sábado, 15 de dezembro de 2012

Amor além da vida


 Diretor: Vicent Ward
Atores: Robin Williams, Isabella Sciorra, Max Von Sydon, Cuba Gooding Jr., Jessica Brooks Grant, Josh Paddock
Gênero: Drama


Duração: 113 minutos                             
Ano: 1.998

Sinopse: Depois da morte de seus dois filhos, Chris Nielson e sua esposa Annie, passam por insuperáveis dificuldades emocionais. Anos depois, acontece nova tragédia: Chris também morre. Ele vai para o Paraíso, onde conhece Albert, um rapaz de bom coração que vai ajudá-lo a se adaptar à nova existência. Annie acaba se suicidando. Porém, diferente de Chris, ela não vai para o Paraíso, mas sim para uma espécie de purgatório onde ficam as almas perturbadas. Quando descobre o destino da mulher, Chris pede ajuda a Albert e os dois saem em uma jornada em busca da salvação da alma de Annie, provando que o amor desafia qualquer infortúnio.                     


Filme impressionante, uma verdadeira obra de arte, com uma belíssima fotografia (Eduardo Serra, o mesmo que responde por Harry Potter) e cenários, é um espetáculo visual e mantém a essência do livro de Richardson Matheson. Tem como diretor Vicent Ward, neozelandês que também é responsável por outras duas obras primas: Eu sou a Lenda e Em algum lugar do passado. Neste filme ele dirige com extrema sensibilidade a história de uma família (Williams, Isabella, Jessica e Josh) bem estruturada e feliz, que perde o rumo diante da fatalidade, da perda dos filhos e de como o casal lida com este luto e depois como cada um enfrenta suas escolhas, diante de novos acontecimentos. O tema tem fundamentos da Doutrina Espírita, nos leva a pensar que existe muito mais após a vida material, como: as consequências do suicídio, o poder do pensamento, os diferentes planos espirituais, a psicografia e a influência dos espíritos sobre as pessoas encarnadas. Não existem respostas prontas diante da dor e do sofrimento, cada um responde de acordo com aquilo que acredita e que plantou, e pode acabar encontrando o Paraíso ou o Inferno mental, que para si projetou ao longo do tempo. Não poderia deixar de comentar que Robin Williams está maravilhoso, como sempre, para mim é um ator brilhante, completo. A produção também é incrível, assinadas por Barnet Bain e Stephen Deutsch. Figurino de Yvonne Blake. É um trabalho primoroso de toda a equipe, Parabéns!!!. O filme foi indicado ao Oscar 1.999, para Melhor Direção de Arte e ganhou o prêmio de Melhor Efeitos Especiais. Ganhou também no Satellite Wards (EUA), na categoria de Melhor Efeitos Especias no cinema. Curiosidades: o título do longa foi retirado do Terceiro Ato da peça Hamlet, de William Sheakespeare. A atriz Annette Bening fez teste para a personagem Annie Nielson. Na cena em que Chris vai para a cidade no Paraíso onde as pessoas estão voando, podem ser vistos Peter Pan, Wendy, Michael, John e Mary Poppins. A mãe do diretor, é uma das pessoas que estão voando na cena da biblioteca. Filme imperdível, veja, com certeza não será perda de tempo.  É muito mais que uma simples história de amor...

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Querido John


 Diretor: Lasse Hallstrôn
Atores: Channing Tatum, Amanda Seyfried, Richard Jenkins, Henry Thomas, Scott Porter, Luke Benward, Keith Robinson
Gênero: Drama
Duração: 108 minutos
Ano: 2.010

Sinopse: John Tyree (Channing Tatum) é um jovem soldado que está em casa licenciado. Um dia conhece Savannah Curtis (Amanda Seyfried), uma universitária idealista em férias, por quem se apaixona. Eles iniciam um relacionamento, só que logo John precisará retornar ao trabalho. Dentro de um ano ele terminará o serviço militar, quando poderão enfim ficar juntos. Neste período eles trocam uma infinidade de cartas, onde cada um conta o que lhe acontece a cada dia. Mas o tempo passa e tudo pode acontecer.



Mais um filme baseado no livro homônimo de Nicholas Sparks, acredito que atualmente seja o autor mais levado as telonas. Gosto muito da forma como ele escreve, de modo sensível (para mim tem alma feminina), mas ao mesmo tempo, com todos os conflitos e dúvidas dos tempos atuais e do mundo real, não fica só na fantasia e romantismo, muito pelo contrário...Explora temas como morte, separação, doença, perdas...Adoro seus livros. Neste filme, é mostrado o encontro de duas pessoas, que se conhecem num período de verão, mas tão marcante que faz toda a diferença em suas vidas. Conseguem construir uma relação linda e verdadeira, mas é abalada pela distância e a importância/valor que cada um internaliza, para a relação dos dois (esta é a base do conflito que vivenciam) e a partir daí, fazem suas escolhas, de como a vida pode ser mudada. História muito bem construída, emocionante!!! Tem fotografia, assinada por Terry Stacey e músicas belas e tocantes, tendo como diretora responsável Deborah Lurie. Curiosidades: A bandeira sueca pode ser vista tremulando sobre o acampamento de John no Afeganistão, como forma de homenagem do diretor à sua terra natal. O livro que serviu de base para o filme era "Juntos ao luar", posteriormente foi relançado com o mesmo título do filme. Este foi o filme que retirou Avatar (2.009) da liderança das bilheterias americanas, posto que ocupava já há sete semanas. O personagem Allan, foi inspirado no filho do autor e roteirista Nícolas Sparks, que sofre de Síndrome de Aspenger, uma forma de Autismo (tema também abordado no livro/filme). O filme tem frases lindas, que nos faz pensar com mais profundidade, escolhi esta: "aprendi que amar não significa estar junto, mas sim querer ver a pessoa feliz, nem que isso custe a sua felicidade". Quer lição maior que esta, de combate ao egoísmo???!!! Mas tão difícil de colocar em prática, no nosso mundo atual, não é??? Filme para ser visto, mesmo para quem acredite que seja muito adocicado, ao primeiro olhar, mas que engana, é um bom filme para se pensar...

