domingo, 26 de abril de 2020

Anna e o Rei




Diretor: Andy Tennant
Atores: Jodie Foster, Chow Yun-Fat, Bai Ling, Tom Felton, Randall Duk Kim
Gênero: Drama
Duração; 148 minutos
Ano: 1.999

Sinopse: Em 1.860, a professora inglesa Anna Leonowens (Jodie Foster), viúva, viaja para o Sião para ser tutora dos 58 filhos do Rei Mongkut (Chow Yun-Fat). Aos poucos ela se envolve nos casos do Rei, como o plano de uma concumbina e uma guerra orquestrada pela Inglaterra. Diverg~encias de cultura e até o início de um romance marcam o relacionamento enter Anna e o Rei Mongkut.

Filme com uma fotografia espetacular, belas imagens, com produção detalhista, com cenários muito bem cuidados; figurino lindo e uma mensagem tocante de amor e respeito entre duas pessoas de mundo completamente diferentes, com valores às vezes adversos, mas que encontram uma forma de convivência saudável apesar dos temperamentos fortes,  desencadeando uma admiração mútua, e com um senso de abnegação incríveis. No filme, Anna defende suas idéias sobre o amor, justiça, lealdade e sobre sua verdadeira aversão à escravidão presenciada. Descobre que o Rei além de orgulhoso, arrogante e egoísta, tinha um coração: amava realmente sua família e tinha uma visão até positiva demais e voltada para o mundo ocidental, o que não combinava muito com sua posição de Monarca. O filme teve como base o livro homônimo, escrito por Margareth Landon, que por sua vez, escreveu baseada nos diários de Anna Leonowens, portanto o filme está pautado sobre fatos reais.


É uma refilmagem de Anna e o Rei do Sião (1.946, com Irenne Dunn e Rex Harrison) e O Rei e Eu (1.956, com Deborah Kerr e Yul Brynner). Também já teve a história encenada em vários palcos.
Tem músicas lindas tendo como responsável George Fenton e Robert Kraft, como: How could I not love You, What do I tell my heart e outras.
Curiosidades: As atrizes Kate Winslet, Emma Thompson, Shannen Dohert e Alysia Milano estiveram cotadas para protagonizar este filme. A atriz Bai Ling raspou a cabeça para viver a personagem Tuptim.
A atriz Jodie Foster, para atuar como Anna, recebeu um cachê de 15 milhões de dólares, o maior de sua carreira, até o momento. E numa entrevista, ao ser indagada sobre ela acreditar se houve um romance entre os personagens principais do filme, ela diz que "não acredito no romance entre Anna e o Rei, nunca existiu. Acredito que ela teve uma queda por ele. Ela o respeitava e se sentia mentalmente atraída por Ele. Não acho que Ele percebesse, mas a respeitava de modo diferente do que às outras mulheres de sua vida, talvez pelo fato de Anna se relacionar de igual para igual com o Rei".


O filme foi todo filmado na Malásia, porque o governo da Tailândia repudiou desde o início o roteiro apesar de ajustes realizados, proibindo as filmagens e depois a exibição do filme no país, devido a suposta relação do Rei e Anna e a imagem mostrada do Rei Mongkut, desagradaram a Monarquia atual Tailandesa, por serem muito conservadores.
O filme teve certa ambiguidade na sua aceitação, pois parece não ser muito fidedigno em relação às datas históricas e por não deixar mais claro, a conclusão das relações entre o Sião e o mundo ocidental. Também com relação ao fato de que o Rei na época retratada já ter 65 anos e não ser tão  charmoso e viril, como foi mostrado e tão bem interpretado pelo belo ator chinês Chow Yun-Fat.
Indicações e Premiações:  Oscar 2.000, indicado nas categorias para Melhor Direção de Arte, Ian Whitaker e Luciana Arrighi (perdeu para Rick Heinrichs, decoração de Peter Young, por A lenda do cavaleiro sem cabeça), realmente também um primor, e Melhor Figurino de Jenny Beavan, mas não venceu para nenhum dos dois.


Ao Globo de Ouro; Vencedor nas categorias de Melhor Trilha Sonora, Canção Original How could I not love You.
Ao Satélite Award, ganhou para Direção de Arte, Fotografia e Figurino.


