Diretora: Greta Gerwing
Atores: Saoirse Ronan, Emma Watson, Florence Pugh. Elza Scalen, Laura Dern, Thimothée Chalamet, Maryl Streep, Chris Cooper, James Norton, Louis Garrel.
Gênero: Drama
Duração: 135 minutos
Ano: 2019
Sinopse: As irmãs Jo (Saoirse Ronan), Beth (Elza Scanlen), Meg (Emma Watson) e Amy (Florence Pugh) amadurecem na virada da adolescência para a vida adulta enquanto os EUA atravessam a Guerra Civil (Guerra de Secessão). Com personalidades completamente diferentes, elas enfrentam os desafios de crescer unidas pelo amor que nutrem umas pelas outras.
Que delícia de filme: bem humorado, colorido, cheio de energia com com seus personagens bastante ricos, enfrentando inúmeros desafios. Você ri, chora e se emociona. Amo filmes de época e este é mais um, com suas roupas, costumes e tudo o mais. Atores jovens, mas muito bem antenados com os mais antigos e convencem com seus personagens. O filme é uma produção primorosa, inspirado no livro homônimo de Louisa May Alcott, de 1868, que já foi interpretado no teatro, ópera e cinema. Foi adaptado pela primeira para o cinema em 1933, tendo Katherine Hepburny como a protagonista principal e em 1984, com Winona Rider. E tiveram outros filmes baseados no livro, mas com outros nomes como Quatro destinos. Para esta nova versão, a Diretora explorou toda a complexidade e sutilezas das personagens, levando para a tela com maestria os sentimentos afetivos de cada uma delas, seus amores, sofrimentos, medos, sonhos. Fez um recorte com algumas colagens, ajustando datas e fatos, do que é realmente apresentado nas 700 páginas do livro, ambientado no ano de 1860. E é claro, também abordou a posição que a mulher ocupava na sociedade do Século XIX e os valores morais da época. Tem uma frase que me chamou a atenção, quando Jo (personagem da Saoirse que é escritora e tem idéias feministas) vai tentar negociar um texto escrito por "uma amiga" e o editor diz que: "moral não vende hoje em dia", onde faz várias alterações no texto com o intuito de deixar bem claro, até onde pode ir em suas observações, para não ultrapassar os bons costumes e nem ameaçar a posição masculina no quesito inteligência. (Isso parece tão atual ainda, não acham???).
Tem uma produção de chamar a atenção,de Amy Pascall, Denise Di Novi e Robin Swicord e um Produtor Executivo, Arnon Noilchan. Trilha Sonora de Alexandre Displat. Com Figurino assinado por Jacqueline Durran, que rendeu um Oscar a ela (realmente incrível! Onde combinou "um espírito da indumentária livre" e "a tradicional rigidez vitoriana", nas confecção das personagens e ainda de acordo com a personalidade de cada uma . Querendo fazer "roupas vintage parecer cobiçáveis para o expectador moderno indumentárias. E uma Fotografia linda, de Yorick Le Saux, que usou câmera com formato de 35 mm.
Curiosidades: A diretora já tinha trabalhado anteriormente com Saoirse e Thimothée, no filme Lady Bird em 2018. e a atriz que iria interpretar a personagem Meg, era inicialmente Emma Stone, mas teve conflito de agenda, por já estar envolvida no projeto de A favorita (2019), assim quem fico com o papel, foi a Watson.
A diretora descobriu que estava grávida durante a produção, mas a manteve a novidade até depois de terminar as filmagens em 16 de dezembro de 2018. E logo depois começou junto com Editor Nick Houy a editar o filme e mais tarde foi exibi-lo para os executivos da Sony em Nova York a 10 de março de 2019, três dias antes de dar à luz a seu filho.
Gerwig já era fã do compositor francês Desplat desde o filme Birth, e ambicionava trabalhar com ele, enquanto que ele amava Lady Bird. Então o trabalho em parceria deles foi ótimo. Desplat disse numa entrevista que Gerwing especificou que ela gostaria que a música fosse "uma mistura de um encontro entre Mozart e David Bowie. Assim ele, empregou uma orquestra que incluia um piano, harpa, flauta, clarinete e celesta. A partitura foi lançada em 13 de dezembro de 2019.
A estréia do filme aconteceu no Museu de Arte Modern em Nova York, em 07 de dezembro de 2019 e foi exibido também apra abrir o Festival Internacional de Cinema do Rio de Janeiro em 09 de dezembro. O lançamento nos cinemas dos EUA, aconteceu em 25 de dezembro, mas para o resto do mundo, só em 2020.
Foi bem aceito pela crítica de modo geral e também pelo público. Que enfatizam que "a mão delicada e sutil de de Litle Women só pode ter sido idealizado por uma mulher". Demonstrando que finalmente as mulheres estão sendo reconhecidas como Diretoras Competentes. Já fazia uma década que a Academia havia premiado uma delas, Kathryn Ann Bigelow por Guerra ao terror.
Indicações e Premiações: ao Oscar 2020 foi indicado para seis categorias, de Melhor Filme, Atriz (Saoirse Ronan), Atriz Coadjuvante (Florence Pugh), Roteiro Adaptado, Trilha Sonora e ganhou para Figurino.
Ao BAFTA: teve indicação para 5 categorias, semelhante a do Oscar menos de Melhor Filme e também venceu para Melhor Figurino (Jacqueline Durran).
Recebeu ainda 9 indicações no 25º Critics' Choice Movie Awards, ganhando para Melhor Roteiro Adaptado.
Foi escolhido pelo American Film Institute como um dos dez melhores filmes do ano.
Recomendo para quem gosta de filme com uma pegada mais antiga e romântico.
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