno, a sua personalidade forte e desafiadora.

Indicações e Premiações: ao Oscar 1993 foi indicado a Melhor Roteiro Adaptado (Richard Friendenberg), Música Original (Mark Isham), perdeu para Alladim. Venceu para Melhor Fotografia de Philippe Rousselot.


Ao Globo de Ouro, recebeu a indicação para Melhor Diretor (Robert Redford).

E ao Grammy, recebeu indicação de Melhor Composição Instrumental - Cinema TV.



Recomendo, é um filme um pouco lento, mas cativante.

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Parasita


Direção: Bong Joon-ho

Atores: Cho Yeo-jeong, Park So-dam, Choi Woo-shik, Jung Ji-so, Song Kang-ho, Chang Hyae-jin

Gênero: Suspense

Duração: 132 minutos

Ano: 2019

Sinopse: Toda a família de Kitaek está desempregada, vivendo num porão sujo e apertado. Uma obra do acaso faz com que o filho adolescente da família comece a dar aulas de inglês à uma garota de família rica. Fascinados com a vida luxuosa dessas pessoas; pai, mãe, filho e filha bolam um plano para se infiltrarem também na família burguesa, um a um. No entanto os segredos e mentiras necessárias à ascenção social, custarão caro a todos.




Filme com um  excelente roteiro que prende a atenção do expectadoor do início ao fim e de forma totalmente imprevisível, vamos sendo muito bem conduzidos pela trama, sem a menor noção de onde e nem como irá terminar. É surpreendente!!! Somos levados a sentir inúmeros sentimentos, da compaixão/tristeza ao cõmico, da surpresa ao espanto. O filme aborda com certo humor ácido a relação de duas famílias que se cruzam através do trabalho: uma família muito rica, onde os personagens parecem não "olhar para baixo", para outra classe social que não seja a sua e por isso se torna arrogante; e a família pobre que deseja ascender na sociedade e para isso não mede esforços, nem que para isso tenha que se utilizar de métodos não muito éticos.


As duas famílias são compostas pela mesma formação: genitores e um casal de filhos e mostra a diferença de valores entre as classes e injustiças sociais que ocorre entre as mesmas e ainda o mix de emoções e sofrimentos que podem ocorrer quando têem a oportunidade de conviverem: raiva, inveja, perversidade, oportunismo, preconceito.

Resumindo, o filme tem uma forte crítica social, sem apontar "mocinhos ou bandidos", mas existe claramente uma crítica meio que implícita da dualidade das duas Coréias, a do Norte e a do Sul. E aborda principalmente a falta de valorização do ser humano, uns zombando dos outros, estamos sempre muito preocupados com nossos sofrimentos (egocentrismo), sem "querer" enxergar o do outro, fazemos um negacionismo do outro. Ainda que o filme seja colocado no singular, de forma genérica, poderia ser colocado no plural, pois o que vemos durante a exposição desta obra são várias formas de parasitismo. Ficou para mim um questionamento muito implícito: somos todos parasitas???


Música de Jeong Jae-Li e Fotografia assinada por Hong Kyung-pyo.

O filme teve estréia no Festival de Cannes em 21/05 de 2019 e ganhou a Palma de Ouro, tornando-se o primeiro filme Sul Coreano a receber o prestigiado prêmio assim como a ganhar com voto unânime do jurado do Festival, desde "Azul é a cor mais quente" em 2013.

Indicações e Premiações: ao Oscar/20 foi indicado a Melhor Montagem e Direção de Arte e venceu surpreendentemente nas categoriaas de Melhor Filme, Filme de Língua Estrangeira, Diretor e Roteiro Original.

Ao BAFTA fo indicado para Melhor Filme e Realizador, venceu para Melhor Filme Estrangeiro e Roteiro Original.


Curiosidades: a idéia de Parasita surgiu em 2013, enquanro trabalhava no Snowpierce, Bong foi incentivado por um amigo ator de teatro a escrever uma peça sobre sua vivência quando foi tutor do filho de uma família rica em Seul, com pouco mais de 20 anos e considerou transformar sua experiência em uma produção teatral. As filmagens começaram em 18 de maio de 2018 e terminou 124 dias depois em 19 de setembto de 2018. E foram realizadas em torno de Seul em em Jeonju.

O diretor ficou conhecido internacionalmente devido ao sucesso que o filme Expresso do Amanhã de 2013.