Recomendadíssimo!!! O filme é lindo, de encher os olhos. Emocionante!!!

sexta-feira, 17 de abril de 2020

Coringa


 Diretor: Toddy Phillips
Atores: Joaquin Phoenix, Robert De Niro,  Zazie Beetz, Frances Conroy, Brett Cullen, Douglas Hodge
Gênero: Suspense
Duração: 122 minutos
Ano: 2019





Sinopse: Em Coringa, Arthur Fleck (Joaquin Phoenix) trabalha como palhaço para uma agência de talentos e, toda semana precisa comparecer em uma agência social, devido a seus conhecidos problemas de saúde. Após ser demitido, Fleck reage mal a provocação de três homens  em pleno metrô e os mata. Os assassinatos iniciam um movimento popular contra a elite de Gotham City, da qual Thomas Wayne (Brett Cullen) é seu maior representante. 


Filme excelente, para mim o melhor do ano e estava torcendo por ele na Premiação do Oscar 2020. O filme mostra um Coringa, um personagem realista, não se tratando de um filme de super ou anti herói, é um filme para adulto e não infanto juvenil. É pesado e perturbador, retrata o lado sombrio do personagem, doente, solitário e que depois de tantos maus tratos e abusos recebidos por tudo e por todos, literalmente abandonado por uma sociedade  injusta e perversa (fica até difícil identificar o mais doente), rompe com todos os valores éticos e sociais. Ele me remeteu momentaneamente  a outro filme, do personagem de Michael Douglas em Um dia de fúria (1.993), que diante de tantas circunstâncias experimentadas chega ao ponto de pensar, dane-se!!! Não tenho mais nada a perder, já perdi tudo!!! Ambos, cada um à sua maneira, impactante!!!


Foi muito bem dirigido por Toddy, que também responde pelo roteiro, junto com Scott Silver, escrito em 2017 (impecável). Foi sendo construído um personagem tão perturbador sem precisar usar nenhum tipo de recurso de efeitos especiais, sua liberdade e imprevisibilidade causam arrepios. Teve a interpretação extraordinária de Joaquin Phenix, que o faz com tamanha maestria que temos sentimentos ambiguos por ele, desenvolvemos sentimentos ora de empatia, ora de medo. O filme foi ambientado no ano de 1.981 e teve grande inspiração nos filmes de Scorcese, que até inicialmente estava ligado à produção, mas que acabou deixando de lado por não conseguir conciliar, devido a outras obrigações, pois já estava envolvido com sua grande produção também, O Irlandês. E também no romance gráfico Batman - The killing Jocker (1.998). As filmagens ocorreram entre setembro e dezembro de 2018 em Nova York, Jersey City e Newark. Estreou no Festival Internacional de Cinema de Veneza em 31 de agosto de 2019, quando recebeu o prêmio máximo do evento, o Leão de Ouro.


Fotografia de Lawrence Sher e Música de Hildur Guonadóttir.
Curiosidades: A Warner Bros. fez pressão para que Toddy Phillips escalasse Leonardo Di Cáprio para viver o cinema , mas ele foi enfático que o seu Coringa, só poderia ser interpretado por Phoenix. Talvez com a intenção de manter Scorcese  na produção. Joaquin Phoenix, emagreceu 23 kg, para vivenciar o personagem e revelou que achar a risada o personagem foi a parte mais difícil de sua performance e que aperfeiçoá-la, baseou-se em pessoas que sofrem de risadas patológicas. Não fica claro no filme qual ou quais são as patologias do personagem (problemas psicológicos e neurológicos), só é enfatizado que ele toma sete medicações. O que se pode supor é que o personagem parece ter uma personalidade do tipo Boderline (Transtorno de Personalidade e "transtorno mental grave caracterizado por um padrão de instabilidade contínua no humor, no comportamento, auto-imagem e funcionamento"), sofre possivelmente do que é chamado Crise de Epilepsia Gelástica, que diante de situações de estresse, a pessoa ri ou chora, sem controle. Também tem Delírios que são juízos falsos da realidade e que aparecem como idéias ou crenças distorcidas, não encontrando correspondência no ponto de vista de terceiros. Sabe-se que todos estes transtornos podem ter origem em causas orgânicas, que por minúsculas que sejam podem ser a base de muitos distúrbios. No caso do Coringa, o que vemos parece ser algo assim, parece haver uma dissociação entre um e outro: Arthur tem uma personalidade frágil, sofrida, e detalhe, fazendo uso de sua mão direita, como dominante. Enquanto que a do Coringa, quando aparece se mostra mais forte, mais adaptada para lidar e enfrentar a realidade, para poder sobreviver ao caos, parecendo ter desenvolvido uma personalidade muito próxima da Sociopatia, como uma resposta emocional diante das brutalidades que sofreu ao longo de sua vida e das regras sociais. É percebido uma mudança no seu comportamento, quando se auto define Coringa está mais forte, seguro, não tem o descontrole do sorriso e se sente livre para fazer o que quiser, até matar; e se torna canhoto. 
A atriz Frances McDormand recusou a oferta para retratar a mãe de Arthur e Frances Conroy que acabou sendo escalada. O ator Alec Baldwin foi escalado para ser o Thomas Wayne, mas desistiu por estar com conflito de agenda.


