Diretor: Yorgos Lanthinos
Atores: Olívia Colmann, Rachel Weisz, Emma Stone, Nicholas Hoult, James Smith, Jenny Reinford
Gênero: Biografia
Ano: 2019
Filme interessante que trás o universo feminino visto de uma ótica mais debochada e cínica do diretor grego Yorgos, que tem como característica apresentar temas que parecem ser do cotidiano, mas que vai muito além da normalidade, neste filme ele trás o luxo e esplendor visual da corte inglesa, mas seus personagens são grosseiros e pouco refinados e seu foco é na intriga entre as três personagens, com cenas bizarras e hilárias. Ou seja, com uma visão muito cínica da época, onde o universo é feminino (o poder está na mão das mulheres), todas as decisões são tomadas a parir delas, inclusive a sexual, os homens são apresentados como personagens superficiais e muitas vezes ridicularizados, neste filme ocupam um lugar realmente secundário e por que não dizer substituíveis. Uma visão muito diferente do que já foi apresentando em outros filmes anteriormente, como Razão e sensibilidade (1.995), Ligações perigosas (1.988), Orgulho e preconceito (2.005) e A outra (2.008), onde apesar de toda intriga, as mulheres eram de certa forma subjugadas à figura masculina, a uma visão machista da sociedade. Neste filme, as mulheres tem um comportamento muito parecido com o que os homens tiveram durante séculos, não são diferentes e nem melhores, tem comportamentos iguais. O filme também aborda perdas (afetivas e de poder) e como cada um se posiciona diante disso e mais ainda, insinua um questionamento sobre a exerção do poder ser inversamente proporcional à maternidade.
O elenco realmente afinado, as atrizes principais estão maravilhosas, tanto que foram indicadas nas categorias de Melhor Atriz (Olívia) e Atriz Coadjuvante (Stonne e Weisz), levaram a rivalidade da ficção pra a vida real, ambas disputando a mesma premiação.
Curiosidades: O filme foi escrito a partir de um roteiro escrito por Deborah Davis e Tony McNarara. Teve sua estréia mundial no 75 Festival Internacional de Cinema de Veneza em 30/08/18. No EUA, em 23/11/18 e foi aclamado pela crítica, foi elogiado no seu roteiro, direção, cinematografia, música, figurino, valores de produção e as atuações das atrizes principais.
O reinado da Rainha Anne foi de 1.702 a 1.714, herdou o trono do seu tio, o Rei Carlos II, que não teve filhos legítimos. Anne governou por 12 anos, período onde sofreu muitos problemas de saúde (depressão, gota), perdeu 17 dos filhos que teve com seu marido (nem mencionado no filme), o Príncipe Jorge, da Dinamarca. Alguns fontes, dizem que ela não era bem como foi retratada no filme, não era tão imatura, temperamental, histérica e alienada, como foi mostrado no filme; mas que devido as doenças e dores terríveis que sentia, foi se afastando de suas principais responsabilidades. O filme é baseado na história real das personagens.
É uma trama "picante" também, por abordar relações homossexuais dentro da realeza britânica e isso é algo que não acontece todo dia. Rsrsrsr
Kate Winslet foi originalmente escolhida para compor o elenco, mas desistiu de seguir com o filme e Rachel a substituiu. O elenco inclui duas vencedoras de Oscar, Emma Stone em La La Lend (2.017) e Rachel por O jardineiro fiel (2.006). É o primeiro filme que o diretor não escreve o roteiro. É o segundo filme que o diretor e a atriz Rachel trabalham juntos, o primeiro foi em O lagosta (2.015). É o segundo filme que os atores Rachel e Nicholas atuam juntos, o primeiro foi em Um grande garoto (2.002).
Indicações e Premiações: teve 10 indicações para o Oscar, para Melhor Filme, Direção, Roteiro Original, Montagem, Designer de Produção, Atriz Coadjuvante (2), Fotografia (Robbie Ryan) e Figurino (Sandy Power), mas só levou um, de Melhor Atriz (Olívia Colmann). Eu particularmente estava torcendo pela atriz Gleen Close, acredito que tenha tido um desempenho mais expressivo que o da Olívia e já foi indicadas outras vezes e nunca ganhou, como por exemplo em Atração fatal (1.988), Ligações Perigosas (1.989) e Albert Nobbs (2.011).
Ao Globo de Ouro, teve 5 indicações: Filme Comédia ou Musical, Atriz, Atriz Coadjuvante e Roteiro, venceu para Melhor Atriz em Comédia ou Musical (Olívia Colmann).
Já ao BAFTA, "fez a festa", foi indicado e ganhou nas principais categorias: Melhor Filme Britânico, Atriz, Atriz Coadjuvante (Rachel Weisz), Roteiro Original, Direção de Arte e Figurino.
Prêmio Marcello Mastroianni para Melhor Atriz (Colmann)
No Festival de Veneza para Melhor Roteiro.
Recomendo!!! Filme visualmente lindo e com diálogos muito bons, cada personagem tem uma personalidade ao mesmo tempo complexa e cativante..
É um filme que poderia ser colocado em várias categorias, como Drama e Comédia, apesar de ser um humor negro.
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