domingo, 25 de março de 2012

Amor maior que a vida

Amor Maior que a Vida : foto

Direção: Keith Gordon
Atores: Billy Crudup, Jeniffer Connelly, Scott Spencer, Molly Parker, Ed Harris, Sarah Oh, Ivone Coll
Gênero: Romance / Drama
Duração: 103 minutos
Ano: 1.999



Sinopse: Fielding Pierce (Billy Crudun) um oficial da guarda costeira que se apaixona por Sarah Willians (Jennifer Connelly), uma jovem que contesta o sistema vigente no ano rebelde de 1.972 e morre numa explosão causada por terroristas. Dez anos depois, ele começa a ter visões de sua amada e começa a acreditar que ela está viva. 

Filme belíssimo no seu gênero, a performance dos atores Billy Crudup e Jennifer Connely estão perfeitas, conseguem passar uma "liga", uma química, um entrosamento admirável, convencem ao protagonizar um casal que vivem um romance  lindo e tórrido ao mesmo tempo. Conta a história de um oficial da Guarda Costeira (Crudup) e uma ativista (Conelly) no ano de 1.972. Apaixonam-se perdidamente, vivem um momento marcante de suas vidas, mas seus objetivos acabam por separá-los no futuro. O filme tem toques de drama, suspense, o que acaba por compor toda a sua trama. Você se mantém atento ao filme do início ao fim e torce para que de alguma forma eles consigam (apesar de todos os encontros e desencontros, das diferenças políticas, da divergência de valores, sonhos e desejos), ficar juntos no final. E a música? A trilha sonora é belíssima!!! De Scott Shields, Tomandandy. Não sei o por quê de não ter sido indicada ao Oscar de Melhor Canção ou Trilha Sonora, sei lá,  no ano de 1.999. Acredito que tinha tudo para merecer uma indicação.



Uma curiosidade, para interpretar o personagem de Crudup, outros atores mais famosos estiveram interessados, como Tom Hanks, Tom Cruise, mas Crudup foi o escolhido, o mesmo se deu com a personagem de Connelly, que tiveram outras atrizes como Drew Barrimone, Cameron Dias e Winona Ryder disputando o páreo. Mas a dupla de atores escolhidos ocorreu devido ao bom senso da produção executiva que era nada mais e nada menos representada pela Jodie Foster, que apostou e acertou em cheio, no desempenho dos dois.


Não deixe de assistir ou rever, você não vai se arrepender, pois apesar de não ter sido um filme de grande divulgação e nem recorde de bilheteria, é excelente, fascinante.

Cavalo de guerra


















Direção: Steven Spielberg
Atores: Jeremy Irvine, Emily Watson, Peter Mullan,
Tom Hiddleston, David Thewlis, Benedict Cumber
Batch
Gênero: Drama / Guerra
Duração: 146 minutos
Ano: 2.011

Sinopse: Começa com a notável amizade en
tre um cavalo e um jovem chamado Albert
que o domestica e treina. Quando são força
dos a se separar, o filme acompanha a incrí
vel jornada do cavalo, seguindo seus passos
 pela guerra, alterando e inspirando a vida da
queles que o encontra - a cavalaria britânica,
os soldados alemães e um fazendeiro francês
e sua neta - antes que a história atinja o clímax
emocional na Terra de Ninguém.


O filme teve seis indicações ao Oscar/2.012, de: Melhor Filme, Direção de Arte, Fotografia, Trilha Sonora Original (John Williams), Edição e Mixagem de Som, mas não ganhou nenhum. Eu particularmente acredito que merecia o de Melhor Fotografia, assinada por Januz Kaminski, pois é simplesmente linda e também Edição de Som, por ser tudo muito preciso. Mas de Melhor Filme, por exemplo, acredito que deixa a desejar, apesar de ter um roteiro bom, com direção do fantástico e respeitado Spielberg, não é algo nada inédito, uma relação afetiva de um adolescente chamado Albert com um cavalo de nome Joey. Só que neste caso, ambos vão para a guerra (Primeira Grande Guerra) e conseguem, de algum modo sobreviver e acabam, um verdadeiro "milagre" diga-se de passagem, por se reencontrar novamente. Visualmente  bonito, interessante, mas não chega a ser emocionante.