Indicações e Premiações: recebeu 11 indicações ao Oscar 2020, para Melhor Filme, Diretor, Roteiro Adaptado, Fotografia, Figurino (Mark Bridges), Edição e Mixagem de Som, Maquiagem e Cabelo, Montagem. Ganhou para Melhor Ator e Trilha Sonora/Banda.
Ao Globo de Ouro, foi indicado para Melhor Filme Drama e Diretor, venceu para Melhor Filme em Drama e Trilha Sonora.

Ao BAFTA, também foi indicado para 11 categorias, praticamente as mesmas do Oscar, a diferença é que tem para Melhor Elenco, que venceu, assim como para Melhor Ator e Trilha Sonora.
Recomendadíssimo!!! Imperdível!!!

Psicose



Diretor: Alfred Hitchcook
Atores: Anthony Perkins, Janet Leigh, Vera Miles, John Gavin, Martin Balsan, John MacIntire
Gênero: Suspense
Duração: 109 minutos
Ano: 1.960

Sinopse: A secretária Marion Crane (Janet Leigh) apropria -se de 40 mil dólares da imobiliária onde trabalha, em Phoenix (Arizona), para pagar as dívidas do noivo e se casar. Foge e durante uma tempestade decide passar a noite em um motel decadente que encontra pelo caminho. Lá conhece o educado e tímido proprietário Norman Bates (Anthony Perkins), um jovem com interesse em taxidermia (termo grego que significa "dar forma à pele"; é o feito de montar ou reproduzir animais para exibição ou estudo), e com uma relação conturbada com sua mãe. O que parece uma simples estadia no local se torna uma verdadeira noite de terror.
 


Psicose: quando a realidade é experimentada e vivenciada de forma distorcida.
Um dos filmes clássicos de Alfred Hitchcook, apresentado em 1.960 e foi um divisor de águas no cinema, considerado obra prima do filme de suspense, ainda que inicialmente tenha tido muitas críticas mistas, mas em razão da excelente bilheteria, acabou tendo uma reconsideração que o levou a uma aclamação da crítica e quatro nomeações ao Oscar de 1.961. Foi baseado no romance de Robert Bloch, que foram por sua vez, inspirado nos crimes do assassino de Winconsin, Ed Gein. Hithcook comprou os direitos autorais do romance, teria comprado também as cópias para preservar as surpresas do romance, e propôs aos executivos dos Estúdios Paramount o financiamento do projeto, mas foi recuado. Hithcook então resolveu financiar ele mesmo e procurou outro estúdio, o Universal-Internacional, fazendo uma filmagem rápida e em preto e branco, para diminuir custos. Que azar da Paramount, né? O filme estabeleceu um novo nível de aceitabilidade para a violência, comportamento desviante e sexualidade. Custou 800 mil dólares e faturou 40 milhões. Inicialmente se pensou em classificá-lo como filme Terror, mas por fim foi classificado com suspense e ele cumpre perfeitamente o seu papel, uma vez que não conseguimos imaginar o desenrolar de cada cena, totalmente imprevisível, tem um roteiro inteligente e tão bem construído e com sequência de cenas precisas, que o expectador fica preso, focado o tempo todo em cada detalhe. Cria uma tensão psicológica quase que palpável, pois os personagens estão envoltos em culpa, medo, angústia, solidão, pânico e somos levados a sentir toda esta gama de sentimentos em cada cena apresentada. O personagem de Perkins, seu Norman Bates, está perfeito! Em total instabilidade emocional, ora ficamos encantados e com desejo de proteção diante de tanta vulnerabilidade, para depois ficarmos assustados e surpresos quando entendemos e vemos a intensidade de seu descontrole. É possível vislumbrar então, como um Complexo de Édipo não bem elaborado e associado a uma educação perversamente autoritária, pode desencadear.


