terça-feira, 9 de abril de 2019

Trama Fantasma


Diretor: Paul Thomas Anderson
Atores: Daniel Day-Lewis, Vicky Krieps, Lesley Manville, Harriet Sanzon Harris, Camila Rutherford, Brian Gleeson, Julia Davis, Gina Mckee
Gênero: Drama
Duração: 131 minutos
Ano: 2018



Sinopse: Década de 1950, Reynolds Woodcock (Daniel Day Lewis)é um renomado e cofiante estilista que tarbalha ao lado da irmã, Cyril (Lesley Manville), para vestir grandes nomes da realeza e da elite britânica. Sua inspiração surge através  das mulheres que constantemente entram e saem de sua vida. Mas tudo muda quando ele conhece a forte e inteligente Alma (Vicky Krieps), que vira sua musa e amante.

Bom filme, mas lento, meio arrastado e não empolga, apesar do talentoso Daniel Day Lewis e elenco muito bom. Parece mas não é uma história de amor, pelo menos não entre o casal principal, acredito que o personagem Reynolds só ama a sua arte. Pode se dizer que ele se interessa pelas mulheres, mas não as ama. Por Alma (Vicky Krieps) desenvolve outro tipo de sentimento, por ela não ser uma parceira submissa como eram as anteriores, e assim, os sentimentos que os mantem unidos são complexos: ciúme, ódio, inveja, admiração, posse, provocação, carência e companheirismo. O filme até mostra um relacionamento amoroso, mas do tipo destrutivo/abusivo, onde o personagem de Alma é mais uma, não é a primeira e nem será a última a ser a musa inspiradora de Reynolds.


Belas interpretações! Day Lewis está impecável, como sempre. Para mim, ele é a versão feminina de Maryl Streep. (os dois tem o toque de Midas, tudo que fazem, nas maiores adversidades, fica perfeito,vira Ouro!!!). Uma pena que a atriz Vicky, não tenha sido indicada para Melhor Atriz. 

O roteiro nos brinda com o personagem de Reynolds que tem um Complexo de Édipo mal resolvido, percebido através de certas escolhas e situações: escolha de sua profissão, sua insistência em permanecer solteiro, manter a irmã a seu lado (mesmo que profissionalmente), como uma substituta da mãe e sua dificuldade em estabelecer vínculos, afetos mais profundos. Seguindo com um comportamento bastante repetitivo (mimado, cheio de manias, metódico) e esperado, não mudando o seu padrão de isolamento e frieza. Os dois estabelecem uma relação pendular, em certos momentos "se amam", em outros "se odeiam". Reynolds não pensa em perder o controle da situação e para isso abre mão de toda possibilidade de se envolver seriamente com alguém. Ele é um personagem complexo, ao mesmo tempo forte/distante, mas em certos momentos passa uma idéia de uma imensa vulnerabilidade.


Mas o filme não emplaca, mesmo com o anúncio de que este seria o seu último filme.
As filmagens foram em Lythe, Inglaterra, e no bairro londrino de Fitzrovia, na Fitzroy Square e Grafton Mews.
A fotografia é também assinada por Paul Thomas Anderson. Direção de Arte Chris Peters. Chefe Figurinista Mark Bridges, Produtores: Megan Ellison e Paul Thomas Anderson.
Foi indicado para as categorias ao Oscar 18, para Melhor Filme, Diretor, Ator , Atriz Coadjuvante (Lesley) e Trilha Sonora, assinada por Jonny Gracewood (guitarrista da Banda Radiohead). Ao Globo de Ouro foi indicado para Melhor Ator de filme em drama e para Melhor trilha Sonora. Ao BAFTA  foram indicadas as mesmas categorias Melhor Ator, Atriz Coadjuvante e Trilha Sonora.   

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