A casa principal, projefada por um arquiteto fictício, chamado Namgoong Hyeonja, torna-se o desejo e o símbolo da ascenção social. Segundo Bong a classe em que uma pessoa está inserida determina a quabtidade de luz natural que ela receberá durante o dis. Quanto mais pobre, menos janelas ou janelas menores. Quanto mais rico, mais janelas e janelas maiores. Esse briefing foi fundamental para o cenógrafo Lee Ha Jun, que percorreu inúmeros terrenos vazios observando exatamente como era o deslocamento da luz do Sol ao longo do dia, e fez a casa tão linda, com uma fachada de vidro impressionante, mostrada no filme.

Vale mencionar a homenagem que Bong fez a um de seus concorrentes na noite de entrega do Oscar, ele faz uma reverência diante do renomao Martin Scorcese e informa que este foi um de seus grandes ídolo como diretor. 

Recomendadíssimo!!! Imperdível, ainda que seja uma história que se passa na Coréia do Sul, é perfeitamente possível que fosse retratada no Brasil ou em qualquer outro local. Visão super contemporânea. 



sábado, 26 de setembro de 2020

O paciente inglês


Diretor: Anthony Minghella
Atores: Ralph Fiennes, Kristin Scott Thomas, Juliette Binoche, Willem Dafoe, Maveen Andrews, Colin Firth
Gênero: Drama
Duração: 162 minutos
Ano: 1996





Sinopse: No fim da Segunda Grande Guerra Mundial, um desconhecido (Ralph Fiennes) que teve queimaduras generalizadas quando seu avião foi abatido, é conhecido apenas o Paciente Inglês, acaba por recebr os cuidados de uma enfermeira franco-canadense Hana (Juliette Binoche). Gradualmente ele começa a nerrar o grande envolvimento que teve com uma mulher, Katherine Clifton (Kristin Scott Thomas), esposa de um colega seu Geofrey Clifton (Colin Firth), e como este amor foi fortemente correspondido. Mas da mesma forma que determinadas lembranças lhe surgem na mente, outros detalhes parecem não vir á sua memória , como se ele quisesse que tais fatos continuassem enterrados e esquecidos.




Uau! Este é um filme daqueles que tiram o nosso fôlego, visualmente belíssimo, história comovente, interpretações memoráveis, música, enfim... Tudo fica na memória. E teve um sucesso estrondoso de público e crítica, tanto que foi comparado com os grandes clássicos como Lawrence da Arábia, Ben-Hur, Coração valente, mas o mais interessante foi que não teve um grande estúdio por trás de seu sucesso, foi um filme independente, recebendo só o apoio da Miramax e um investimento pessoal diretor. Quando Minghella ofereceu aos grandes estúdios, disseram  que era impossível fazer o roteiro a partir do livro homônimo de Michael Ondaatje, devido a sua complexidade, acreditavam que não seria possível passar toda as idéias do livro para a telona. No entanto Minghella insistiu, assina também o roteiro que se tornou fascinante, e embora eu não tenha lido o livro (ainda), acredito que ele conseguiu fazer um lindo filme, complexo, as vezes um pouco lento (para alguns), mas com uma riqueza de detalhes que prende a atenção seja pelas belas paisagens, música, diálogos, somos cativados pelos personagens que são profundos, melancólicos, mas que estabelecem uma cumplicidade quase palpável (quantos olhares!!!) Enfim tudo resultou numa produção madura, linda e tocante, uma história de amor entre o então Conde Lázlo de Almásy e Katherine, tendo como produtor primorooa de Saul Zaentz.
Curiosidades: O livro foi lançado em 1992 e também foi consagrado pelo público e críticas mundiais e venceu o prestimoso Booker Price, o mais importante prêmio da Literatura Inglesa. O diretor é britânico, assim como todo o elenco, não tem "astros americanos" e ironicamente foi considerado um "azarão", pois acabou sendo indicado a 12 categorias do Oscar 1997.
A atriz Kristin escreveu uma carta ao diretor, quase que implorando pelo papel, escreveu: "I am 'K' in your film" (Eu sou 'K' do seu filme) e acabou conseguindo ser escalada. Este filme é o primeiro filme em que o diretor e a atriz Juliette Binoche trabalham juntos, o segundo foi em Invasão de domicílio em 2006. 






Inicialmente seria o Estúdio Twendy Century Fox que iria produzir e distribuir o filme, mas queria que a atriz Demi Moore fizesse o personagem de Katherine, mas acabou não havendo um acordo, o mesmo oocorendo com os outros gandes estúdios.
Em uma extrevista o diretor diz: 
Folha - O que atraiu atenção para o filme, já que ele não teve um grande orçamento para um épico (US$ 33 milhões) nem astros de Hollywood?

