quarta-feira, 20 de julho de 2016

A letra escarlate




Diretor: Roland Joffé
Atores: Demi Moore, Gary Oldman, Robert Duvall, Edward Hardwicke, Amy Wright, Robert Proscky
Joan Plowright
Gênero: Romance
Duração: 135 minutos
Ano: 1995


Sinopse: Em 1666, Massachussests, Bay Colony, uma bela mulher (Demi Moore), casada com um medico (Robert Duvall), chega na localidade na frente do marido, com incubência de providenciar uma casa para o casal. Mas acaba se apaixonando por um reverendo (Gary Oldman), que tem por ela os mesmos sentimentos. No entanto, eles reprimem tais emoções pelo fato dela ser casada, mas quando supões que seu marido foi morto pelos índios, eles se sentem livres e Hester acaba ficando grávida. Mas apesar de ficar presa e socialmente marginalizada, ela se recusa a dizer o nome do pai da criança que esta esperando. Passa então a portar uma letra "A".de adúltera bordada em cores vermelhas em suas roupas, como símbolo de vergonha de sua vergonha perante a sociedade local.


Simplesmente belo!!! Densa e intensa, esta história de amor proibida, que pelas convenções da época é vigorosamente condenada. Mostra um retrato bem dramático e tocante de submissão e da resistência, às normas sociais, bem como da paixão, culpa e fragilidades humanas.  Demi Moore e Gary Oldman estão maravilhosos como os personagens de Hester e Arthur. A história se passa  no auge da caça às bruxas nas cidades regidas por uma administração puritana, Anos antes, a Inglaterra estava sob o domínio do Rei Carlos II, navios apinhados de gente aportavam a todo  momento no Novo Mundo. Pessoas vinham em busca de liberdade, fugindo da perseguição religiosa da terra natal. Mas com o tempo foi se observando que o Novo Mundo não era diferente do Velho. Pessoas vieram de lá e trouxeram os antigos preconceitos e regras, para a formação da Nova Inglaterra. Assim o filme mostra em detalhes os conflitos entre homem branco e índios, o Estado e Religião confundindo-se (para variar!!!) e a intolerância imperando, parecendo algo bastante normal. Então aparece Hester, uma mulher determinada, forte, destemida, moderna que acaba por chocar e questionar os valores hipócritas da pequena cidade que viria a ser Boston, nos dias atuais. É uma história fictícia, escrita por Nathaniel Hawthorne em 1850, (ainda que a história se passa a pelo menos duzentos anos antes), aborda a eterna luta entre  os conflitos que normalmente vivenciamos: os valores da sociedade e os direito do indivíduo (questionando quais as obrigações que o indivíduo tem para com a sociedade); entre a lealdade e o amor.  E nos brinda com Hester Prymme, a primeira autêntica heroína da literatura norte-americana, que se vale de uma força interior e de uma convicção de espírito, desafiando a sociedade ao criar sua filha sozinha, a lidar com situações inesperadas e principalmente proteger o segredo, a identidade de seu amor.
Curiosidades: esta é a quinta versão cinematográfica do livro, as demais foram em 1917, 1926, 1934 e 1972. Esta última, apesar de toda produção impecável, recebeu algumas críticas, por ter modificado a versão original do livro. Mas convenhamos, não conheço as outras, mas esta é primorosa!!! Com música John Barry, sendo que foram compostas três trilhas sonoras. Depois de prontas, a escolhida foi foi a dele, em detrimento das elaboradas por Ennio Morricone e Elmer Benstein. Fotografia de Alex Thonson, linda!!! Figurino de Gabriella Pescucci e Produtores Roland Joffé e Andrew G, Vajna. Não foi indicado a premiações importantes. Uma pena!!! Mas ainda assim acredito que vale a pena ver. Emocionante!!! Principalmente para as simpatizantes das causa femininas. 

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