Filme para se ver só uma vez.  Não empolga! Ainda que tenha no seu elenco, o maravilhoso Tom Hiddleston!!! Mas...

domingo, 18 de março de 2012

A Saga Crepúsculo.




Escritora: Stephenie Meyer
Filmes: Crepúsculo, Lua Nova, Eclipse, Amanhecer parte I e parte II
Direção: Catherine Hardwicke, Chris Weiz, David Slater e Bill Condon
Atores: Kristen Stewart, Robert Pattinson, Taylor Lautner, Nikki Reed, Kellan Lutz, Billy Burke, Jackson Rthbone, Ashley Greene, Peter Facinelli, Elisabeth Reaser, Gil Birminghan, Dakota Fenning, Michael Sheen, Rachelle Lefreve, Bryce Dallas Howard, Xavier Samuel e tantos outros.
Gênero: Drama
Duração: aproximadamente 120 minutos, cada filme
Anos: 2.008, 2.009, 2.010 e 2.011 respectivamente 


Sinopse: Saga da relação de Isabella Swan, filha de pais separados que vai morar com o pai em Forks e se depara com um mundo à parte, envolvida com seres como vampiros, os Cullen, os vampiros nômades e os lobisomens e se apaixona perdidamente por um membro da famíla Cullen, o Edward, daí nasce um conflito gigantesco que envolve a todos, na luta por manter suas identidades e suas vidas, sem revelar o que realmente são. É a história de um amor impossível entre uma humana desastrada e um vampiro com valores nobres e de certa forma humanos e suas implicações diante da família de ambos e o meio social em que vivem e dos códigos de honra de cada um deles. No decorrer da história se forma um triângulo amoroso entre Bella, que ao ser abandonada por Edwrad, acaba se aproximando do lobo Jacob e de certo modo se apaixona por ele. À medida que a trama vai avançando Bella terá que realizar uma difícil escolha, não é possível amar fogo e gelo ao mesmo tempo... E ainda tem a realeza da espécie vampiros, que vão sendo pontuados ao longo da história. É uma história envolvente, fascinante...Assista e apaixone-se por ela.

Quanto a esta Saga, sou particularmente apaixonada. Sempre me senti atraída pelo assunto "vampiros", desde os filmes antigos como os representados por Bela Lugosi (Drácula), Christopher Lee (O vampiro da noite), A dança dos Vampiros, do diretor Roman Polanski, Fome de Viver com David Bowie e Catharine Deneuve, Amor à primeira mordida, Entrevista com o vampiro (vou comentar posteriormente), Blade, Drácula de Bram Stocker. Enfim, mas em todos, o enfoque é muito diferente deste apresentado pela escritora Stephenie Meyer, adorei a visão de entes que não sejam especificamente "monstros" sanguinários. Ela nos faz pensar que, talvez seja possível existirem seres que não sejam própriamente bons ou maus, assim como nós humanos. Somos uma mescla de características, emoções, personalidades, sentimentos e estamos sempre em constante evolução que não é possível sermos rotulados com uma única definição. Além de que, conseguiu criar cada personagem com uma personalidade única, com uma gama muito rica no seu jeito de pensar, sentir e agir. Ela foi fantástica, para mim, está de parabéns. A minha adolescente, voltou à tona com uma força gigantesca, tanto que não consegui conter. Li todos os livros da saga e em nenhum deles é possível se adivinhar a sequência dos acontecimentos, sua escrita é clara e dinâmica, mantendo o leitor atento, focado e louco para conhecer o desenrolar da trama. Amei os livros, os filmes (ainda que dirigidos por diretores diferentes, são maravilhosos, mas tiveram todos a mesma roteirista Melissa Rosenberg, perfeita!, os CDs (amo a música Flightless bird, American mouth - de Iron e Wine, que foi apresentada no filme Crepúsculo e depois no Amanhecer, parte I,  em cenas marcantes, Linnnnda!!!), guia ilustrado, tenho tudo.  Bom, não posso deixar de falar do Edward, personagem atuado pelo ator Robert Thomas (como no filme) Pattinsson, que inicia de modo inseguro e vai crescendo e amadurecendo como todos, no decorrer da sequência. Bom, o personagem agrada as mulheres desde a puberdade até a terceira idade, ele é "o sonho"...Educado, fino, culto, altruísta (ama a Bella de forma incondicional e não egoísta, caso contrário já a teria transformado em vampira logo no início), inteligente e como se tudo isso ainda não bastasse, para completar é liiinnndo e rico, ou seja, é perfeito!!! Por isso, na saga, não poderia ser humano mesmo. Nós não conseguimos reunir todas estas qualidades num só ser. Uma curiosidade: o vestido de noiva de Bella, é assinado por ninguém menos que Carolina Herrera, a famosa estilista argentina. Estou aguardando ansiosamente a parte II do Amanhecer, pena que será o último e só irá estrear em novembro deste ano. Bem, ainda terá um livro escrito pela Stephenie, O sol da meia-noite, que é uma visão de
 tudo através da ótica do Edward, vamos aguardar... 