Minghella - "As pessoas têm necessidade de filmes que emocionam, não que manipulam a emoção. Há uma frase maravilhosa no livro de Michael que diz que "o coração é um órgão de fogo". Quis fazer o filme como um vulcão que iluminasse as pessoas."

Foi parcialmente filmado na Toscana, a famosa cena da igreja, é na verdade no Mosteiro de San'anna in Caprena. E em outras cenas, apesar de a história se passar no Egito, no deserto do Sahara, na verdade as filmagens foram realizadas na Tunísia (com dunas ondulantes, souks cheios de movimentos, gargantas, e grutas escavadas nas rochas, e lagos secos e planos). E segundo a produção foi uma viagem incrível de inúmeras descobertas.
Premiações e Indicações: Oscar, teve 12 indicações, para Melhor Ator, Atriz, e Roteiro Adaptado e vencendo  para Melhor Filme, Diretor, Atriz Coadjuvante (Juliette Binoche), Direção de arte (Stuart Craig e Stephanie McMillan), Fotografia assinada por John Seale, Figurino de Ann Roth, Edição de Som, Trilha Sonora tendo como diretor Gabriel Yared e Mixagem de som.
Ao Grammy 1998, venceu na categoria de Melhor Composição Instrumental para filme, para Gabriel Yared.

Ao Globo de Ouro, ganhou para Melhor Filme Drama e Melhor Trilhha Sonora, sendo indicado ainda para Melhor Diretor, Ator em Drama, Atriz em Drama, Atriz Coadjuvante para Drama e Roteiro.
Ao BAFTA: venceu para Melhor Filme, Fotografia, Ator Principal, Atriz Principal (Kristin), Desenho de Produção e Som. Sendo que Gabriel Yared recebeu o Prêmio Anthony Asquill pela música do filme e Anthony Minguella foi indicado ao Prêmio Davis Lean de Direção.
Festival de Berlim: ganhou o Urso de Prata na categoria de Melhor Atriz (Juliette) e indicado ao Urso de Ouro para Melhor Filme.
Premio César (França) 1998, recebeu indicação para Melhor Filme Estrangeiro.
Prêmio Goya (Espanha) 1998, recebeu indicação para Melhor Filme Europeu. 
Recomendo assistir, é uma linda história de amor e tragédia. Imperdível!!!

domingo, 7 de junho de 2020

Era uma vez em...Hollywood


Diretor: Quentin Tarantino
Atores: Leonardo DiCaprio, Brad Pitt, Margot Robbie, Emile Hirsh, Margareth Qualley, Timothy Olyphant, Dove Cameron, Austin Butler, Bruce Dern, Al Pacino, Luke Perry, Zoe Bell, Kurt Russell, Rafael Zawierucha, Damon, Herriman, James Marsden.
Gênero: Comédia
Duração: 161 minutos
Ano: 2019


Sinopse: Nest filme, temos um Los Angeles, em 1969. Rick Dalton (Leonardo DiCaprio) é um ator de TV que, juntamente com seu dublê Cliff Booth (Brad Pitt), está decidido a fazer  ome em Hollywood. Para tanto conhece pessoas influentes na indústria cinematográfica, o que os acaba levando aos assassinatos realizados por Charles Manson na época, entre eles o da atriz Sharon Tate (Margot Robie), que na época estava grávida do Diretor Roman Polanski (Rafael Zawierucha. 

Mais um filme impactante do excêntrico diretor Quentin Tarantino, um pouco diferente do que estamos acostumados, com muita violência e sangue, mas está presente o seu olhar cínico, crítico e irreverente. Excelente!!! O público ficou meio dividido, um amaram outros nem tanto, pois as vezes se mostram exigentes, como se Tarantino tivesse que sempre dirigir filmes ao estilo de réplicas de Pulp Fiction e Kill Bill ou os mais recentes Django livre e Bastardos inglórios, mas sua marca está lá, basta enxergar. O filme é riquíssimo em detalhes, com produção impecável dos anos 60 quase 70. Faz referências incríveis, homenagens, padas e muitos clichês, mas para apresentar o "outro lado" dos mitos do cinema, como no caso do Bruce Lee, como uma desconstrução de modelos que internalizamos. Ele mostra a história do seu ponto de vista, talvez o que poderia ter sido. Não quis simplesmente recontar a história triste que conhecemos, trouxe uma inovação. Apresenta personagens, muitas vezes representando a si mesmos e mostrando suas fragilidades, inseguranças, medos, frivolidades e também partes mais sombrias; curiosidades e "negócios " dos bastidores da indústria cinematográfica. O mundo Hollywoodiano não é só glamour... O filme tem uma bela fotografia assinada por Robert Richardson, Figurino de Arianne Philips e a maravilhosa Direção de Arte de Bárbara Ling e Nancy Haigh e conta ainda com as ótimas interpretações dos atores. Com um bom roteiro a história se resume em contar a odisséia de um ator de TV e seu dublê já mais envelhecido (mas não menos lindo e competente, assim como o Brad) pra criar um nome na indústria cinematográfica de Hollywood.