Quatro casamentos e um funeral


 Diretor: Mike Newell
Atores: Hugh Grant, Andie MacDowell, Simon Calow, John Hannah, Kristin Scott Thomas,  Rowan Atkinson, Charlotte Coleman, Emily Morgan, Jeremy Kemp.
Gênero: Comédia
Duração: 117 minutos

Ano: 1.993                                        

Sinopse: O filme apresenta a divertida descrição de pessoas se casando e...não se casando. Esta multifacetada construção está recheada de loucura matrimonial. A pesar de ser bonitão e charmoso, com muitas mulheres atrás dele, Charle (Grant), um londrino de 32 anos, não está interessado em se comprometer. Mas tudo muda quando ele conhece uma americana independente chamada Carrie (MacDowell). Instantaneamente "fisgado", Charle começa a persegui-la, mas acaba descobrindo que ela esta pronta e comprometida...com outro alguém.


Filme excelente que faz uma crítica ao casamento tradicional, do casamento como uma instituição e não quando se tem um compromisso de corpo e alma. Com um elenco, basicamente inglês, que dão um banho de interpretação e colocam muito bem a situação de encontros e desencontros, das dúvidas que surgem de quando se está "pronto" para assumir algo com mais profundidade e não somente sucumbir a uma pressão familiar ou social. Tudo com uma pitada de humor na medida certa, é uma "comédia verdadeiramente romântica" (Revista Variety). O filme fez um sucesso estrondoso no mundo todo e principalmente na Inglaterra, que até 1.999 foi a maior bilheteria da história do cinema no país. E o mais irônico é que o orçamento do filme era tão pequeno que, no casamento escocês mostrado no filme, não foi realizado na Escócia e os extras que participaram do filme tiveram que levar para as filmagens o seu próprio terno, nas cenas em que ocorrem o casamento. Durante a cena do funeral o ator John Hannah declama um poema maravilhoso sobre a perda de um grande amor, poema da escritora Wystan H. Auden. Com figurino que chama a atenção pelo bom gosto, assinado por Lindy Hemming. E a música que foi amplamente tocada, linda de Wet Wet Wet, Love is All around, simplesmente inesquecível e marcante, assim como a cena dos casal Charle e Carrie na chuva. O filme foi indicado ao Oscar 1.995 a Melhor Filme e Roteiro Adaptado. Ao BAFTA, que é uma premiação do Reino Unido, o filme venceu nas categorias de Melhor Ator para Hugh Grant, Filme e Atriz Coadjuvante para Kristen Scott Tumas. E teve indicação ainda para Ator Coadjuvante (Simon Calow e John Hannah), Atriz Coadjuvante para Charlotte Coleman, Figurino, Montagem, Roteiro Original e Música. Ganhou o Prêmio César 1.995 (França), de Melhor Filme Estrangeiro. No Globo de Ouro 1.995, venceu na categoria de Melhor Ator - comédia, para Grant e indicado a Melhor Filme Comédia/Musical, Atriz para MacDowell e Roteiro de Cinema. Curiosidades: Esta é a segunda vez que os atores Hugh Grant e Kristin Scott Thomas atuaram juntos, a anterior fora em Lua de Fel (1.992). A atriz Kristin dublou a própria voz na versão francesa do filme. Veja e depois comente, você não vai se arrepender.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

O ritual




Direção: Mikael Halsfrom
Atores: Anthony Hopkins, Collin O'Donoghue, Alice Braga, Ciarán Hinds, Toby Jones, Rugter Hauer, Maria Grazia Cucinotta
Gênero: Suspense
Duração: 114 minutos
Ano: 2.011

Sinopse: O filme narra a história de um cético seminarista Michael Kovak (Collin), que está disposto a não fazer os votos para ser tornar padre, mas que acaba sendo convencido a ir para uma escola de exorcismo no Vaticano. Embora relutantemente, vai para Roma e sua vida muda quando ele encontra o pouco ortodoxo Padre Lucas (Hopkins), que lhe apresenta o lado obscuro de sua fé. Inspirado em fatos reais. 



Filme excelente, basta dizer que é estrelado pelo fantástico ator Sir Anthony Hopkins. Filme com ele é sempre garantia de ser bom, pois ele não iria se dar ao trabalho de fazer parte de um projeto que não valesse a pena, na altura de sua grandiosa carreira. É um suspense envolvente e tenso, em alguns momentos assustador, mas vale a pena. Tem uma história muito bem contada e composta, na eterna luta entre o bem e o mau (entre Deus e o Diabo) e de seus discípulos, de quanto somos tentados a nos deixar sucumbir pelo caminho mais fácil e tentador, de como somos colocados a prova pelas seduções mundanas, em contrapartida com os valores morais do Criador. Muito bom!!! Palmas para todo o elenco e direção. E de como um jovem cético (Collin - ator novo e enigmático) quanto a sua fé, família, igreja, exorcismo, muda sua concepção de tudo, ao entrar em contato com situações que jamais podia imaginar e acaba se encontrando como pessoa e como cristão. Filme que nos faz pensar...O filme foi inspirado no livro de um jornalista que viveu durante um período com padres exorcistas de verdade e teve um deles  Gary Thomas, que foi mesmo fazer um curso de exorcismo em Roma, para saber distinguir uma possessão de uma doença mental. O livro é "The Rite - The making of a Modern Exorcist", de Matt Baglio. As imagens aconteceram em locações como Budapeste, na Hungria e em Roma, na Itália. Curiosidade: No trailler do filme, toca uma música de Wojciech Kilar, mesmo autor da trilha de Drácula- de Bram Stocker (1.992), filme que também conta com o ator Anthony Hopkins. E conta com uma atriz brasileira, a Alice Braga, que faz o personagem de uma jornalista Angeline, que também tem seus demônios internos. Alice já participou de outras produções como: Ensaio sobre a cegueira, Eu sou a Lenda, Predadores; é temos uma brasileira, fazendo sucesso em Hollywood. Vale a pena ver o filme, é no mínimo intrigante. Veja e dê sua opinião.