Curiosidades: Hoje o filme é considerado como um dos melhores filmes de Hitchcook e elogiado como uma obra de arte cinematográfica por críticos internacionais de cinema e e estudiosos da área. Classificado entre os Melhores Filmes de todos os tempos. Hitchcook nunca ganhou um Oscar por seus filmes. Anos depois ganhou um Oscar Honorário por sua contribuição ao cinema, como prêmio de consolação. Confirmando a idéia de como a Academia de Cinema, pode ser injusta!!! O mesmo ocorrendo com a Trilha Sonora, de Bernard Hermann que é uma das mais conhecidas e copiadas, também não teve a premiação merecida. E Perkins também nem chegou a ser indicado. Figurino de Helen Colvig.
Após a morte de Hitchcook, em 1.980, a Universal Stúdios, distribui três sequências (Psicose 2 em 1.983; Psicose 3, em 1.986 e Psicose 4 - A revelação em 1.990), um telefilme e uma série de TV. Mas só o primeiro foi dirigido por Hitchcook. Em 1.998, foi refilmado por Gus Van Sant, mas não teve o mesmo sucesso de seu antecessor.
Várias atrizes estiveram cotadas para o papel de Marion Crane: Eva Marie Saint, Martha Hyer, Piper Laurie, Hope Lange e Lana Turner.


Uma modelo foi utilizada por Hicthcook, em algumas cenas do chuveiro, na intensão de criar realismo. Foi filmado em preto e branco, também por opção do diretor, por considerar que as cores no filme, ficaria "ensanguentadas demais", entre outras coisas. E para criar a cena do sangue no chuveiro, foi utilizada calda de chocolate. O som ouvido de facão, na verdade era o som de um facão cortando um melão.
Indicações e Premiações: Oscar 1.961, foi indicado nas categorias de Melhor Diretor, Atriz Coadjuvante (Janet Leigh) Fotografia (John L. Rissell) e Direção de Arte.
Ao Globo de Ouro: venceu na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante.
E ao Prêmio Edgar 1.961 (Edgar Allan Poe Award) EUA, venceu para Melhor Filme.

domingo, 5 de abril de 2020

A favorita


Diretor: Yorgos Lanthinos
Atores: Olívia Colmann, Rachel Weisz, Emma Stone, Nicholas Hoult, James Smith, Jenny Reinford
Gênero: Biografia
Ano: 2019
Duração: 120 minutes

Sinopse: a Inglaterra está em guerra com a França. A frágil rainha Anne da Grâ-Bretanha (Olívia Colmann), ocupa p trono e uma amiga próxima Sarah Churchill, Duquesa de Malborough (Rachel Weisz),  governa em seu nome e enquanto cuida da saúde e do temperamento instável da rainha, uma nova empregada Abigail (Emma Stone) chega à corte, seu parentesco a aproxima de Sarah, que a coloca sob suas asas, e Abgail vê isso como a chance de retornar ao seu status na aristocracia. E conforme as políticas de guerra tomam cada vez mais o tempo de Sarah, Abgail começa a se aproximar cada vez mais da rainha. Essa amizade a deixa mais próxima de alcançar seus objetivos , e ela não vai deixar nenhuma mulher, homem ou política ficarem em seu caminho.


Filme interessante que trás o universo feminino visto de uma ótica mais debochada e cínica do diretor grego Yorgos, que tem como característica apresentar temas que parecem ser do cotidiano, mas que vai muito além da normalidade, neste filme ele trás o luxo e esplendor visual da corte inglesa, mas seus personagens são grosseiros e pouco refinados e seu foco é na intriga entre as três personagens, com cenas bizarras e hilárias. Ou seja, com uma visão muito cínica da época, onde o universo é feminino (o poder está na mão das mulheres), todas as decisões são tomadas a parir delas, inclusive a sexual, os homens são apresentados como personagens superficiais e muitas vezes ridicularizados, neste filme ocupam um lugar realmente secundário e por que não dizer substituíveis. Uma visão muito diferente do que já foi apresentando em outros filmes anteriormente, como Razão e sensibilidade (1.995), Ligações perigosas (1.988), Orgulho e preconceito (2.005) e A outra (2.008), onde apesar de toda intriga, as mulheres eram de certa forma subjugadas à figura masculina, a uma visão machista da sociedade. Neste filme, as mulheres tem um  comportamento muito parecido com o que os homens tiveram durante séculos, não são diferentes e nem melhores, tem comportamentos iguais. O filme também aborda perdas (afetivas e de poder) e como cada um se posiciona diante disso e mais ainda, insinua um questionamento sobre a exerção do poder ser inversamente  proporcional à maternidade.  