Amo as cenas na Campina, um lugar de sonhos, que Edward e Bella sempre vão para encontros decisivos em suas vidas. E a cena do casamento, onde toca um trechinho apenas da música belíssima de Christina Perri,  A thousand years, na entrada; e quando se beijam depois do sim e a câmera faz um giro por todo o espaço e é como se eles estivessem ali sozinhos, que é sempre a sensação sentida pelos apaixonados, como se nada mais fosse importante além dos dois!!! Fiquei encantada com a cena. 
Bom, sou suspeita, mas super recomendo esta saga. É simplesmente linda!!!

O Príncipe das marés.


Direção: Barbra Streisand
Atores: Barbra Streisand, Nick Nolte, Kate Nelligan, Jason Gold, Melinda Dillon, Jeroen Kabbré
Gênero: Drama
Duração: 132 minutos
Ano: 1.991




Sinopse: Criado em uma família com um passado terrível que o deixou marcado e tornou sua irmã suicida, o treinador de futebol americano Tom Wingo (Nick Nolte, premiado com o Globo de Ouro) vai para Nova York e lá conhece a psiquiatra Susan Loweinstein (Barbra Streisand). Numa tentativa desesperada de recuperar a sanidade de sua irmã e salvar a própria alma. Tom e Susan começam perturbadoras jornadas por lembranças muito tempo renegadas. Uma viagem em que ambos farão descobertas inesperadas sobre si mesmos...e sobre o outro. Considerado uma pequena obra prima, é dirigido por Barbra Streisand, é um retrato explosivo sobre dores profundas, uma paixão inigualável e uma infância perdida.


Amo particularmente este filme, do homônimo muito bem escrito por Pat Conroy. Relata a história de uma família devastada por um segredo nunca antes revelado. Mas que de forma específica afeta a vida de todos os membros da família. Tom Wingo (Nolte), o irmão gêmeo de Savannah, sai de sua cidade natal no sul dos Estados Unidos, com seu sotaque característico e vai para Nova York, para ser a "memória" de sua irmã que tentou o suicídio pela enézima vez, pois sua mãe não poderia ou melhor, não queria ir, para não se comprometer, a correr o risco de mudar a sua vida fútil, mas toda  planejada e sonhada há muitos anos. Assim, Tom conhece a Dra. Susan Loweinstein (Barbra Streisand), psiquiatra da irmã e juntos vão percorrendo caminhos dolorosos, fazendo de tudo para salvar a irmã. Acabam por se envolverem emocionalmente devido à convivência e às carências pessoais. Ajudam-se mutuamente,


no resgate de relações com seus entes queridos e principalmente na relação de cada um consigo mesmo, na difícil tarefa de lidar e elaborar sentimentos profundos que muitas vezes não conseguimos nem mesmo lembrar e muito menos enfrentar. É simplesmente um filme lindo, tocante. Muito bem dirigido pela maravilhosa e bela Barbra, que além de atriz, cantora, torna-se também diretora competente. Teve 07 indicações para o Oscar de 1.991, entre elas: Melhor Filme, Ator, Atriz Coadjuvante (Kate Nelligan), Fotografia de Stephen Goldblatt, Roteiro Adaptado, Direção de Arte e Música Original, assinada por James Newton Howard. Venceu ao Globo de Ouro para Melhor Ator em Drama e teve indicação para Melhor Atriz Coadjuvante em Drama.
Torci muito para que ganhasse o Oscar para Melhor Filme, mas perdeu para O silêncio dos inocentes.
Veja e comente sobre os sentimentos despertados enquanto estiver assistindo o filme, com certeza, serão muitos.
Recomendadíssimo!!!