No ritmo da dança


Diretor: Randa Haines
Atores: Chayanne, Vanessa L. Williams, Kris Kristofferson, Joan Plowright, Rick Valenzuela, Chaz Oswill
Gênero: Musical


Duração: 126 minutos            
Ano: 1.998

Sinopse: O jovem cubano Rafael Infante (Chayanne) acaba de perder a mãe e resolve fazer uma viagem para Houston, nos Estados Unidos, para conhecer seu pai John (Kris Kristofferson) que gerencia um estúdio de dança e não tem idéia que é pai do rapaz. Rafael começa a demonstrar muito talento para a dança e conhece Ruby Sinclair (Vanessa L. Williams), a grande esperança do estúdio para ganhar o Campeonato Mundial de Dança.

Filme delicioso de ver, um show de dança e música em ritmo latino, para os amantes do estilo é imperdível. A história mostra a paixão de um jovem simples cubano (o belíssimo Chayanne - nascido Elmer Figueiroa Arce), que vai para os Estados Unidos, é contratado como faxineiro em uma escola de dança, onde conhece e se apaixona pela professora (a carismática Vanessa), juntos os dois viverão uma sensual história de amor, envolvendo amor e dança, cercados de muito preconceito e competição. O filme é composto de cenas lindas e marcantes, principalmente dos casais que dançam. E qual não foi a minha surpresa, quando na competição o par Ruby (Vanessa) e Julian (Rick Valenzuela), dançam ao ritmo da música Eres todo en mi, com interpretação de Ana Gabriel, que nada mais é que uma versão cubana de uma das minhas músicas preferidas You're my everything - Santa Esmeralda, composição de Leroy Gomez. Amei também esta versão. Foi perfeito a cena em que ela dança com Julian, mas para Rafael, com uma sensualidade invejável. E ainda tem outras músicas de Glória Estefan, Thalia e Jon Secada. Curiosidades: Chayanne representa um cubano, mas na verdade é de Porto Rico. As cenas de Cuba, foram filmadas na República Dominicana. Rick Valenzuela é realmente dançarino profissional e foi o responsável pelo desenvolvimento do figurino de Vanessa L. Williams, para a cena do campeonato. Os bailarinos no campeonato em Las Vegas eram, na verdade, antigos campeões de dança. Chayanne segue a sua carreira de cantor até hoje, morando atualmente nos Estados Unidos. Recomendo para assistir, é um filme que apesar de não ter uma grande produção, é emocionante, gostoso de ver e rever várias vezes. Comente!!!

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O Fantasma da Ópera




Diretor: Joel Schumacher
Atores: Gerard Butler, Emmy Rossum, Patrick Wilson, Miranda Richardson, Minnie Driver, Ciáran Hinds, Simon Callon
Gênero: Drama Musical


Duração: 143 minutos                           
Ano: 2.004 

Sinopse: O Teatro de Paris é o lugar perfeito para um "Fantasma" (Gerard Butler) se refugiar. Desfigurado, ele encontra em Christine (Emmy Rossum) a cantora ideal para alnançar as suas próprias aspirações. Mas o abandono de La Carlotta (Minnie Driver) aos ensaios, leva Christine para o papel principal do espetáculo. Na estréia, o Fantasma assiste ao debut de sua protegida de camarote. Mas ele não é o único a ser seduzido pelos encantos da jovem. O Visconde Raoul de Chagny (Patrick Wilson), um ex-namorado de infância de Christine, a reencontra. Com o coração dividido, a moça acaba despertando a ira do Fantasma, cujo ciúme violento e obsessivo coloca em risco a vida de qualquer um que ouse entrar no Teatro de Paris.


Apesar da adaptação para o cinema ter demorado 16 anos para ser filmado (o projeto inicial era para ser em 1.990, baseado na novela de Gaston Leroux - 1.868 - 1.927), visualmente o filme é perfeito, divino. Desde a introdução ao estilo das filmagens no início do século XX, até a volta ao tempo do teatro iluminado a gás em que a ação acontece. Schumacher se preocupa em detalhar os bastidores, onde uma multidão de técnicos e bailarinas inspiradas em Degas. E para realizar o filme, os mesmos escultores que prepararam os sets da versão teatral de O Fantasma da Ópera, foram contratados. O musical estreou em Londres, na Inglaterra em 1.986 e segue em cartaz há dezesseis anos na Broadway. O projeto inicial era para ter Michael Crawford e Sara Brightman como protagonistas, mas com o divórcio entre Sara e Andrew Lloyd Webber, que ocorreu neste mesmo ano, fez com que o filme fosse adiado. O diretor Shekhar Kapur foi cotado para dirigir a produção, mas Joel Schumacher era a escolha preferencial de Webber (que também é o roteirista), que deixou a escolha do elenco por conta do diretor, só fez um exigência: que os próprios cantores cantassem suas canções, tanto quer compôs mais 15 minutos de novas músicas para o filme. A única atriz que foi dublada foi Minnie Driver. Webber fez um investimento pessoal de US$ 6 milhões, para produzir o filme. Que foi muito bem compensado, pois o filme já foi visto por mais de 80 mil pessoas, o musical já foi encenado em mais de 20 países em todo o mundo.  É romântico e com um apuro visual raramente visto, é clássico e moderno ao mesmo tempo, exuberante e rico, emocionante e cativante para todos os tipos de público. O filme foi indicado ao Oscar 2.005 para Melhor Direção de Arte, Fotografia e Canção Original; "Learn to be lonely". Para o Globo de Ouro de Melhor Filme - Comédia ou Musical, Canção Original: "Learn to be lonely" e Melhor Atriz para Emmy Rossum. No Japão foi indicado a Melhor Filme Estrangeiro. Curiosidades: Os atores Antônio Banderas e John Travolta foram cotados para interpretar o Fantasma. A atriz Keira Knightley chegou a fazer teste para interpretar Christine. Outras cotadas foram Anne Hathaway e Charlotte Church. A atriz Emmy Rossum tinha apenas 16 anos na época das filmagens, a mesma idade da personagem Christine. Gerard Butler e Emmy Rossum jamais haviam visto uma encenação de O Fantasma da Ópera, antes de suas contratações para o filme. Para de transformar no Fantasma da Ópera, Butler passava por 9 horas de preparação. Mas está liiinnndo de morrer, mesmo com toda transformação, Butler cria um fantasma não muito assustador, muito mais jovem e sedutor, a tensão vem mais em função de sua obsessão criminosa. A música "All I Ask of You" é maravilhosa, o dueto é perfeito entre os personagens Christine e Raoul, apaixonante... Recomendo, não deixe de ver.