O elenco realmente afinado, as atrizes principais estão maravilhosas, tanto que foram indicadas nas categorias de Melhor Atriz (Olívia) e Atriz Coadjuvante (Stonne e Weisz), levaram a rivalidade da ficção pra a vida real, ambas disputando a mesma premiação. 
Curiosidades: O filme foi escrito a partir de um roteiro escrito por Deborah Davis e Tony McNarara. Teve sua estréia mundial no 75  Festival Internacional de Cinema de Veneza em 30/08/18. No EUA, em 23/11/18 e foi aclamado pela crítica, foi elogiado no seu roteiro, direção, cinematografia, música, figurino, valores de produção e as atuações das atrizes principais.
O reinado da Rainha Anne foi de 1.702 a 1.714, herdou o trono do seu tio, o Rei Carlos II, que não teve filhos legítimos. Anne  governou por 12 anos, período onde sofreu muitos problemas de saúde (depressão, gota), perdeu 17 dos filhos que teve com seu marido (nem mencionado no filme), o Príncipe Jorge, da Dinamarca. Alguns fontes, dizem que ela não era bem como foi retratada no filme, não era tão imatura, temperamental, histérica e alienada, como foi mostrado no filme; mas que devido as doenças e dores terríveis que sentia, foi se afastando de suas principais responsabilidades. O filme é baseado na história real das personagens.
É uma trama "picante" também, por abordar relações homossexuais dentro da realeza britânica e isso é algo que não acontece todo dia. Rsrsrsr
Kate Winslet foi originalmente escolhida para compor o elenco, mas desistiu de seguir com o filme e Rachel a substituiu. O elenco inclui duas vencedoras de Oscar, Emma Stone em La La Lend (2.017) e Rachel por O jardineiro fiel (2.006). É o primeiro filme que o diretor não escreve o roteiro. É o segundo filme que o diretor e a atriz Rachel trabalham juntos, o primeiro foi em O lagosta (2.015). É o segundo filme que os atores Rachel e Nicholas atuam juntos, o primeiro foi em Um grande garoto (2.002).

Indicações e Premiações: teve 10 indicações para o Oscar, para Melhor Filme, Direção,  Roteiro Original, Montagem, Designer de Produção,  Atriz Coadjuvante (2), Fotografia (Robbie Ryan) e Figurino (Sandy Power),  mas só levou um, de Melhor Atriz (Olívia Colmann). Eu particularmente estava torcendo pela atriz Gleen Close, acredito que tenha tido um desempenho mais expressivo que o da Olívia e já foi indicadas outras vezes e nunca ganhou, como por exemplo em Atração fatal (1.988), Ligações Perigosas (1.989) e Albert Nobbs (2.011).

Ao Globo de Ouro, teve 5 indicações: Filme Comédia ou Musical, Atriz, Atriz Coadjuvante e Roteiro, venceu para Melhor Atriz em Comédia ou Musical (Olívia Colmann). 
Já ao BAFTA, "fez a festa", foi indicado e ganhou nas principais categorias: Melhor Filme Britânico, Atriz, Atriz Coadjuvante (Rachel Weisz), Roteiro Original, Direção de Arte e Figurino. 
Prêmio Marcello Mastroianni para Melhor Atriz (Colmann)
No Festival de Veneza para Melhor Roteiro.
Recomendo!!! Filme visualmente lindo e com diálogos muito bons, cada personagem tem uma personalidade ao mesmo tempo complexa e cativante..
É um filme que poderia ser colocado em várias categorias, como Drama e Comédia, apesar de ser um humor negro. 

O último dos Moicanos


Diretor: Michael Mann
Atores: Daniel Day Lewis, Madeleine Stone, Russell Means, Steven Waddington, Jodhi May, Eric Schweig, Wes Studi, Maurice Roeves.
Gênero: Épico
Duração: 122 minutos
Ano: 1.992



Sinopse: em solo americano, tropas britânicas e francesas disputam o domínio de território, enquanto uma terceira força, formada pelas inúmeras tribos indígenas também entra na batalha, fazendo negócio com um ou outro lado. Em meio a esta disputa sangrenta pelo continente norte americano, um homem branco, criado por um índio Moicano se envolve com a filha de um oficial inglês, e pretende tirá-la do meio do combate.