Curiosidades: foi destaque e esterou no Festival de Cannes em 2019, sendo indicado a Palma de Ouro. As filmagens foram realizadas em Los Angeles e duraram de julho a dezembro de 2018. Foi o último film do ator Luke Perry trabalhou, pois morreu em março 2019.
O ator Macaulay Culkin fez teste um teste desastroso para o filme e não agradou em nada Tarantino.
Recebeu por parte da crítica americana uma aclamação como "uma carta de amor de Tarantino aos anos 60 de Los Angeles". Brian Tallerico, do Roger Ebert concedeu um a pontuação de 4 estrelas dizendo que o filme é "uma combinação brilhante e as vezes escandalosamente  fantástica de eventos e personagens da vida real, com pura ficção". Em uma resenha ao Omelete, Natália Bridi avalia o filme com a mesma nota e escreveu sobe o filme "melancólico e hilário, o filme mais maduro da carreira de Quentin.
O personagem Rick Dalton é um ator que estreou a Série Faroeste Bounty Law, baseada em Wanted Dead or Alive, estrelada por Steve McQueen. E o relacionamento de Dalton com Cliff Booth é inspirado em Burt Reynolds e seu dublê Hal Needman. E embora não mencionado no filme, Dalton sofre de Transtorno Bipolar não diagnosticado, inspirado no ator Pete Duel. 
Indicações e Premiações: ao Oscar 20, teve 10 indicações, para Melhor Filme, Diretor,  Ator, Roteiro Original, Fotografia, Figurino, Edição e Mixagem de Som; vencendo para Melhor Ator Coadjuvante (Brad Pitt)  e Direção de Arte. 


Ao Globo de Ouro foi indicado para Melhor Diretor e Ator em Comédia ou Musical (Leonardo), e venceu para Melhor Filme em Comédia ou Musical, Roteiro e Ator Coadjuvante em Comédia ou Musical (Pitt).
Ao BAFTA,  teve também 10 indicações, para Melhor Filme, Diretor, Ator, Roteiro Original, Atriz Coadjuvante, Direção de Arte, Figurino, Edição e Escolha de Elenco, venceu para Melhor Ator Coadjuvante (Pitt).
Foi indicado ao César de Melhor Filme Estrangeiro.


Prêmio da Academia Japonesa de Cinema, para Melhor Filme de Língua Estrangeira. 
Recomendo!!! Muito bom!!! Veja e comente.

Alexandre, O Grande


Diretor: Oliver Stone
Atores: Collin Farrelll, Angelina Jolie, Val Kilmer, Anthony Hopkins, Rosario Dawson, Jonathan Rhys-Meyers, Christopher Plummer, John Kavanagh, Connor Paolo, David Bedella.
Gênero: Biografia
Duração: 175 minutos
Ano: 2005

Sinopse: Conquistando 90% do mundo até os 25 anos, Alexandre, o Grande, liderou seu exército por 35.000 km em ataques e conquistas em apenas 8 anos. Da minúscula Macedônia, Alexandre liderou seu exército contra o poderoso Império Persa, rumou para o Egito e finalmente chegou à Índia.