domingo, 18 de novembro de 2012

Doce Novembro


Diretor: Pat O'Connor
Atores: Keanu Reeves, Charlize Theron, Jason Isaacs, Robert Joy, Lauren Grahan, Frank Langella, Liam Aikes
Gênero: Romance                                                    
Duração: 119 minutos
Ano: 2.001

Sinopse: Nelson Moss (Keanu Reeves) é um atarefado executivo que só pensa em seu trabalho e parece ter se esquecido o que é ser amado por alguém. Até que conhece Sara Deever (Charlize Theron), que lhe traz novamente um sentimento de romantismo à sua vida. Ela termina convencendo-o a passarem um mês juntos e depois se separarem, pois considera este um tempo suficiente para que possam resolver seus problemas emocionais.Porém, com o passar dos dias, Nelson se apaixona cada vez mais por Sara e busca descobrir qual o motivo pelo medo de compromisso que ela possui.


Filme encantador, muito doce, como o próprio nome diz. O par romântico (Charlize e Keanu) está muito bem, em perfeita sintonia, como aconteceu em outro filme que já comentei, O advogado do Diabo (1.997), ambos jovens, lindos e talentosos, convencem como casal apaixonados, apesar de que neste caso, têm valores completamente diferentes e vivendo um momento da vida muito diversa, mas acabam se encontrando e por  mais que tentem resistir, envolvem-se profundamente, numa paixão inesperada e avassaladora, que fica difícil de manter o controle da racionalidade. Apesar do pouco tempo de convivência (só durante o mês de novembro), mas com tal intensidade que irá valer para o resto de suas vidas. Emocionante!!! O filme é uma refilmagem de Por toda a minha vida, lançado em 1.968. Curiosidades: Charlize desistiu da personagem Evelyn de Pearl Harbor (2.001), para estrelar este filme. O ator Jason Isaacs para se preparar para a cena que se veste de mulher, frequentou clubes de drag queens. O filme foi indicado ao Prêmio Framboesa de Ouro, em 2.002, por pior ator, atriz e remake ou sequência. Indicação injustificada, com certeza, pois o filme fez sucesso com o público. Tem músicas lindas como: It´s not goodbye de Laura Pausini e Only Time de Enya. Frase marcante do filme: "se você for embora agora, o que tivemos será perfeito para sempre". Recomendo, pois o filme tem cenas únicas em beleza e simplicidade, mas poderosas emocionalmente.

Cosmópolis


Diretor: David Cronemberg
Atores: Robert Pattinson, Juliette Binoche, Sarah Gadon, Mathieu Amalric, Jay Baruchol, Kevin Durand, Samantha Morton, Paul Giamatti
Gênero: Drama
Duração: 108 minutos
Ano 2.012

Sinopse: A cidade de Nova York está em tumulto e a era do capitalismo está chegando ao fim. Uma visita do presidente dos Estados Unidos paralisa Manhattan e Eric Packer (Robert Pattinson), o menino de ouro do mundo financeiro, tenta chegar ao outro lado da cidade para cortar o cabelo. Durante o dia, ele observa o caos e percebe impotente, o colapso do seu império. Packer vive as 24 horas mais importantes da sua vida e está certo de que alguém está prestes a assassiná-lo.


Filme estranho, confuso, onde o diretor deseja mostrar à sua maneira, uma crítica ao Capitalismo, os muitos valores distorcidos e a gritante diferença dos que possuem muito e outros nada, e do ódio e inveja que despertam nas pessoas e ainda da capacidade de como cada um processa internamente a injustiça social. E como um jovem Eric Packer, que tinha tudo de material e ao mesmo tempo nada de emocional, sente-se ao ver seu império desmoronar, seu mundo "perfeito" ruir e se ver obrigado a lidar com um vazio gritante. Mas tudo foi apresentado de uma forma caótica, um pouco sem sentido e desperdiçando o talento de um elenco muito bom. Curiosidades: O ator Collin Farrell era a escolha original para viver Eric Packer, mas teve que desistir por conflitos de agenda, com a produção de O Vingador do Futuro, sendo substituído por Pattinson. A atriz Marion Cottilard estava no elenco original, mas teve que abandonar o projeto devido a gravidez. Nomes como Noomi Rapace e Keira Knightley foram consideradas para o papel, que acabou ficando com Samantha Morton. A moeda citada no livro homônimo escrito por Dom DeLillo, era o yen (Japão), mas no filme foi mudada para yuan (China), para dar à história um ar mais futurístico. As locações foram realizadas nos Estados Unidos (Nova York) e Canadá (Toronto). O diretor é nosso conhecido por dirigir bons filmes, apesar dos temas pouco comuns, como: Na hora da Zona Morta (1.983- baseado no livro de Stephen King), A Mosca (1.986), Gêmeos - Mórbida semelhança (1.988), Crash - estranhos prazeres. Mas particularmente este eu não gostei. é o primeiro filme que não recomendo. Apesar da história ser até interessante, não convence, é cansativo e se torna chato. Pobre visualmente, a história passa quase que toda dentro de uma limusine, toda "equipada", mas não deixando de ser um carro. Para mim não vale a pena assistí-lo.

Sete anos no Tibet


Diretor: Jean-Jaques Annaud
Atores: Brad Pitt, David Thewlis, B. D. Wong, Lhampa Tsanche
Gênero: Biografia
Duração: 134 minutos
Ano: 1.997

Sinopse: O famoso alpinista austriaco Heinrich Harrer (Brad Pitt), parte em busca do impossível, escalar um dos picos mais altos do Himalaia, o NangabParbat. Egoísta, visando somente a fama e a glória, experimentou a maior emoção de sua vida ao embarcar nesta fantástica jornada. Capturado pelos ingleses tornou-se prosioneiro em plena Segunda Guerra Mundial, Harrer conseguiu fugir e sua difícil aventura pelo Himalaia permitiu-lhe um encontro máximo com o jovem Dalai Lama. Durante sete anos no Tibet, ele viveu a profunda amizade que fez o egoísta Harrer despertar para a mais bela generosidade, um caminho duro mas extremamente recompensador.