Mais um épico que fez um grande sucesso, sua trama é baseada no livro, publicado pela primeira vez em Janeiro de 1.826, de James Fenimore Cooper. Aborda o problema político de 1.757, durante a Guerra Franco-indígena (parte da Guerra dos Sete Anos), nas Montanhas Adirondack, no que era então a Colônia Britânica de Nova York. Ingleses e franceses brigam por uma hegemonia, e como sempre, sem medir as consequências no que isso traria para os nativos, mostra o choque de valores da cultura do homem branco e o povo indígena, já dizimada nos EUA. E três viajantes, o mais velho Chingachook (Russelll Means), é o último chefe da Tribo dos Moicanos, seu filho Uncas (Eric Schweig) e seu filho adotivo branco Nathaniel Poe/Hawkeye (Daniel Day Lewis), buscando um novo lar, acabam se envolvendo no conflito e tentam buscar equilíbrio e justiça na situação. As atuações estão excelentes, principalmente Daniel, que como sempre está impecável/convincente com Nathaniel, este ator britânico é famoso por ir ao extremo na preparação para os seus personagens. Para este filme, ele viveu durante um tempo em um lugar selvagem, que poderia ter sido o local escolhido para as filmagens do longa, onde ficou caçando e pescando; vivendo fora de lugares urbanos alguns meses antes das gravações. Tem uma Trilha Sonora daquelas que marcam as nossas memórias, elaborada por Trevor Jones e Randy Edelman, sendo que o tema principal foi basada na melodia, The Gael, do cantor e compositor escocês Dougie MacLean. Com ótimos cenários e história de época. E a fotografia é de notável beleza, com magníficas paisagens, linda demais assinada por Dante Spinotti. Figurino de Elsa Zamparelli.


Apesar de ter gostado muito do filme, senti que tudo se passa rápido demais e a história poderia ter sido melhor aprofundada; ainda que o filme, no seu contexto geral seja grandioso, fiquei com a sensação de que ficou faltando algo.

Curiosidades: O filme foi gravado na Carolina do Norte. A mãe da atriz Jodhi Mae, que faz a Alice Munro, estava presente no set de filmagem o tempo todo e não permitira que houvesse uma cena de amor entre o personagem da filha e do Eric Schweig (Uncas). Esta atriz, Jodhi, declarou ter ficado muito chateada pois grande parte de seu personagem desapareceu após a edição na sala de cortes, só aparecendo a garota frágil e assustada.
Um dos pumas que aparece no filme, vive agora no Hollywild Animal Park, na Califórnia.
Vai ganhar uma série na HBO Max, com a mesma Diretora de Watchmen.
Michael Mann dirige, foi colaborador n Roetiro e na Produção.
Indicações e Premiações:  Ganhou o Oscar 1.993 para Melhor Mixagem de Som (Chris Jenkins, Doug Hemphill e Simon Kaye).
Acredito ter sido um injustiça não ter sido indicado na categorias de  Melhor Fotografia, Figurino e Música Original. Os ganhadores nestas categorias foram: Fotografia, Nada é para sempre, de Phillipp Rousselot, tendo como concorrentes: Retorno a Howards End, Os imperdoáveis, Hoffa - um homem, uma lenda e O amante. O Figurino foi Eiko Ishioka, por Drácula de Bran Stocker, tendo como outros concorrentes: Um sonho de Primavera, Retorno a Howards End, Malcolm X e A revolta dos brinquedos. E quanto à Musica Original, a premiada foi Alladdin (A whole new world) de Allan Menken, as outras indicações foram: Instinto selvagem, Chaplin, Retorno a Howards End e Nada é para sempre. Sei que eram concorrentes fortes mas...


Ao Globo de Ouro, foi indicado a Melhor Trilha Sonora para cinema. Mas também não ganhou.
Ao BAFTA: foi indicado em várias categorias: Melhor Ator (Daniel), Figurino, Som, Trilha Sonora e Desenho de Produção, Roteiro. Venceu nas categorias: Fotografia e Maquiagem (Peter Robb-King).
Recomendo!!!