terça-feira, 7 de agosto de 2012

O nome da Rosa


Direção: Jean Jacques Annaud
Atores: Sean Connery, F. Murray Abraham, Christian Slater, Michael Lonsdale, Ron Perlman, Valentina Vargas.
Gênero: Drama e Suspense
Duração: 131 minutos
Ano: 1986

Sinopse: Em 1.327, William de Baskerville (Sean Connery), um monge franciscano, e Adso von Melk (Christian Slater), um noviço que o acompanha chegam a um remoto mosteiro do século XII, no norte da Itália. William pretende participar de um conclave para decidir se a Igreja deve doar parte de suas riquezas, mas a atenção é desviada por vários assassinatos que acontecem no mosteiro. Então William começa a investigar o caso, que se mostra bastante intricado, além dos mais religiosos acreditarem que é obra do Demônio. Mas William não partilha desta opinião e antes que ele conclua as investigações, Bernardo Gui (F. Murray Abraham), o Grão-inquisidor, chega ao local e está pronto para torturar qualquer suspeito de heresia em nome do Diabo. Considerando que ele não gosta de Baskerville, é inclinado a colocá-lo no topo da lista dos que são diabolicamente influenciados. Esta batalha, junto com uma guerra ideológica entre franciscanos e dominicanos é travada, o motivo dos assassinatos é lentamente solucionado.


Filme belíssimo, com uma fotografia grandiosa, assinada pelo fotógrafo Torino Della Colli, colaborador de Fellini, que criou uma fotografia escura, mas muito detalhista em cores. Sendo a filmagem realizada em um monastério real, construído no século XII. Mostra os conflitos existentes dentro da Igreja, nos idos tempos medievais (século XIV), uma disputa pelo poder interno, já que o mundo, ou melhor, as pessoas viviam em completa escuridão, vivendo à margem e com as "sobras" dos mosteiros, sem conhecimento algum. A expressão "o nome da Rosa", era usado nesta época, para simbolizar o infinito poder das palavras. Sean Connery como o monge franciscano William de Baskeville, com total segurança, desempenha um notável papel com sua sagacidade, inteligência e percepção do mundo inicia uma investigação no monastério repleto de segredos, conflitos e tendo a maior biblioteca da antiguidade e ainda buscando a verdade entremeada pela hostilidade dos monges e os diversos sinais de inveja, desejo e medo que existia ali. Não poderia deixar de falar também de F. Murray Abraham, como o inquisidor Bernardo Gui, com sua arrogância, personalidade sinistra e particularmente violenta que faz de tudo para que nada mude, que a Igreja continue sendo a toda poderosa, também está admirável. E Christian Slater como Adso, o doce e inocente ajudante do clérigo detetive, um jovem à beira do despertar sexual e intelectual. O filme é um homônimo do livre de Umberto Eco e levou cinco anos para deixar o papel, tendo filmagens na Itália e Alemanha, mas valeu a pena pois teve uma bilheteria equivalente a US$77 milhões. Foi indicado  vários prêmios como o BAFTA , César e outros em 1.987 e 1.988, sendo vencedor nas categorias de Melhor Ator, Maquiagem e Filme Estrangeiro. Outra curiosidade é que a atriz Valentina Vargas é a única mulher deste longa. Vale a pena ver ou rever, é como ter uma aula de história mundial ao vivo e perceber o quanto ainda precisamos evoluir, os sentimentos presentes na época, ainda são os mesmos de hoje, pois dentro do monastério eles acreditavam em Deus, mas negociavam com o Diabo. Isto faz você se lembrar de algo??? Comente.

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