Filme maravilhoso que relata a história de um famoso alpinista que inicialmente era extremamente egocêntrico, que só pensava em si mesmo e na fama que queria alcançar com a façanha de escalar um pico até então inatingível. Obstinado e persistente, chega muito próximo de seu objetivo, mas uma mudança insperada faz com que acabe no Tibet e tem a oportunidade única, de se relacionar com o Dalai Lama, estabelecem uma sólida amizade, que dura sete anos, onde cada um pode crescer mais ainda como pessoa, e como indivíduo, promovendo em ambos uma mudança significativa de valores, principalmente para Harrer, que após tantos sofrimentos, tem a possibilidade de se tornar um ser melhor, mais humano e mudar radicalmente sua vida. Lindo!!! Emocionante... Sem falar que Pitt está um escândalo de belo, com sua beleza nórdica. O filme é baseado em fatos reais, no livro escrito pelo próprio Heinrich Harrer, que na verdade não é austríaco, mas sim alemão. Mostra que ele teve não só a oportunidade de conhecer o então ainda jovem Dalai Lama, como teve também a oportunidade de conhecer a cultura e o modo de vida de um vilarejo localizado no Tibet e participou ativamente do momento político e social, do conflito entre a China e Tibet, que motivou o exílio do Dalai. Curiosidade: o diretor enviou ao Tibet uma equipe para realizar filmagens secretas no local, destas filmagens cerca de 20 minutos estão no filme. Em represália, o ator Brad Pitt está proibido desde 1.997 a visitar a República Popular da China. Não deixe de ver este filme, recomendo!!!

domingo, 4 de novembro de 2012

Uma linda mulher


Diretor: Garry Marshall
Atores: Richard Gere, Julia Roberts, Ralph Bellamy, Jason Alexander, Laura San Giacomo, Hector Elzondo, Alec Hyde-White
Gênero: Comédia romântica
Duração: 119 minutos                               
Ano: 1.990

Sinopse: Um magnata perdido (Gere), pede ajuda a uma prostituta (Roberts), que "trabalha" no Hollywood Boulevard a caba contratando-a por uma semana. Neste período ela se transforma em uma elegante jovem para poder acompanhá-lo em seus compromissos sociais, mas os dois começam a se envolver e a relação de patrão/empregado se modifica para o relacionamento entre homem e mulher.



Um lindo Conto de Fadas trazido para a vida real, o que era para ser uma situação passageira e porque não dizer corriqueira, na vida do charmoso, mas insensível e cínico Edward Lewis (Richard Gere), passa a ser sem controle, que o faz repensar sua vida e seus valores morais, o improvável acontece, ele se apaixona pela linda  e candidata  a prostituta Vivian Ward (Julia Roberts), que apesar de perdida tem seus objetivos e sonhos, e apesar de mostrar seu lado calculista, tinha sonhos perfeitamente normais de uma jovem criada em uma condição tradicional, sonhava em casar e construir uma família. O filme é envolvente, o casal tem uma sintonia maravilhosa, com uma presença cativante, nos apaixonamos por ambos e torcemos para que fiquem juntos, desde o início, ao estabelecem uma relação de divertida amizade, de muito carinho e cumplicidade. Aborda o preconceito sobre a diferença social de ambos (ela uma prostituta do subúrbio e ele um homem rico e bem conceituado). O filme fez um sucesso estrondoso na época, tanto é que o casal foi convidado a repetir o efeito, em outro momento, no filme Noiva em fuga, mas dessa vez não emplacou, parece que a química não ocorreu desta vez. A música é uma delícia de ouvir, com uma coletânea de diversos cantores famosos como Natalie Cole, David Bowie, Prince, Roxette, e a mais conhecida Ah Pretty Woman de Roy Orbisson. A fotografia é visualmente linda, o figurino soberbo. Tudo está perfeito, do início ao fim. O filme teve indicação ao Oscar 1.990, por Melhor Atriz Julia Roberts. Foi indicado ao Globo de Ouro para Melhor Filme, Ator (Gere), Ator Coadjuvante (Hector Elzondo), ganhou de Melhor Atriz (Julia). Ao BAFTA, com indicações para Melhor Filme, Atriz, Roteiro Original e Figurino. Também teve indicação ao César de Melhor Filme Estrangeiro. Algumas curiosidades: a primeira versão do roteiro dizia que a personagem Vivian usava cocaína e que a parte do acordo feito entre ela e Edward era que Vivian deveria ficar sem usar drogas durante o período combinado entre os dois, de uma semana. Richard Gere toca realmente piano em cena, tendo inclusive, composto a música que toca no filme. A Ópera que Edward leva Vivian para assistir é "La Traviata", em que uma prostituta se apaixona por um homem rico. Este é o primeiro filme que o diretor  e Júlia Roberts trabalham juntos, os demais foram Noiva em fuga (1.999) e Idas e Vindas do amor (2.010). Inicialmente o papel de Edward Lewis foi oferecido aos atores Christopher Reeve, Al Pacino e o de Vivian Ward a Meg Ryan, Molly Ringwald, Jodie Foster e Daryl Hannah. Richard Gere só aceitou de fato o filme após conhecer pessoalmente Julia Roberts.  Este é mais um filme imperdível, caso não tenha visto, veja. Com certeza não irá se arrepender. E se já viu, é possível ver inúmeras outras vezes.

A grande virada


Diretor: John Wells
Atores: Ben Affleck, Tommy Lee Jones, Chris Cooper, Maria Beelo, Kevin Costner, Craig T. Nelson
Gênero: Drama
Duração: 109 minutos
Ano: 2.010

Sinopse: Bobby Walker (Ben Affleck) não tem do que reclamar da vida. Tem uma bela família, um bom emprego e um Porsche na garagem. O que lele não esperava era que, devido a uma política de redução de pessoal, fosse demitido. Phil Woodman (Chris Cooper) e Gene McClary (Tommy Lee Jones) seus colegas de trabalham passam pela mesma situação, em momentos diferentes. A mudança faz com que o trio tenha que refletir sua vidas, como maridos e pais de família.