A pele que habito.


Direção: Pedro Almodóvar
Atores: Antônio Banderas, Elena Anaya, Marisa Paredes, Jan Cornet e outros
Gênero: Drama
Duração: 117 minutos
Ano: 2.011



Sinopse: Desde que a esposa foi queimada em um acidente de carro, o dr. Robert Ledgard (Banderas), um iminente cirurgião plástico, interessou-se em criar uma nova pele com a qual ele poderia tê-la salvo. Depois de 12 anos, ele consegue criar uma pele que é um verdadeiro escudo contra qualquer forma de agressão.  Além de anos de estudo e experimentação, Robert precisava de mais três coisas: nenhum escrúpulo, um cúmplice e uma cobaia. A falta de escrúpulos nunca foi um problema. Marília, a mulher que o criou desde que nasceu é a sua fiel cúmplice. Mas a cobaia humana...


Filme intrigante, lançado no início do ano, dirigido por Almodóvar, que como sempre, está brilhante no seu estilo (outros filmes dele: Ata-me, Tudo sobre minha mãe, Carne Trêmula, Volver...), que nos faz pensar a respeito das complexas relações humanas (do indivíduo consigo mesmo e com os outros) e com o meio em que vive. Este filme descreve a relação de uma mãe com seus dois filhos problemáticos (são só meio irmãos), cada um à sua maneira, e como esta relação conflituosa influencia suas vidas para sempre, em função de tragédias que vão ocorrendo. O personagem de Bandeiras, um cirurgião brilhante, mas com uma personalidade narcisista, perde sua esposa e depois sua filha, fatos que o leva a realizar pesquisas médicas até então não permitidas na época, como forma de reparação e de vingança, utilizando todo o seu potencial criativo e dos conhecimentos clínicos que possui. A trama vai sendo construída de modo fascinante por Almodóvar e termina de modo inimaginável. Como sempre, mantém o suspense até o fim deixando o expectador "ligado", muito atento até o final da história. Foi muito criativo e realista ao mesmo tempo, enfatizando o que cada um de nós pode se tornar, em função das perdas e dores sentidas, e ao mesmo tempo criando ilusões em função de carências internas. Antônio Banderas, além de lindo, está perfeito no papel, provando o por quê de ser o queridinho do diretor há muitos anos (os dois tem uma parceria antiga de trabalho), esbanja talento e competência. Gosto muito do cinema "estrangeiro", como se diria, ao sairmos do foco ou circuito americano. O espanhol é de muito bom gosto, lidam com um realismo tocante.
Mórbido, mas interessante!!!

Drácula de Bram Stoker


Direção: Francis Ford Coppola
Atores: Gary Oldman, Wynona Ryder, Anthony Hopkins, Keanu Reeves
Gênero: Terror
Duração: aproximadamente 130 minutos
Ano: 1.992




Sinopse: Gary Oldman, Winona Ryder e Anthony Hopkins estrelam esta apaixonante, sedutora e visualmente arrebatadora versão da clássica lenda de Drácula, dirigida por Francis Ford Coppola. Neste filme, Coppola retorna a fonte original do mito de Drácula e, partindo do romance gótico, cria uma moderna obra de arte. A metamorfose de Oldman como Drácula - que vai da velhice para a juventude, de homem a fera - é nada menos que impressionante. Winona Ryder traz igual intensidade no papel da bela jovem que se torna o objeto do devastador desejo de Drácula. Anthony Hopkins co-estrela como o famoso médico que ousa desafiar a lenda de Drácula e tem coragem de enfrentá-lo. Opulento, deslumbrante e totalmente irresistível, este é um Drácula como você nunca viu. E, uma vez que você tenha visto, nunca mais vai esquecê-lo.