Uma biografia difícil de se contar, do grande imperador da Antiguidade, já pensada inúmeras vezes, mas só mesmo Oliver Stone para  aceitar o desafio, compondo um roteiro escrito a seis mãos,(Laeta Kalogridis e Christopher Kyle). Tiveram como inspiração para o roteiro, a história escrita pelo historiador britânico Robin Lane Fox. E acabou se tornando uma super produção dos Estúdios Warner, mas que apesar de um elenco estelar, não foi muito bem recebido pela crítica e também não teve um sucesso de público, como esperado. Alegam que não é um filme muito preciso na descrição dos fatos e que foi insuficiente no quesito detalhes, como por exemplo deixar de dar ênfase na questão da formação de Alexandre, que teve como professor nada menos que Aristóteles (sim, o filósofo); não aproveitou  para mostrar a sua capacidade de estrategista em batalhas que lutou ainda com seu pai; não mostra a fundação da cidade de Alexandria (332 aC), que logo se tornou o principal porto do norte do Egito, com sua localização privilegiada, na encruzilhada das rotas da Ásia, da África e da Europa, transformou a cidade num lugar ideal para concentrar arte, a ciência e a filosofia do Oriente e do Ocidente e que existe até hoje; não foi mostrado o primeiro embate com o Rei da Persa Dario, antes de o vencer na Batalha de Gaugamela e também não há nenhuma referência sobre a famosíssima história do Nó Górdio (resumindo: Lenda do período que dizia que quem conseguisse desfazer o tal nó, governaria o mundo e Alexandre, ao passar pela cidade, não desfez o nó, mas sim o partiu, mas que de qualquer forma a lenda se cumpriu!). E pior, não faz nenhuma alegação sobre a mais famosa Biblioteca do Mundo que foi construída por Ptolomeu I Soter no século IV aC e elevou a cidade ao nível de importância cultural de Roma e Atenas. E ainda: que a grandiosidade de Alexandre não conseguiu ser passada para a telona, que o ator escolhido por Stone para representar o personagem, Farrell não conseguiu convencer o público, com desempenho muito aquém do esperado, para uma figura tão mítica.


No filme a história de Alexandre é contada por Ptolomeu (Anthony Hopkins) ao seu escriba Cadmo (David Bedella), retratando as grandes conquistas e vitórias dos exércitos de Alexandre, e como elas foram com o tempo sendo esquecidas. De como ele era forte, quase um Deus, e mudou o mundo. Antes dele havia tribos e que depois dele tudo passou a ser possível. Ele tinha a idéia de que o mundo poderia ser governado por um só Rei. E construiu um império não só de terras e ouro, mas de mentes, criou uma civilização helênica aberta a todos. Antes havia o vasto Império Persa que dominava quase que todo o mundo conhecido e no Ocidente, as outrora cidade-estado gregas: Tebas, Atenas, Esparta haviam perdido o seu orgulho e em sua maioria, os gregos passaram a ser subornados pelos reis persas, com ouro e se tornaram mercenários. O pai de Alexandre, Felipe II, o Caolho (Val Kilmer), começou a mudar isso, unindo as tribos de pastores e os treinando para se tornarem guerreiros e Alexandre concluiu com excelência seu trabalho. Que Alexandre nasceu da união de Felipe, um pai indiferente e de Olímpia (Angelina Jolie), uma mãe que nutria por ele um amor possessivo e manipulador, sendo criado num ambiente de relações explosivas e conflitivas. Nasceu em Pela, Macedônia, em 356 aC, entre 20 e 30 de julho.
No filme, Stone em seu projeto ambicioso, trás a todos uma idéia mais ambígua de Alexandre, que ao mesmo tempo era corajoso e forte, apresentava conflitos e inseguranças. Em alguns momentos um tirano, em outros um sonhador, um visionário, que tinha sede de conquista, mas também de conhecimento e de novas descobertas, novas culturas, por isso não tornava o povo conquistado em real inimigo, mas em novos parceiros. Também aborda sua vida pessoal, sua bissexualidade, seu amor por Hefasthion e também por Roxanna. E acredito ser esta a razão de tanto desagrado do público e críticos ligados a Sétima Arte, esta quebra de paradigma: exposição de relações homoafetivas que eram tão marcantes nas civilizações gregas e depois nas romanas, ligadas a figuras tão fortes e másculas, porque não dizer poderosas, como se uma condição invalidasse a outra. O mesmo acontece com Aquiles, no filme Tróia de Wolfgang Petersen, que tinha um “amor especial”, por Pátroclo, mas que no filme, foi colocado como seu sobrinho. Acredito que Stone nos apresenta um ser humano, com sua complexidade e ambiguidade de comportamentos e não um “Deus” que a História é contada e assinalada, mas não podemos esquecer que foram escritas por homens, que desejam contar e nos fazer acreditar, sendo que tudo de acordo com suas óticas.     

       
Tem uma bela fotografia assinada por Rodrigo Pietro, Direção de Arte de Jan Roelfs e Trilha Sonora de Vangelis. Figurino de Jenny Beavan. Tudo impecável e grandioso, bem ao estilo Stone.
Em apenas 8 anos, Alexandre faz um feito que ficou marcado para sempre, espalhou a cultura grega pelo mundo, sendo que com 25 anos já havia conquistado praticamente o mundo conhecido até então, mas morre ainda jovem aos 33 anos, sendo envenenado. 
Curiosidades: Há registros de que Ptolomeu escreveu mesmo sobre Alexandre, mas que foi queimado quando ocorreu o grande incêndio da famosa Biblioteca de Alexandria e que se perdeu entre tantos outros registros de acontecimentos e fatos da época.    
Houve uma outra produção em 1956, dirigido por Robert Rossen e estrelado por Richrad Burton, Fredric March, Claire Bloom, entre outros.