Um bom filme sobre os efeitos da depressão econômica, que para acalmar os acionistas e deter a queda das ações a qualquer custo, a Empresa fictícia GTX, fecha unidades inteiras de produção, cortam pessoal, até mesmo os de cargos altos, acostumados a um alto padrão de vida. Que retrata o conflito das pessoas que dedicaram suas vidas para a criação, crescimento e desenvolvimento de uma empresa e que no final de alguns anos, deixam de ter valor e são demitidos, para "contenção de despesas", por não terem mais a idade ideal ou simplesmente pela ganância dos acionistas e como cada um lida com esta situação, que causa danos físicos, sociais, familiares, mas principalmente psicológicos e emocionais. Tem um elenco de "peso" como se diz, com brilhantes interpretações de Ben Affleck , Tommy Lee Jones e Chris Cooper, estão perfeitos. Cada um vivendo o seu drama pessoal, de acordo com suas convicções e sonhos. Muito bom!!! Estréia do produtor e roteirista John Wells como diretor de cinema. Sua experiência na função era restrita a televisão, onde pilotou vários episódios da famosa série Plantão Médico. Como produtor, porém, seu nome está associado a diversos títulos da TV e no cinema como Doom - A porta do Inferno. Produzido por Paula Weisntein, de sucessos como Diamante de Sangue, Vida Bandida, Máfia no Divã. Foi rodado em Boston, Burlington, Lynn, Milton e Marblehead, no Estado de Massachussetts, nos Estados Unidos. Assista e comente.

Sociedade dos Poetas Mortos



Diretor: Peter Weir
Atores: Robin Williams, Ethan Hawke, Robert Sean Leonard, Josh Charles, Lara Flyn Boyle, Kurt Wood Smith, Melora Walters, Jamie Kennedy
Gênero: Comédia Dramática
Duração: 129 minutos
Ano: 1.989

Sinopse: Quando o carismático professor de literatura John Keating (o vencedor do Oscar 1.997 de Melhor Ator Coadjuvante em Gênio Indomável, Robin Williams), chega para lecionar num rígido colégio para rapazes, seus métodos de ensino pouco convencionais transformam a rotina do currículo tradicional e arcaico. Com humor e sabedoria, Keating inspira seus alunos a seguirem os próprios sonhos e a viverem vidas extraordinárias. Sociedade dos Poetas Mortos, um dos mais comoventes campeões de bilheteria dos últimos anos, emocionou o público e a crítica com seus desempenhos brilhantes, sua história arrebatadora e sua grande produção.

                                                         
Adoro este filme, com seus diálogos inteligentes e bem humorados, principalmente em se tratando do personagem maravilhoso do professor nada tradicional, John Keating (Robin Williams), que trata com tanta sensibilidade a relação difícil entre pais e filhos, professores e alunos, sonhos e realidade (tanto pessoais, como projeção de realização para os mais jovens, pelos seus pais), mostra conflitos diante de uma educação castradora e uma mais flexível e mais humanizada, numa fase tão difícil da vida, que é a adolescência e o final dela, onde se tem que fazer escolhas muito complexas, que poderão mudar todo o rumo de suas vidas para sempre, e as consequências disso tudo. É um filme tocante, com uma fotografia impecável, assinada por John Seale (Oscar pelo filme O Paciente Inglês - 1.996), porque não dizer majestosa e não apenas nas imagens da natureza ao redor do campus, como a cena do aluno descendo uma colina de bicicleta, causando uma revoada de pássaros à beira de uma lagoa, é simplesmente explêndida. Mas também as cenas de interiores também são ótimas, com iluminação perfeita. Tem um elenco jovem incrível, nomes que iniciaram aí e que ficaram muito conhecidos, como o caso de tímido Todd Anderson (Ethan Hawke), Knox (Josh Charles) e o lindo Neil (Robert Sean Leonard). Foi indicado a várias premiações no Oscar 1.989, para Melhor Filme, Diretor, Ator, mas só ganhou o de Melhor Roteiro Original para Tom Schulman. Acredito que merecia o de Fotografia, mas infelizmente nem foi indicado. Teve indicação ao Globo de Ouro para: Melhor Filme, Diretor, Ator e Roteiro, também não ganhou nenhum. Ganhou o César, por Melhor Filme Estrangeiro. Curiosidades: Foi a primeira indicação ao Oscar, de Melhor Filme, do Estúdio Touchstone Pictures. A frase "Carpie Dien. Aproveite o dia meninos. Façam suas vidas extraordinárias", foi eleita a 95º entre 100 frases do cinema mais citadas, segundo o American Film Institute. Para manter os jovens bem unidos, o diretor manteve todos eles no mesmo quarto durante as filmagens. O filme foi filmado na Escola privada de St. Andrews, em Delaware, nos Estados Unidos. O ator Liam Nieeson era a escolha original para interpretar o papel principal, mas como houve a troca também de diretor (Jeff Kanew para Peter Weir, Robin Williams assumiu o personagem. Os  nomes de Dustin Hoffman e Bill Murray também circularam pelo personagem de John Keating. Williams e seu personagem foram satirizados na série animada Os Simpsons, onde foi mostrado como um professor de literatura maníaco é responsável por destruir uma geração de educadores. A foto usada para mostrar o anuário de John, numa turma antiga do colégio, é uma fotografia real de Williams, de sua própria formação, em uma outra escola, é claro. Assista, este filme é um clássico do cinema, do seu tempo. Não deixe de ver ou rever!!!

sábado, 27 de outubro de 2012

Preciosa



 Diretor:  Lee Daniels
Atores:  Mo’nique, Paula Patton, Mariah Carey, Lenny Cravitz, Gabourey Sidibe
Gênero:  Drama
Duração:  110 minutos
Ano:  2.010

Sinopse: Claireece Precious Jones sofre privações inimagináveis em sua juventude. Abusada pela mãe, violentada por seu pai, ela cresce pobre, irritada, analfabeta, gorda, sem amor e geralmente passa despercebida. A melhor maneira de saber sobre ela são as suas próprias falas: “às vezes eu desejo que não estivesse viva. Mas eu não sei como morrer. Não há nenhum botão para desligar. Não importa o quão ruim eu me sinta, meu coração não pára de bater e meus olhos se abrem pela manhã”. Uma história intensa de adversidade e esperança, ocorrida no ano de 1.987. Tem uma filha apelidada de Monga, criada pela avó, sendo que ela e a mãe sobrevivem de recursos da Assistência Social, por ter uma neta com Síndrome de Down. Quando engravida de novo é expulsa da escola e é encaminhada para uma escola alternativa, para que possa aprender a ler e escrever. 




