Diretor: Tom Hooper
Atores; Eddie Redmayne, Alicia Vikander, Mathias Schoenaerts, Ben Whitshaw, Amber Heard, Sebastian Kock
Gênero: Biografia
Duração: 119 minutos
Ano: 2016
Sinopse: Cinebiografia de Lili Elbe (Eddir Redmayne), que nasceu Einar Mogens Wegwnwer, bem casado, vivendo em Copenhagen, na década de 1920, foi a primeira pessoa a se submeter a uma cirurgia de mudança de gênero. Em foco, o relacionamento amoroso do pintor dinamarques com Gerda (Alicia Vikander) e sua descoberta como mulher.
Uma história digna, apresentada de forma muito delicada e sensível. com muita leveza o drama de Lili Elbe vai sendo mostrado, com tanta humanidade, tudo é tão belo e vibrante, que não tem como não se apaixonar e aplaudir este ser que assumiu todos os riscos para ter uma vida plenamente verdadeira. Não conhecia sua história, mas me senti tocada e teria torcido por ela, para que conquistasse seus objetivos. Críticas à parte: que o livro ao qual foi inspirada a história (romance de
David Ebershoff, inspirado na vidas das pintoras dinamarquesas Lili Elbe e Gerda Wegener), não fazer jus aos acontecimentos reais: um aprofundamento no sofrimento e conflito da vida de Lili, na possível bissexualidade de Gerta, a desintegração e anulação do casamento de Einar e Gerta e na morte de Lili, que no filme fica subtendido que foi infecção, mas não que foi uma infecção causada por uma rejeição do útero que lhe fora implantado, ela pretendia ter filhos (foi uma pioneira, vanguardista para o seu tempo). Mas apesar de tudo o filme é lindo, com uma fotografia (Danny Cohen), decoração de sets e figurinos ( Paco Delgado) maravilhosos, de encher os olhos. A interpretação e transformação de Redmayne impressiona, com uma postura corporal perfeita (mais feminino que muitas mulheres), trejeitos, expressões, com uma leveza de movimentos fantasticamente femininas, e com uma profundidade na forma de apresentar seus conflitos interiores, quanto a sua identidade sexual, é possível "sentir" sua angústia. Ator que veio para ficar, muuuuuito bom. Acredito que filmes como este e outros apresentados nas telonas este ano (Carol, Amor por direito, Stonewall), tem tudo a ver com o processo de mudança que vem ocorrendo e já não era sem tempo (demonstração de que os tempos mudam, mas os conceitos, nem tanto, demoram...) em relação a sociedade, que se faz imprescindível rever conceitos tão absolutistas (certo/errado; bonito/feio, preto/branco), que reforça padrões convencionais, suprimindo toda e qualquer escolha, que não esteja dentro destes parâmetros. E a sétima arte não poderia deixar de se fazer presente neste momento histórico de transição, onde o Casamento Gay foi aprovado legalmente e apoiado até mesmo pelo Papa Francisco, é algo realmente inédito, que avanço!!!
O filme foi indicado ao Oscar 2016, para Melhor Ator (Redmayne), Direção de Arte e Figurino; vencendo na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante para Alicia Vikander. Ao Globo de Ouro, foi indicado nas categorias de Melhor Ator e Atriz em Drama e Trilha Sonora (Alexandre Desplat).
Curiosidades: o filme foi lançado no Festival de Veneza. Nicole Kidman é quem interpretaria Einar, mas decidiu abandonar o projeto por conta do atraso nas filmagens. Já Gwynweh Paltrow viveria a esposa, mas decidiu deixar projeto, alegando compromissos familiares. Lili Elbe morreu em 1931, após complicações na sua quarta cirurgia, estava num outro relacionamento com um parceiro masculino, tentando ter filhos. Já Gerda, depois de se afastar de Lili, casou-se novamente, mas não conseguiu se firmar como pintora, acabou por voltar para a Dinamarca e morreu pobre e com problemas de alcoolismo.
Recomendo!!! Veja e comente.
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