Indicações e Premiações: só foi indicado ao Framboesa de Ouro, que é um prêmio de deboche, tipo o pior de tudo, para Filme, Diretor, Atriz, Ator, Ator Coadjuvante e Roteiro. 
Não concordo com esta opinião, mas...
Recomendo sim!!!





sábado, 23 de maio de 2020

História de um casamento


Diretor: Noah Baumbach
Atores: Scarlett Johansson, Adam Driver, Laura Dern, Ray Liotta, Azhy Robertson, Julie Hagerty, Merrit Wever
Gênero: Drama.
Duração: 137 minutos.
Ano: 2020

Sinopse: Nicole (Scralett Johansson), e seu marido Charlie (Adam Driver) estão passando por muitos problemas e decidem se divorciar. Os dois concordam em não contratar advogados para trtar do divócio, mas Nicole muda de idéia após receber a indicação de Nora Fanshaw (Laura Derna), especialista no assunto. Surpreso com a decisão da agora ex-esposa, Charlie precisa encontrar um advogado para tratar da custódia do filho deles, o pequeno Henry (Azhy Robertson).


Um filme despretencioso e que no fim agrada muuuito, com excelente roteiro, presença de uma abordagem ao mesmo tempo sensível, mas realista, apresentando conflitos reais e a perda do controle diante de algumas situações, onde se acreditava ter feito as melhores escolhas. Elenco afinado, com interpretações memoráveis, daí as três indicações nas categorias principais, além da indicação de filme e roteiro original. Charlie, diretor de teatro em ascenção, Nicole, atriz primorosa que deixou sua sua carreira para segundo plano, para cuidar do marido e do filho. Num momento se vêem num conflito na relação construída por ambos, a relação está desgastada e com a iminência do divórcio, os dois precisam encontrar uma forma de sobreviver ao doloroso processo. Mas quando envolvem outras pessoas no processo (advogados), ocorre um total mudança na trajetória do conflito. Sendo que o desfecho é maravilhoso e surpreendente. Acompanhamos e sofremos com cada personagem, pois cada um tem suas angústias e motivações para a separação e isso foi retratado com esmero pelos dois protagonistas, "Sentimos"  seus sofrimentos e ficamos torcendo por um desfecho feliz. Mostra as dicotomias de uma separação, um questionamento de como um casal que aparentemente se amava tanto caminhou para uma separação, o amor acabou?


E vemos claramente também e considerando que ainda vivemos em pleno Século XXI, mas a sociedade ainda é muito Patriarcal, no filme fica bem claro, as desvantagens que uma mulher possui pelo simples fato de ser mulher, na hora do divórcio. Fato!!! E o quanto ainda a mulher se anula, enquanto pessoa e profissional em função de outros papéis que exerce, principalmente como o de esposa e mãe. Particularmente acredito que é desta forma que nós mulheres estamos adoecendo cada vez mais, ao deixarmos para depois, os nossos sonhos e realizações, ao não olharmos com mais atenção para nós mesmas, nossas verdades e desejos.

Trilha Sonora impecável que serve de pano de fundo para apresentar bem os momentos de dor e tensão, tendo como diretor responsável Randy Newman. Figurinista Mark Bridges.
Curiosidades: Noah além de diretor também responde pela Roteiro e Produção. 
Selecionado na mostra "Competição!, no Festival de Veneza de 2019.
Foi líder na indicação a premiação Globo de Ouro de 2019.
Entre os expectadores, paira a dúvida se o diretor  Noah teria se inspirado no seu divórcio com a atriz Jennifer Jason Ligth anos atrás, para compor seu filme. Ele nega a associação e diz que usa no longa-metragem, apenas alguns detalhes autobiográficos.


Indicações e Premiações: ao Globo de Ouro, indicado para Melhor Filme em Drama, Ator, Atriz, Atriz Coadjuvante em Drama, Roteiro de Cinema, Trilha Sonora. Mas só venceu para Atriz Coadjuvante (Laura Dern).