Filme maravilhoso e inovador, vencedor de três Oscar em 1.992, dentre quatro indicações (Figurino, Cabelo e Maquiagem e Edição), o que não ganhou foi de Melhor Direção de Arte para Thomas Sanders. Estávamos acostumados com os filmes de vampiro, onde as mulheres eram só fonte de alimentação e prazer, neste caso não, uma única mulher, faz com que o então Conde Drácula saia de sua terra natal, a Transilvânia, mesmo correndo todos os perigos e se desloca para Londres, em busca de seu grande amor do passado (sua esposa que reencarna 400 anos depois e que está prestes a se casar, com um agente imobiliário - Reeves). Apesar dos personagens não serem novos, o modo como são enfocados são, foi criada uma história de amor linda, cheia de conflitos e reparação. Tem até o tão famoso caçador de vampiros, o médico e estudioso  Van Hellsing (Hopkins). Onde Drácula (Oldman que está impecável e charmoso, como sempre!) não mede esforço na arte da conquista e sedução para ter o amor de sua Mina (Ryder) de volta. As músicas são belíssimas, principalmente a Love sun for a vampire - Wojciech Kilar, pena que só toca um pequeno trecho, a Fotografia é lindíssima e nem era preciso mencionar a grandeza do Figurino assinado por Eiko Ishioka, Maquiagem e Cabelos por Greg Cannom, Michelle Burke e Mathew H. Mungle, pois não só foram indicados ao Oscar, como ganharam, merecidamente e também Melhor Edição de Efeitos Sonoros, tendo como responsáveis David E. Stone e Tom McCarthy. É um filme mágico, encantador, tão bem dirigido pelo grande Francis Ford Coppola, que ficamos torcendo por Drácula, mesmo ele sendo um exímio caçador de humanos e sem escrúpulos, quando se trata de realizar o seu intento de encontrar o seu amor e, em sua melhor forma.
Encantador!!! Não deixem de ver, este é um filme, que do gênero, é imperdível!!!

Millenium-Os homens que não amavam as mulheres.

Direção: David Fincher
Atores: Daniel Craig, Rooney Mara, Christopher Plummer
Gênero: Suspense
Duração: 152 minutos
Ano: 2.011

Sinopse: no centro do labirinto da história, há assassinatos, corrupção, segredos de família e os dramas pessoais de dois parceiros improváveis em busca da verdade por trás de um mistério de 40 anos. Mikael Blomkvist (Craig) é um jornalista econômico determinado a restaurar sua honra depois de ser condenado na justiça por difamação. Contratado por um dos industriais mais rico da Suécia, Henrik Vanger (o indicado ao Oscar, Plummer) para chegar ao fundo do desaparecimento, décadas atrás, de sua querida sobrinha Harriet - assassinada, supõe Vanger, por um dos integrantes da sua numerosa família - o jornalista se muda para uma ilha remota da costa gelada da Suécia, sem a menor noção do que o aguarda. Ao mesmo tempo Lisbeth Saladen (Mara), uma investigadora genial de aparência bizarra da Milton Security, é contratada para levantar a ficha de Blomkvist, uma missão que será ponto de partida para que ela se junte a Mikael na investigação de quem matou Harriet Vanger. Embota Lisbeth tenha uma couraça que a isola do mundo que sempre a traiu, seu talento como hacker e foco singular, a tornam valiosa. Enquanto Mikael procura conversar com os lacônicos Vanger, Lisbeth trilha pelas sombras da web. Eles forjam uma confiança tênue e frágil, enquanto descobrem uma série de homicídios ocorridos ao longo de décadas que os envolvem na tendência mais hedionda do crime moderno.


Este filme teve cinco indicações para o Oscar deste ano, para Melhor Atriz, Fotografia, Montagem, Edição e Mixagem de som), só ganhou o de melhor Montagem, foi uma pena, pois a atriz Rooney Mara está muitíssimo bem, mas competir com a Maryl Streep realmente não deve ser uma tarefa fácil, que é uma atriz brilhante mesmo. O filme é surpreendente, vamos ficando cada vez mais envolvidos e interessados, à medida que o tema vai se aprofundando na relação complicada e doentia de uma família de "nazistas e não nazistas", que teve um desaparecimento/morte inesperada há quarenta anos atrás. O tio inconformado acaba por solicitar a ajuda de um jornalista investigativo, com sua mente aguçada e que está tendo problema com a justiça. A pesquisa realizada pelo jornalista vai ganhando força e profundidade quando recebe apoio de uma investigadora autônoma e incomum, com problemas de relacionamento social e aparência no mínimo estranha, mas uma "hacker" fantástica. Assim a história da família, vai sendo trazida à tona e chega a um desfecho interessante. Não li o livro (primeiro de uma trilogia do escritor Stieg Larsson), que possivelmente deve ser bem mais detalhado e complexo, mas o filme agrada também, foi muito bem apresentado, não tem aqueles finais óbvios, não é mero acaso que ganhou o Oscar de Melhor Montagem (Angus Wall e Kirk Baxter). Tem cenas fortes e elaboradas que justificam o gênero.
Gostei muito do filme! Recomendado!

