domingo, 9 de setembro de 2012

O piano


Direção: Jane Campion
Atores: Holly Hunter, Harvey Keitel, Sam Neil, Anna Pasquim, Kerry Walker, Genivieve Lemon, Ian Murke
Gênero: Drama
Duração: 121 minutos              
Ano: 1.993

Sinopse: Na época Vitoriana, quando a Nova Zelândia estava a pouco tempo sendo colonizada, para lá se muda Ada McGrath (Holly Hunter), uma mulher que quando tinha 6 anos de idade resolveu parar de falar. Ela vai na companhia de sua filha Flora (Anna Pasquim). O motivo de ter ido para lá é que Ada se casou com Stwart (Sam Neil) em um casamento arranjado, já que ela nem conhecia seu noivo. Ada imediatamente antipatiza com Stwart e quando ele se recusa a transportar seu amado piano. Stwart negocia o instrumento e o passa para George Baines (Harvey Keitel), um administrador da região. Atraído por Ada, Baines concorda em devolver o piano em troca de algumas lições no instrumento, que Ada daria para ele. Mas estas "aulas" se tornam encontros sexuais cada vez mais intensos, onde Baines pagava Ada com uma ou mais teclas do piano, sendo que o pagamento estava relacionado a intensidade de intimidade proporcionada. Porém, logo a situação sai do controle, gerando trágicas consequências.


É um filme australo-franco-neozelandês, simplesmente lindo e perfeito, que conta a história de uma mulher forte, expressiva (seu olhar profundo, seus gestos e até mesmo seu silêncio transmitem tudo) e voluntariosa, porém sofrida (ainda que não fique claro se era viúva, mãe solteira ou teve uma gravidez fruto de um estupro, pois manifesta um intenso pavor de ser tocada, de ter qualquer intimidade com as pessoas, seu grau de tensão só deixa de ser percebido, quando se encontra sozinha, com sua filha, ou ainda quando está tocando seu piano). Não fala, sua comunicação com o mundo acontece através de seu piano, assim, não sente falta de falar. Residia na Escócia, mas através de um casamento arranjado vai para a exótica Nova Zelândia. Ela tem dois choques ao chegar: o marido e os indígenas, por parecem completamente estranhos e incomuns. Apresenta muita dificuldade para se adaptar com tantas mudanças e tudo se complica ainda mais, quando o esposo não tem a sensibilidade de perceber o quanto significativo para ela é o seu piano, mas o administrador sim, e à partir daí, começa o seu cerco de sedução. Para Ada, não restou outra alternativa, com tanta atenção e persistência, acabou se apaixonando, apesar de todos os seus conflitos internos de solidão. O filme foi indicado a várias premiações: Oscar 1.994, para Melhor Diretor, Edição, Fotografia e Figurino; ganhou de Melhor Atriz (Hunter), Atriz Coadjuvante (Pasquim) e Roteiro Original. No Globo de Ouro, foram indicados as categorias de: Melhor Filme, Direção, Atriz Coadjuvante, e Trilha Sonora; vencendo para Melhor Atriz. Ao BAFTA (Reino Unido) para Melhor Filme, Diretor, Roteiro Original, Edição, Fotografia, Trilha Sonora e Som; venceu para Atriz Coadjuvante e Figurino. César (França) para Melhor Filme Estrangeiro e Festival de Cannes (França), indicado a Melhor Diretor, Atriz Coadjuvante, Fotografia; venceu nas indicações de Melhor Filme e Atriz. Curiosidades: A atriz Sigourney Weaver foi a primeira escolha de Campion, mas recusou por estar dando uma pausa em filmes, na época. Também foram consideradas Juliette Binoche e Jennifer Jason Light, mas esta última não pode se encontrar com a diretora, por estar filmando Rush. A atriz Holly Hunter, tocou piano, ela mesma na maior parte das cenas. Com 11 anos, Anna Pasquim tornou-se a segunda mais jovem atriz, a vencer um Oscar, atrás apenas para Tatum O'neal, em Lua de Papel; e também não pode assistir ao filme nos cinemas, já que na época só tinha 11 anos. O ator Harvey Keitel trabalhou com a diretora no Filme Fogo Sagrado, em 1.999. Não poderia deixar de ressaltar o figurino, assinado por Janet Patterson, a fotografia de Stuart Dryburgh, que de tão linda, rara e expressiva, completa a mensagem do filme e a trilha sonora que é divina, magnífica, de Michael Nyman "The heart asks the pleasure first". Não deixe de ver, é único...Assista e comente. Este foi em sua homenagem, Meu Amigo Querido D., a você com amor... 

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