Ao Oscar 2020, também teve praticamente as mesmas indicações e Laura Den ganhou para Melhor Atriz Coajduvante.
Ao Critic's Choice Award teve as mesmas indicações e ao BAFTA também, e as mesmas premiações.
Recomendadíssimo!!! Muito intenso e real, sem personagens clichês.





domingo, 17 de maio de 2020

Somente elas



Direção: Herbert Ross
Atores:  Woopi Goldberg, Mary-Louise Parker, Drew Barrymore, Mathew McConaughey, Billy Wirth, James Remar
Gênero: Drama
Duração: 116 minutos
Ano: 1995

Sinopse: Jane Deluca (Woopi Goldberg), uma cantora de casa noturna, é despedida e, visto isso, responde a um anúncio de Roben Nikerson (Mary-Louise Parker), que por enfrentar um sério problema deseja alguém para atravessar o país com ela. No caminho, param em Pittsburg e Holly Pulchik (Drew Barrymore), uma amiga de Jane, decide ir junto, após uma briga séria com Nick (Billy Wirth), seu namorado. Apaesar de terem comportamentos bem distintos e entrarem em choque, elas se sentem como se fossem uma família, enquanto tentam lidar com seus fantasmas. 


Filme tocante que aparentemente parece simples, daqueles que pensamos em assistir só para mero entretenimento, tipo como se diria anteriormente, "sessão da tarde", mas a medida que vamos vendo, ficamos encantados. Tem um enredo muito bom, onde aborda o valor da amizade, de como pessoas tão diferentes, com seus dramas individuais, podem encontrar e descobrir afinidades que fará toda diferença na vida de cada uma delas, acabando por criar laços fortes e duradouros. Semelhante ao que acontece na animação que amo: A era do gelo, onde a mensagem clara é de que é possível se formar família/bando, sem necessariamente ser da mesma espécie. Lindo demais!!! E claro, que a esta relação especial não é construída do dia para a noite e nem idealizada como gostaríamos, mas é possível!!! O elenco está de primeira, temos Jane (Woopi) excelente, como sempre, na pele de uma cantora negra e que está desempregada; Robin (Mary-Louise), uma agente imobiliária branca, que guarda um segredo; Holly (Barrimore) também branca que está tentando sair de um relacionamento difícil com o namorado, e o "gato" do Mathew, fazendo o policial Abe Lincoln. O roteiro de Don Roos agrada, onde três  mulheres saem em uma aventura por vários estados americanos em busca de compreensão, liberdade e respeito. Filme que mostra a força do protagonismo feminino em plena década de 90, o que não deve ter sido algo fácil, o diretor Ross conseguir gravar e contar sua história, trazendo a reflexão temas ainda tão polêmicos até então (e de certa forma, ainda é até hoje) e de maneira tão adulta. É um filme que poderia ter sido muito bem divulgado, ter tido mais valor e aceitação, mas que deve ter tido muitas barreiras e assim, passou quase que despercebido pelo expectador, por abordar de forma inteligente e sutil, temas e suas nuances, de racismo, homofobia e 
relacionamentos abusivos. 


Tem excelentes músicas e trilha sonora (You got it, de Bonnie Railt; Somebody stand by, de Stevie Nicks; Everyday in like sunday, de The pretenders; Dreams, de  The cranberries e outros, tendo como Diretor musical, David Newman. Fotografia de Donald E. Thorin.
Curiosidade: o filme em Portugal teve a tradução para Homens à parte. Acabou tendo uma bilheteria bem discreta e proporcional ao seu gasto, por pura falta de interesse em sua divulgação.
Indicações e Premiações: Prêmio GLAAD Média, de Melhor Filme Marcante e Melhor Atriz Woopi Goldberg.

Filme leve, divertido e muito envolvente. Recomendo!!!

sábado, 2 de maio de 2020

Um grito de liberdade

 


Diretor: Richard Attenborough
Atores:  Denzel Washington, Kalvin Klein, Penelope Wilton, Kevin Mc Nally, Josette Simon, John Hargreaves, Julian Glover
Gênero: Drama
Duração: 157 minutos
Ano: 1987

Sinapse: Donald Wood (Kevin Klein) [e editor chefe do Jornal Daily Dispatch na África do Sul. Ele tem escreito diversas críticas sobre a visão de Steven Biko (Denzel Washington), militante negro que luta contra o "aparatheid". Mas depois de conhecer Biko pessoalmente, muda sua opinião. Eles passam a se encontrar com frequência e isso significa que Woods e sua família começam a receber uma atenção especial da polícia local. Woods acaba por escrever uam biografia do militante, porêm, a única forma de ter seu livro piblicado, é saindo do país.