sábado, 3 de março de 2012

Árvore da Vida

A Árvore da Vida : foto Jessica Chastain

Direção: Terrence Malick
Atores: Brad Pitt, Sean Penn, Jéssica Chantain.
Gênero: Drama
Duração: 138 minutos
Ano: 2.011

Sinopse: Aproxima o foco na relação entre pai e filho de uma família comum e expande a ótica desta rica relação ao longo dos séculos, desde o Big Bang até o fim dos tempos, em uma fabulosa viagem pela história da vida e seus mistérios, que culmina na busca pelo amor altruísta e o perdão.

O filme é de uma riqueza visual incrível, magnífica, com cenas lindas de situações e formações únicas da natureza que vai se entrelaçando com a história de uma família comum dos anos 50 no Texas. Dos conflitos existentes entre um pai severo e seu filhos, principalmente com o primogênito e o desenrolar de tudo isso, de como mudamos nossas escolhas ao longo da vida em função do que vivemos no passado. Mas ao mesmo tempo, mostra de que também nascemos com uma personalidade interna, com tendências, que às vezes nem o meio consegue alterar, que só vamos conseguir mudar quando conseguirmos nos entender com profundidade, quando aprendemos a amar de modo  incondicional e a perdoar. O filme é muito rico, mas nem sempre fácil de ser entendido, chegando a ser até mesmo confuso, pois exige muita atenção, raciocínio e nos faz de modo inconsciente, viajar no nosso mundo interior, saimos então "mexidos" do cinema, sem saber o por quê? Vale a pena ser visto.

Duas Vidas


Direção: Jon Turteltaub
Atores: Bruce Willis, Lily Tomlin, Emily Mortiner, Spencer Breslin.
Genero: Comédia
Duração: 104 minutos.
Ano: 2.004



Sinopse: esta terna e hilariante comédia da Disney, mostra como o bem sucedido e poderoso Russ Duristz (Willis) passou toda sua vida inexpressiva, esquecendo o menino que foi - até que um dia vê-se face a face com ele! Pensando que em se tratar de uma alucinação, Russ faz o possível para que ele desapareça. Mas Rusty (Breslin) de 8 anos que não está nada feliz por ter se tornado este adulto perdedor, sem uma mulher ou um cachorro ou um emprego importante, não pode partir - ao menos por enquanto. Ao mesmo tempo engraçada, cativante e comovente, Duas Vidas é uma comédia mágica que está cheia de risadas de gente grande.



Duas Vidas é um filme, sensível, que nos faz pensar em como seria, se tivéssemos a mínima oportunidade de entrarmos em contato com a "nossa criança interior" ou melhor com a criança que fomos (nossos sonhos, desejos, limitações) e pudéssemos ter a chance de mudar, de corrigir nossos erros e escolhas, já que temos o famoso e tão discutido livre-arbítrio, para que talvez pudéssemos ser  melhores do que somos ou mais felizes, ao menos. De como fatos marcantes pode mudar nossa vida no futuro, como mudou a de Russ que fez de tudo para esquecer a criança que foi, seus fracassos, suas culpas e se tornou um profissional especialista em promover "fachadas", assim como a dele. Mas como não é possível, de verdade, podemos nos divertir com o filme, torcer para que tudo dê certo para eles no final, mas também ficamos com a impressão ou com a sensação de que, já que não podemos voltar ao passado (não foi inventada ainda a máquina do tempo ou se foi, o resultado das viagens deve ter sido tão assustadoras, que acreditaram ser melhor fazer de conta que não existe), então se não fizemos boas escolhas no passado e não temos o poder de mudá-las, podermos tentar fazer algo diferente no presente, agora, pois nunca é tarde para mudar, para fazer algo novo, não devemos desistir e deixar de sonhar, de viver.
Veja e comente!!!