Filme chocante, mas de muita sensibilidade, nos tocamos com a história de “Preciosa”, que apesar de todos os abusos sofridos por sua família: físicos, psicológicos e principalmente morais e ainda pela sociedade em que se encontra inserida, Harlem (Nova York - Estados Unidos), não se deixa levar pelo rancor e vingança, e bem no seu íntimo, mesmo usando de recursos fantasiosos, consegue manter uma integridade e força de caráter admirável. Apesar de todo sofrimento não perde a esperança de realizar seus sonhos, recebendo a ajuda de amigos, que de modo mais inesperado, reconhecem a grandeza de seu coração, passando então a preencher o vazio emocional de seus 16 anos. É uma história linda em sua essência, comovente... O filme teve várias indicações ao Oscar 2.010, de Melhor Filme, Diretor, Atriz, Atriz Coadjuvante, Melhor Roteiro Adaptado e Edição, foi vencedor na categoria de Atriz Coadjuvante para Mo’nique e Melhor Roteiro Adaptado Ao Globo de Ouro, foi indicado a Melhor Filme (Drama) e Melhor Atriz Dramática (Gabourey), ganhou de Melhor Atriz Coadjuvante (Mo'Nique). No BAFTA, teve indicações para Melhor Filme, Atriz Roteiro Adaptado e ganhou Melhor Atriz Coadjuvante (Mo'Nique). O filme ganhou vários outros prêmios: Sundance Film Festival, Festival de Toronto, Festival de San Sebastian, Festival de Estocolmo, Festival de Deauville, Festival do Hawaí.  Foi baseado no livro Shappire, foi lançado em 1.996 com o título "Push - A novel" e a idéia do longa era de chamá-lo de "Push - based on the Novel by Shappire. Após a mudança no título do filme, o livro acabou sendo renomeado para "Precious: Based on the Novel Push by Shappire", na nova edição de 2.009. Teve como "padrinhos" Oprah Winfrey e Tyler Perry. Curiosidades: mais de 400 jovens, vindas de várias partes, fizeram testes para interpretar a protagonista, Gabourey saiu vencedora. Ela tinha lido o livro anos antes das filmagens, porque sua mãe (a cantora Alice Tan Ridley), chegou a ter seu nome associado ao personagem Mary, em outra tentativa de adaptação do livro para o cinema. Em Matadores de Aluguel (2.005) a personagem da atriz Mo'Nique chamava Precious. Inicialmente Hellen Mirren, daria vida ao personagem da Sra. Weiss, papel que ficou com a cantora Mariah Carey. Não deixe de ver este filme, comente depois.

Um bom ano


Diretor: Ridley Scott
Atores: Russell Crowe, Albert Finney, Marion Cotilard, Abbie Cornish, Tom Hollander, Freddie Higmore
Gênero: Comédia romantica
Duração: 118 minutos                                        
Ano: 2.006

Sinopse: O londrino Max Skinner (Russell Crowe), especialista em investimentos, muda-se para a região da Provence (França) para vender um pequeno vinhedo que herdou de seu falecido tio. Max relutantemente entra no que acaba sendo um alucinante novo capítulo na sua vida, e descobre que a vida deve ser saboreada. Presunçoso e arrogante, teimoso e bonitão, Max é um banqueiro especializado na compra e venda de títulos. Ele é um gigante financeiro que devora a concorrência, tentando conquistar o mercado europeu. Sua última conquista rendeu um lucro líquido de sete dígitos, para a tristeza de seus rivais vestidos com ternos elegantes da Saville Row. O triunfo de Max combina com sua filosofia: ganhar não é tudo, mas é a única coisa que importa!

                                                                                                                                             
Este filme conta com a participação de um excelente elenco, que de modo simples, numa história nada inédita, consegue prender nossa atenção do início ao fim, numa comovente e engraçada história de um “figurão” londrino que se rende ao encanto de uma charmosa e pequena região do interior da França, Cucuron (Provence) quando se vê confrontado com seus sentimentos mais profundos (o amor pelo seu tio e o local que aprendeu a amar desde que era muito pequeno) e o seu desejo e ambição de vencer sempre e seu espírito metropolitano. Tudo se complica quando conhece uma mulher, linda e totalmente independente, que foge a todos os seus padrões conhecidos, que não se encanta e nem cai de amores por ele. Russel Crowe está perfeito como sempre, charmoso, em questão de segundos conquista a nossa admiração e nossos corações, nos apaixonamos por ele, apesar de estar odioso no início do filme, com toda soberba e arrogância. A fotografia é encantadora, as músicas deliciosas. Somos totalmente conquistados pelo conjunto, como um todo. Tem um enredo bem conduzido, boas interpretações e paisagens inebriantes. A mensagem fica totalmente clara, de que precisamos aprender a apreciar as coisas simples da vida, elas é que fazem toda a diferença. Curiosidades: foi em Um bom ano que o diretor e o ator Russel trabalharam no mesmo filme, pela segunda vez, já estiveram juntos em produções como Gladiador (2.000), O gângster (2.007), Rede de mentiras (2.008) e Robin Hood (2.010). Esta foi a primeira e, até então, a única comédia que o diretor dirigiu. O ator Aaron Eckhart teria um papel neste filme, mas desistiu. Exibido na mostra Panorama do Cinema Mundial, no Festival do Rio 2.006. Não deixe de ver. Recomendo, principalmente para os amantes do gênero.