Mais um filme que para mim foi muito marcante, por apresentar o tema racismo. Sou muito sensível quando a abordagem são discriminações/preconceitos, costumo referir que as minhas vivências na fase infanto-juvenil tive experiências incríveis, somadas a uma educação "mais mente aberta", tive a oportunidade de conviver com uma gama enorme de pessoas significativas, ainda que cada uma à de sua maneira, o que possibilitou e me foi possível ampliar este leque de aceitação da figura humana, sem as limitações criadas por uma sociedade preconceituosa em relação a raças, credo, gênero e condição social e de saúde. Então quando entro em contato com isso, ainda que seja na ficção, fico muito "mexida emocionalmente", acreditando estar diante de algo inaceitável e de uma crueldade sem tamanho. 
O filme foi dirigido por Attenborough, já nosso conhecido por outros filmes memoráveis como Gandhi (1.982) e Chaplin (1.992) e fez mais esta obra-prima! Retrata a amizade sincera entre Woords (jornalista branco) e Biko (ativista negro), que acaba por quebrar todas as barreiras  das cores, raças e crenças e que cresceu em laços humanos. O filme realmente impressiona, somos tocados profundamente pelo drama vivido pelos negros na África do Sul (claro que aqui no Brasil não tenha sido menos dolorosa e vergonhosa a escravidão, mas o que choca é que lá, eles foram obrigados a viver, como se fossem "estrangeiros", dentro de seu próprio país), nas condições quase não humanas do "Apartheid" (separação, regime de segregação racial, implementado em 1948 pelo pastor protestante Daniel François Malm, que era branco e então, Primeiro Ministro na época, que fazia parte do Império Britânico que dominou os territórios dos nativos e relegou o povo a perder todos os direitos de cidadão, na saúde, educação e em tudo, implementando uma brutal discriminação racial, acabando por segregá-los a assentamentos isolados. O regime foi adotado pelos sucessivos governos do Partido Nacional até 1994, quando houve a realização, depois de muitas negociações e interferências políticas  internacionais, de eleições multirraciais e democráticas, sendo vencidas pelo Congresso Nacional Africano, sob a direção de Nelson Mandela). Foi um período que ficou marcado na história da Humanidade, o quanto o ódio racial pode causar danos psicológicos e afetivos, que deixam sequelas para sempre.


As músicas são lindas e envolventes, tendo como responsável George Fenton e Jonas Gwangwa. O roteiro foi idealizado por John Briley, baseado nos livros de Donald Woods. Os dois atores principais, Klein e Denzel, estão impecáveis em suas atuações, imprimindo um sentimento em nós de profunda admiração e respeitos mútuos.
Foi o primeiro filme que eu assisti com o Denzel e saí pensando do cinema, além de o achar lindo, que ele iria fazer muito sucesso, pois teve uma atuação perfeita, uma de suas interpretações  mais marcantes para mim, como o personagem Biko. Algo semelhante ocorreu quando vi o "nosso" Lázaro Ramos em Madame Satã (2002), pela primeira vez. Fiquei surpresa! Filme impactante e sai "apaixonada" por Lázaro, pela força de seus belos olhos negros e pela força de seu olhar; e pensei: este ator vai simplesmente "bombar" na sua carreira!!! E não é que acertei na predição dos dois!!! Rsrsrs Ambos são extremamente admirados e respeitados como atores, reconhecidos no mundo todo. 
Curiosidades: este filme pertence a uma coletânea de imagens filmadas por um grupo de jornalistas que cobriu a guerra da África do Sul, nos anos 1980. Foi rodado em locações principalmente no Zimbabwe, devido â turbulência política na áfrica do Sul, no momento da produção.
Segundo o diretor, alguns dos integrantes do elenco são exilados da África do Sul.
Indicações e Premiações: foi indicado ao Oscar 1988 nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante (Denzel), Canção Original e Trilha Sonora Original, mas infelizmente não levou nenhuma estatueta.
Ao Globo de Ouro, foi indicado para Melhor Diretor em cinema, Filme Drama, Trilha Sonora Original em cinema,  Ator de cinema em drama (Denzel Whasington).
Ao Grammy em 1989, foi indicado na categoria de Melhor Canção escrita para o cinema (Cry Freedom).

Ao BAFTA: foi indicado nas categorias de Melhor Filme, Direção, Ator Coadjuvante (John Traw), Fotografia, Edição e Trilha Sonora. Venceu na categoria de Melhor Som.
No Festival de Berlim em 1988, recebeu o Prêmio da Paz - Menção Honrosa. 
Recomendo! Muito convincente e comovente!!!