Prometheus



 Diretor: Ridley Scott
Atores: Charlize Theron, Noomi Rapace, Michael Fassbender, Guy Pearce, Patrick Wilson, Sean Harris, Rafe Spall, Logan Marshall-Green
Gênero: Ficção científica
Duração: 132 minutos                                          
Ano: 2.012

Sinopse: 2.089, Elizabeth Shaw (Noomi Rapace) e Charlie Holloway (Logan Marshall-Green) são exploradores que encontram a mesma pintura em várias cavernas na Terra. Com base nisto, eles desenvolvem uma teoria em que a pintura aponta para um lugar específico do universo, que teria alguma relação com o início da vida no planeta. A dupla convence um milionário, Peter Weyland (Guy Pearce), a bancar uma cara expedição interestelarpara investigar o assunto. Desta forma, Elizabeth e Charlie entram para a tripulação da nave Prometheus, composta pelo robô David (Michael Fassbender), a diertora Meredith Vickers (Charlize Theron), o capitão Janek (Idris Elba), entre outros. Todos com exceção de David, hibernam em sono criogênico até que a nave chegue ao objetivo, o que acontece e, 2.093. Encantados com a descoberta de um novo mundo de possibilidade de revelarem o segredo da origem da vida na Terra. Elizabeth e Charlie não percebem que o local é bastante perigoso.


Filme interessante no que se refere à idéia de explicar a nossa origem, de humanos que vivem no planeta Terra, tendo uma descendência alienígena, mas à medida que vai sendo mostrado, fica cada vez mais confuso, o que era para esclarecer, aumenta ainda mais nossas dúvidas. Com fotografia grandiosa, efeitos especiais maravilhosos, com elenco competente, ainda que, acredito que a atriz Charlize Theron tenha sido pouco aproveitada, diante de sua capacidade de interpretação, pois é uma excelente atriz, no entanto no filme fica “apagada”, em relação aos outros personagens e interpretações. Tenho imenso respeito e admiração pelo diretor, que para mim foi primoroso no filme Alien- O oitavo passageiro, foi totalmente inovador e brilhante, consegue nos deixar em suspense o tempo todo, com  a impressão de que não podemos nem piscar, para não perder nada, permanecemos o tempo todo com a respiração presa. Em Prometheus é inegável a superioridade a tudo que tem surgido envolvendo viagens no espaço e espécimes alienígenas nos últimos anos. Mas para mim, Prometheus, não correspondeu às expectativas, deixou muito a desejar, apesar da produção grandiosa. Foi criado pela mídia, a idéia de que o projeto fosse um prelúdio (dividido em duas partes) da franquia Alien, mas houve mudança nos planos: Scott e o Estúdio 20th Century Fox começaram discordar em relação ao elenco, porque a empresa queria um astro Hollywoodiano protagonizando, enquanto o diretor preferia uma equipe multiprofissional. Com os problemas surgidos durante a fase de pré-produção, o cineasta preferiu optar por transformar o filme em algo independente, mas segundo ele o filme continua tendo o "DNA do Alien". O diretor fez questão de manter a história do filme guardada em segredo. Curiosidades: Angelina Jolie e Charlize Theron disputaram a personagem de Meredith Vickers, no final Charlize saiu-se vencedora. Na fase da pré-produção va´rios nomes femininos surgiram nas notícias sobre o filme, como os de Michelle Yeoh, Gemma Arteton, Anne Hathaway, Carey Mulligan, Olivia Wilde, Natalie Portman e Abbie Cornish. Entre os atores, James Franco e Ben Foster tiveram seus nomes associados ao projeto em algum momento. As filmagens ocorreram na Inglaterra, Espanha (Alicante), o elenco e equipe técnica também passou por várias locações na Islândia e Escócia.  

Tomates verdes e fritos



Diretor: Jon Avnet
Atores: Jessica Tandy, Kathy Bates, Mary Stuart Masterson, Mary-Louise Parker, Chris O’Donnel, Gailard Sartain, Stan Shaw
Gênero: Comédia dramática
Duração: 136 minutos
Ano: 1.991

Sinopse: Evelyn Couch (Kathy Bates) é uma dona de casa emocionalmente reprimida, que habitualmente afoga suas mágoas comendo doces. Ed (Gailard Sartain), o marido dela, quase não nota a existência  de Evelyn. Toda semana eles vão visitar uma tia em um hospital, mas a parente nunca permite que Evelyn entre no quarto. Em uma ocasião, enquanto ela espera que Ed termine a visita, Evelyn conhece Ninny Threadgoode (Jessica Tandy), uma debilitada mas gentil senhora de 83 anos, que ama contar histórias. Através das semanas, ela faz relatos que estão centrados em duas jovens, Idgie (Mary Stuart Mastenson) e Ruth Jamison (Mary-Louise Parker), que provocam a ira dos cidadãos menos tolerantes de Whistle Stop. Mas elas fazem um tomate frito que é reconhecido como uma iguaria por todos na região. Assim, cativam até os mais hostis, como também a senhora Evelyn Couch, que ouve a história e a partir de então resolve mudar algumas coisas em sua vida.



Filme de uma sensibilidade tocante, lindo. Conta a história de duas mulheres que passam por momentos de intensos sofrimentos, cada uma à sua maneira, mas que se tornam amigas de uma maneira tão intensa e incondicional, que conquista a todos, não só na história, como também ao expectador. A história é contada por uma descendente da família Threadgoode, Ninny (Jéssica), que no momento está sendo acompanhante de uma velha conhecida, que se encontra internada em um hospital e que viveu no tempo real, da história que está sendo contada. Como a história é comovente, acaba por sensibilizar a ouvinte Evelyn (Kathy), que passa a se tornar uma pessoa mais feliz, à medida que deixa de sentir pena de si mesma e promove mudanças significativas em sua vida. O filme, faz um questionamento profundo de valores, tanto pessoais como sociais, no grande valor da amizade, do amor e do respeito pelas escolhas de cada um. Muito tocante, doce, mas ao mesmo tempo forte e profundo. Foi indicado ao Oscar de1.992, para Melhor Atriz Coadjuvante para Jéssica Tandy e Melhor Roteiro Adaptado (Fannie Flag e Carol Sobieski). Foi indicado também ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme Comédia/Musical, Melhor Atriz (Kathy Bates) e Melhor Atriz Coadjuvante (Jessica Tandy). Teve duas indicações no BAFTA, de Melhor Atriz (Jessica Tandy) e Melhor Atriz Coadjuvante (Kathy Bates). Nos sets de filmagem o diretor chamava a atriz Mary-Louise de Lou e a atriz Mary Stuart de Stu. Os apelidos foram dados devido à similaridade dos nomes. Filme altamente recomendado, não deixe de ver. Comente depois.